segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Humana
Muita gente reclama do excesso de tecnologia na Fórmula 1.
Dizem que acabou por diminuir a importância do talento do piloto e o que interessa
apenas agora é quem tem a melhor máquina.
Acho complicada essa história.
Penso que hoje a categoria ainda está muito humana.
Olhando a temporada atual, vamos começar por analisar os projetos dos carros.
A maioria das equipes têm acesso aos melhores programas de computador, informações
detalhadas de telemetria e túneis de vento para construirem seus bólidos.
Onde está a diferença?
No talento, que neste momento responde por um nome: Adrian Newey, por acaso um
ser humano.
Da sua cabeça aparecem as idéias que fazem o fabuloso carro da Red Bull ser o que é.
A importância dos pilotos fica ainda mais fácil de defender.
Acompanhando neste ano a performance de Sebastian Vettel em relação a Mark Webber,
seu companheiro de equipe.
Fica claro que a máquina não funciona sozinha.
Ou funciona melhor na mão do alemão do que na mão do australiano.
O exemplo de Fernando Alonso na Ferrari é ainda mais gritante.
O espanhol faz o carro da escuderia italiana surpreender e ultrapassar seus limites a cada etapa
realizada.
Por isso defendo a ideia de primeiro e segundo piloto.
O tratamento não pode ser igual para quem é diferenciado, único.
A máquina pode fazer milhões de cálculos e realizar milhares de funções pré estabelecidas, mas
tudo dentro de limites.
Daí ser essencial o fator humano, pois nenhum programa de computador consegue superar o
lápis quando este se encontra em mãos geniais.
Postado por
Humberto Corradi
às
14:20


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12 comentários:
Muito bem, Corradi! Concordo com tudo o que você disse!
Teddy Mayer, Ron Denis.... e quem é o da esquerda?
Corradi,
Sei que não gosta muito do Button, como eu também, por isso reproduzo um comentário que fiz em outro blog para ver se concorda comigo. "Eis a diferença entre os dois pilotos da Mclaren: Button em sua melhor fase da carreira está apenas 9 pontos à frente de Luisinho em má fase. Não fosse algumas bobagens cometidas pela equipe (na Inglaterra houve alguns burburinhos sobre uma possível demissão do Martin Withmarsh) e as bobagens que acabou fazendo esse ano, Hamilton estaria confortavelmente na segunda posição, possivelmente com quatro vitórias. Agora desafiar Vettel esse ano seria querer demais."
Abraços
100%.
Mario
Parece o Milton Neves :)
John Barnard, Rui.
Excelente texto Humberto. A tecnologia de certa forma nivela quem está abaixo da média, além de mascarar mediocridades. Mas nunca consegue mascarar o talento. Quem é ponto fora da curva, sempre será gênio, em qualquer era tecnológica.
quero essa miniatura...he, he
É Tohmé tb queria!
Valeu Speeder estou com tanta coisa na cabeça que não veio o nome gênio....
Perfeitamente colocado Humberto!
John Barnard, conforme já identificado, foi um dos grandes, juntamente com Steve Nichols, Tony Southgate, Gordon Murray, foram todos "Adrians Neweys" em suas épocas!!
Zé Maria
Marques
O Hamilton, que parece não andar com a cabeça boa, na minha opinião, é mais talentoso que o Button.
Enquanto o Lewis não "se resolver", Jenson vai aproveitando...
Valeu
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