Impressionante.
Já tinha visto quase todos os tipos de corrida.
Aqui no Blog de vez em quando aparece uma história ou outra de pistas de madeira e
circuitos ovais suicidas.
Agora eu nunca havia visto o que as fotos acima mostram.
Trata-se da corrida relizada dentro da Garage Banville.
Na década de vinte a França ganhou o primeiro edifício-estacionamento do
mundo.
A coisa nasceu assim: após a Primeira Guerra Mundial, vários pilotos franceses se
reuniram para fazer um empreendimento destinado aos ricos de Paris.
Pelo projeto a construção teria dois andares de subsolo e mais seis andares acima
do nível da rua.
Além das garagens, haveria uma revendedora de carros no térreo.
Na cobertura ficariam as quadras de tênis, o ginásio, o restaurante e a piscina.
Tudo ligado por rampas.
Devido aos custos, apenas a piscina não saiu do papel.
Fantástico.
Em 1927 a Garage Banville foi inaugurada.
Como estratégia de publicidade a direção resolveu realizar um tipo de Hill Climb
(aquelas corridas de subida de montanha) dentro da edificação.
Parecia uma loucura.
Porém o plano de divulgação deu certo.
E 15 carros participaram do evento.
A fama do Banville cresceu e se tornou um negócio tão bom que nem a
Grande Depressão da década seguinte o abalou.
Após um intervalo causado pela Segunda Guerra Mundial, a garagem voltou a
funcionar com o mesmo sucesso de antes.
Tanto que a empresa expandiu.
E comprou várias garagens pela França nos anos seguintes.
Somente em meados dos anos 80 a Garage Banville foi desativada.
Engolida pelos novos tempos.
A empresa que detinha sua propriedade foi adquirida por empresários americanos.
Em busca de lucro, transformaram a edificação em um prédio de escritórios.
13 comentários:
Insano!
Mantovani, quando ví a imagem se cristalizou o comentário monossilábico que faria; Aí abri a caixa de comentários e dei de cara com o seu comentário que é sem tirar nem por o que eu faria, nem por isso deixarei de faze-lo:
Insano!!!
Caro colega, neste século que será regido provavelmente pelo deus da mediocridade perdemos o dom da aventura ganhamos o medo da morte - que virá com certeza e com medo ou sem medo - e desaprendemos a morrer, aventuras só se forem com ampla cobertura da mídia e muitos contratos de exclusividade e a desgraça dessa geração que é o tal do contrato de imagem.
Sem esses ingredientes não existe aventura, até o nosso espirito aventureiro precisa de patrocínio. que saudade de quem se jogava de uma cachoeira dentro de um barril, que explodia o carro com uma duzia de bananas de dinamite ou tentar bater um recorde mundial acoplando uma turbina de avião em um pedalinho ou coisa parecida.
Gente, voltem a se esborrachar na boa e a voar sem asas. o ser humano sem aventura é igual ao Sr. Incrivel - alguém aí viu o desenho?- depois de aposentado, uma vida muito segura mas em troca teve que dar ..... a sua vida. Ou alguém acha que o Senna seria feliz durando 200 anos fazendo contabilidade de sacos de açúcar ou o Cévert iria preferir ser gerente de banco a ter morrido da forma que morreu?
O que se leva dessa vida é a vida que se leva, se der para ficar inteiro no final do expediente , ótimo. senão vale a velha máxima;
"Não leve a vida muito a sério, você não vai sair mesmo vivo dela"
Rubem Rodriguez Gonzalez
Rubem, é inegável que vivemos outra época, onde se tem mais medo do que vontade. Mas o pioneirismo e a coragem do começo do século passado é fora dos propósitos hehehe
E obrigado ao Corradi que nos alimenta com essas delícias!
Mantovani, eu tenho uma teoria meio perversa sobre tudo isso. Acho que o homem passou com regras e normas a driblar a lei de seleção natural das espécies aonde só os mais fortes, mais capazes, mais hábeis e inteligentes conseguem sobreviver. Analise a segunda foto e a submeta a essa lei da natureza:
Qual o individuo com o mínimo de instinto de preservação ficaria postado do lado externo desa curva? Só um idiota mesmo.... Veja as grandes batalhas até a segunda guerra mundial aonde um exercito marcha de encontro ao outro e a maioria é dizimada como se fossem pedras de dominó.... seleção natural pura!!!! Haja vista que todos os saltos de progresso da humanidade só se deram em grandes guerras, aonde a necessidade inventiva é maior e os cuidados - por motivos óbvios - é bem menor.
A maioria dos "loucos de pedra" do século XX são sobreviventes das duas guerras - depois de ambas o espirito aventureiro bateu recordes - que festejavam o fato de estarem vivos, se morressem alí , dane-se!!! já estavam no lucro. Hoje tudo é politicamente correto, até os bombardeios são "cirúrgicos" as bombas são "inteligentes" - se o compardao for o Bush Jr até uma pedra é inteligente - e tudo tem que trer "politicamenter correto", até quando te enrabam.... quer dizer , enrabam não. introduzem um orgão sexual masculino denominado pênis em um oríficio retrofolicular que fica na parte trazeira inferior dos mamíferos e é denominado de ânus......
Rubem Rodriguez Gonzalez
Que loucura!
Insano e impressionante. Vi várias fotos dos carros dessa época. Incrivel que qualquer batidinha, acabava tudo.
Comentado já o foi. . .e muito bem
Sobra o quê, então?
Dizer um "Welcome Back" ao grande politicamente_ incorreto a. k. a. Rubem Rodriguez Gonzalez que andou meio que desaparecido nos últimos tempos mas quando voltou o fez em grande estilo!
Abraço do amigo Zé Maria
PS: nada de chá-de-sumiço de novo, ok!
Boa noite
Então...
Eu acho que como sobreviventes dá primeira guerra esse pessoal não tinham dúvidas que poderiam escapar de boas se algo viesse à acontecer com os carros a 50 p/h no máximo...
Tem uma cara na beirada do telhado,com um pé dentro de uma calha!!!
Antes de terminar de ler o texto, no finalzinho, me perguntei: será que a Garagem Banville também foi comprada pela Igreja Universal do Reino de Deus? Eu ainda me lembro, com tristeza, quando li que o Rainbow,de Londres,onde,por exemplo, o grupo holandês Focus gravou um álbum ao vivo, foi comprado pela Universal. A Universal comprou vários cinemas e teatros em vários países.
Acho que o empreendimento anterior, feito pelos franceses, ao da compra dos americanos também era em busca do lucro. Esse papo pseudo comunista ta superado há pelo menos 40 anos.
Paulo Bala
Que visão pobre e estreita. A obra deveria ser preservada pela sua história. Se tornando um bem maior. Essa é a ideia.
Bom, Corradi, você está adicionando outro elemento, além do lucro, ao debate. O ponto é a relevância histórica de se manter prédios garagens, na França, em detrimento da viabilidade econômica. Se foi isso que quis você dizer, acho que faltou algo mais preciso no seu Post.
¡Hermosa locura!
Abrazo!
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