segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Batailles
Quatro títulos mundiais.
Alain Prost não faz parte dos campeões solitários.
Viveu a época mais talentosa da Fórmula 1.
E nunca teve vida fácil.
Brigar com Nelson Piquet, Niki Lauda... e pior, Ayrton Senna.
Basta pensar.
Se apenas este último não tivesse existido, seriam sete títulos mundiais na sua conta.
Seus predicados não ajudavam.
Rabugento, teimoso, acusador e também amargurado devido ao talento de seu companheiro.
O francês sempre foi visto como bandido na guerra interna da McLaren.
E Senna, que não era bobo, aproveitou como ninguém os defeitos de seu companheiro.
Formou a imagem.
Um era bom e o outro era mau.
A imprensa adorava.
Uma situação tão incômoda que Prost chegou a desabafar certa vez:
"Não importa o que eu faça, Senna sempre tem razão".
Postado por
Humberto Corradi
às
11:15
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9 comentários:
O seu jeito fez sua imagem.
Humberto,
você diz que seriam sete títulos mundias para Alain se Senna não tivesse existido. Sei não. Ele saiu da McLaren no final de 89 para ir para a Ferrari. creio que pudesse fazê-lo ainda que Senna não existisse. Era tempos de tentar grandes feitos por outra escuderia e nada melhor do que a Ferrari para isso. Ele já teria sido tetra pela McLaren.
Fazendo isso, não teria conquistado o título de 91 e então seria apenas seis vezes. Apenas? Numa época de ouro da F1, ele seria o maior gênio da categoria. Ainda bem que Senna existiu e mesmo com um título a menos que ele, o superou.
abs
detalhe pro cara tirando foto a centímetros do carro do prost na segunda foto. O.O
Lindo esse Renault turbo. aliás os anos 80 na minha opinião tiveram os F1 mais bonitos de todos os tempos.
O Prost tinha seus talentos e atributos, é claro. ninguém chega aonde ele chegou sem ao menos uma dose deles.
Mas o que é esquecido é que o cara foi o ponta d elança do "projeto frança" capitaneado pelo nazista Jean MArie Balestre que foi seu tutos, amigo do peito, consultor e patrono.
Sempre teve acesso a carros e equipes de ponta e quando isso não foi o bastante o balestre com a sua truculência fazia o resto. Vivi esa época e o que é mais interessante que só consegui enxergar até aonde ia o mau caratismo e a proteção do balestre de verdade ao vêr o ultimo documentário sobre o Senna, o negócio beirava o obsceno e seria impensável hoje em dia. Todos comentam e muitos criticam o "troco" do Senna em Prost em Suzuka, mas esquecem ou não sabem que do sábado para o domingo o Balestre simplesmente "trocou" a posição do grid de largada, dando o lado sujo para o Senna, foi como dar a pole para o Prost que invariavelmente largava atrás do brasileiro.
Então posso afirmar sem medo de errar que a simpatia que o público tinha peo Senna era apenas a visão mais ampliada do que ocorria de verdade na F-1 naquela época "balestriana", tinha bem mais a ver com o caráter - ou falta dele - da dupla de cumpadres franceses do que propriamente dos esforços do Senna para parecer "vítima".
Era um Button original. hehehee
Amigo Corradi!
Naquele tempo, o bicho pegava!!!!!!!
Abraço!
Mauro Santana
Curitiba-PR
Concordo com o politicamente_incorreto, e digo mais!
Muitos que naquela época comemoraram o "troco" de Senna contra o Prost, hoje falam que foi uma loucura, um ato irresponsável do brasileiro.
Também vivi bem aqueles anos dourados, e defendo até hoje e sempre defenderei a sua atitude.
Não sou viúva de Senna, mas como visto no documentário, Senna estava de saco cheio de tanta palhaçada e falcatrua da dupla de compadres, e eu faria o mesmo!
Mauro Santana
Curitiba-PR
Para o politicamente incorreto e para o anônimo, o favorecimento a Prost é uma ideia muito difundida, mas eu não partilho essa ideia das coisas. O exemplo que apresentam não é válido, ninguém mudou o local da pole, o Senna é queria largar num local diferente do previsto, do normal. Se não acreditam em mim, vejam videos de anos anteriores e confirmem que o local da pole-position foi sempre o mesmo.
Considerando que o Piquet poderia ter ido para a McLaren em 88, seria mais provável um hexa do Nelsão do que um hepta do Prost...
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