Pequeninos 2

O motivo da foto é o dia das crianças. Mas não se iluda com o ar angelical do menino no colo
de seu pai. Hoje o inglês Jenson Button não é flor que se cheire. Um processo que se deu aos
poucos, ao longo de sua carreira. E seu Currículo no automobilismo explica muita coisa sobre
isso.

Voltando no tempo, veremos que Button ainda criança já se destacava no kart. Com 18 anos
já era campeão da Fórmula Ford Britânica. Um ano depois, em 1999, recebeu um prêmio de
piloto revelação da Fórmula 3 dado pela escuderia McLaren.

Um prodígio.

Em 2000 as portas da Fórmula 1 se abriram para ele. Conquistou seu lugar na Williams num
embate com o bom piloto Bruno Junqueira. Pode-se dizer que o brasileiro foi a primeira vítima
do inglês. Nos anos seguintes outros nomes se juntariam a lista. Seus companheiros Jarno Trulli,
Jacques Villeneuve e Rubens Barrichello não foram páreo pra ele também nas pistas.

Claro que a trajetória não foi moleza. Contratos confusos e carros pouco competitivos trouxeram dificuldades que acabaram por esconder um pouco seu nome. Some-se a isso a Era Schumacher
onde a Fórmula 1 se dividiu em duas categorias: a da Ferrari e os outros. Mas Button já havia se
tornado um piloto seguro. Tanto que em 2004 terminou o campeonato atrás apenas dos dois carros vermelhos de Maranello. Um título simbólico.

Sua vez chegaria.

Após as duas temporadas apagadas de 2007 e 2008, devido principalmente ao péssimo rendimento
da Honda, ele teve sua chance. Aceitando receber metade do salário dos anos anteriores, ganhou
um foguete de presente de Ross Brawn. E não decepcionou. Um campeão impecável.

Agora na McLaren, voltou a mostrar que não pode ser subestimado de forma alguma. Chega ao
Japão sendo o único piloto com chances matemáticas de bater Sebastian Vettel. Não só isso. Seu desempenho no ano lhe rendeu uma renovação multimilionária com a McLaren. Ofuscando até
mesmo Lewis Hamilton, coisa que nem Fernando Alonso em sua passagem pelo time de Woking
conseguiu fazer.

Nada mal.

Já disse outro dia aqui. A Fórmula 1 conta hoje com uma geração de pilotos muito talentosa,
surpreendente e aguerrida. Não gosto muito do seu jeito de pilotar. Acho tranquilo e sereno
demais. Porém dentre aqueles que estão correndo na categoria máxima do automobilismo,
Jenson Button me parece ser, no momento, o mais perigoso.