O cara já é conhecido.
Os amigos que frequentam o F1 Corradi sabem quem é o Francis.
Dono do Poeira na Veia. (Clique aqui para conhecer)
Blogueiro do Grande Prêmio.
Publicitário.
Jornalista.
Fomentador do automobilismo em Santa Catarina.
Piloto.
E meu amigo também!
Em sua participação no Projeto Verão 2 queria obter sua opinião como organizador.
Tipo assim: "E se você estivesse no comando?"
Com humildade, ele reconhece as dificuldades e, com sabedoria, aponta alguns caminhos.
Coisa de quem sabe o que está falando.
Aproveitem!
A palavra (lotada de poeira) está com Francis Henrique Trennepohl.
“O que você faria se fosse o mandachuva do automobilismo brasileiro?”
por Francis Henrique Trennepohl
Recebi
o convite do Humberto com imensa alegria e satisfação, e ao
mesmo tempo o vi
como um gigantesco desafio, pois nunca tive a
pretensão de desempenhar qualquer
tipo de cargo “político” dentro do
automobilismo, e talvez por isso mesmo nunca
parei pra pensar no que
eu faria se “tivesse a caneta na mão”.
Parto
do princípio que todo e qualquer cargo de chefia, seja numa empresa,
num órgão
de governo ou numa Confederação, onde é necessário tomar
decisões e assumir
algumas posições de risco, é um prato cheio para
desagradar muita gente e
cultivar pessoas descontentes a sua volta.
É a velha história da “pedra e da
vidraça”...
É
bastante conveniente e confortável escrever ou falar estando do lado de
fora,
porém essa situação também nos permite enxergar as coisas de um
modo diferente,
e neste caso tomo a liberdade de não entrar no mérito do
“melhor ou pior”,
“mais ou menos”, apenas pautar no jeito diferente de se ver
as coisas.
É
consenso entre os automobilistas que, por uma série de circunstâncias, o
automobilismo
brasileiro viveu seu auge no período que compreende entre o
final dos anos 1960
e início dos anos 1990, com uma infinidade de categorias,
milhares de pilotos
acelerando nas pistas pelos mais variados campeonatos e
um excelente
envolvimento de patrocinadores, sendo alguns deles empresas
multinacionais.
Os
preparadores tinham uma liberdade maior para desenvolver os carros e criar
soluções, e nesta área dou destaque especial para os mais diversos protótipos
que surgiram.
As
categorias destinadas aos pilotos “estreantes e novatos” eram um tremendo
sucesso e foram responsáveis por revelar alguns dos maiores talentos da
história
do “nosso” automobilismo.
Nas
últimas décadas temos acompanhado este “nosso” automobilismo apenas
sobrevivendo (e neste caso, vale uma ressalva: graças a paixão e teimosia de
pilotos e preparadores). Muitas categorias surgem, duram 2, 3 ou 4 temporadas
e
somem. Exceto pela Fórmula Truck, praticamente não há campeonatos
multimarcas e
com envolvimento das fábricas. Categoria de Fórmula só existe
com vigor e
solidez no Rio Grande do Sul com a “Fórmula 1.6” e os regionais
acabam
cumprindo uma missão dura e árdua de manter em pé o “nosso”
automobilismo.
Provavelmente
haverá quem diga: “e o Brasileiro de Marcas que tem disputa
entre montadoras e
modelos diferentes?”. Sim, tem, mas os carros não são
montados pelas fábricas,
e no fundo, o envolvimento delas se limita ao “merchan”,
muito diferente do que
acontecia na “Copa Shell de Marcas & Pilotos”, onde as
fábricas tinham inclusão
direta no Campeonato e possuíam departamentos
específicos voltados a competição.
Se eu
fosse “manda-chuva” do automobilismo, certamente uma das primeiras
ações que
faria era alterar a forma das “Cédulas Desportivas”, as famosas
“carteirinhas
de piloto”, pois não acho justo a maneira como os pilotos são
classificados e
principalmente cobrados.
É
sabido por todos que as “carteiras” tem validade para o ano corrente, então
todo dia 31 de dezembro elas “caducam” e não valem mais. Até aí tudo bem,
é a
regra, mas o valor é exatamente o mesmo para o piloto que faz sua carteira
em
fevereiro e o que faz no dia 20 de novembro, e é o mesmo para o piloto que
disputa um campeonato nacional e para aquele que disputa um regional.
Essa
condição se repete para renovações e filiações novas. É um padrão único
que não
leva em consideração nada, apenas separa por categoria e cobra a taxa.
Penso
que a CBA deveria rever esse método e, através de valores mais acessíveis,
incentivar que os pilotos filiem-se e disputem os campeonatos de forma regular
e
correta, contando com um incentivo por parte da entidade.
Com uma
pequena ação como esta talvez aqueles pilotos “domingueiros” passem
a ser
filiados e um dos principais reflexos disso será, de forma automática e
natural,
a extinção dos ditos campeonatos “clandestinos”, que são uma ‘terra de
ninguém’
onde vale tudo, mas quando alguém se machuca (ou morre), todos somem!
7 comentários:
Meu amigo Humberto, foi uma grande honra receber novamente o convite para participar deste projeto.
Obrigado pelo espaço e pela amizade!
Super abraço, bem empoeirado!
Acho que deveria estender esse assunto. bem objetivo, o que os outros países têm, como sustentam isso e os resultados que se consegue. Ponto, a poartir desse relatório, cria-se um modelo adequado ao aqui. Mais uma coisa, sugiro colocar uma foto do autor, vivemos em uma era em que queremos saber quem é a pessoa, talvez uma ficha bem no estilo Corradi. Para com essa frescura de férias e volta aqui pro blog, Corradi!
Não sei o que eu faria se mandasse no automobilismo.
Mas se eu fosse de um grande portal, já teria dado um site para o Francis.
O Francis foi direto ao ponto sem rodeios!!!
Querido amigo, vc bem sabe de todos carinho que tenho por vc, sua família e demais alicatões que conheci por seu intermédio...desde que vc assumiu a posição de organizador/dirigente acompanho o longo caminho...mudar a estrutura do esporte é muito difícil mas como vc mesmo disse não impossível, hoje aqui em São Paulo estamos tentando, e vc bem sabe como sou um critico contumaz de toda situação e estrutura(sei que às vezes minha pena é cruel!) mas cabe à nós mesmos tentar mudar e trazer de volta toda a glória de um passado recente...e aí vc está conseguindo!
Putabração
PS: este ano vou aí acelerar sua barata e ensinar para toda alicatada o que é bom!!!!rsrsr
Valeu pessoal, obrigado pela força e pelas palavras!
Abraços empoeirados
Legal Corradi esta iniciativa, pois o Francis é mais que um companheiro de pista, já se trata de um irmão que fiz através dessa nossa paixão, sempre assinei tudo o que ele escreve então assino mais essa.PS: Grande Rui, tu sabe que há muito te esperamos aqui no meio da nossa POEIRA misturada com cheiro de alcool e churrasco, um putabração e estamos te esperando!!!
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