terça-feira, 3 de abril de 2012

Jacques Villeneuve



























Imagens da British American Racing.

O embrião da BAR surgiu quando a British American Tobacco adquiriu as ruínas da
Tyrrell em 1997.

Craig Pollock levou o crédito pela ideia.

Mas ao seu lado estava Jacques Villeneuve.

O filho de Gilles em 1998 foi seduzido pelo dinheiro e a ilusão de independência.

Ele havia sido campeão do mundo.

Mas pensava ser o dono.

A decadência de sua carreira se mistura a trajetória da nova equipe.

O lema adotado, "Uma tradição de excelência", causou risadas no paddock.

A BAR não tinha excelência.

Muito menos tradição.

Villeneuve ficou 5 temporadas sem saber o que era uma vitória.

Uma queda livre.

Depois de estar no topo.

Ele era um herói canadense.

Vencedor das 500 milhas de Indianápolis, da Fórmula 1...

O que poderia querer mais?

Se perdeu no personagem revoltado criado pela mídia.

E também nas escolhas.

Mais um entre tantos pilotos que não seguiram a lição simples de Fangio.

Procurar sempre o melhor carro.

O tempo foi passando.

E seu talento foi se esgotando.

Seu final na categoria foi triste.

Primeiro apanhou do promissor Felipe Massa na Sauber.

Depois, já na BMW, recusou o duelo com Robert Kubica.

Uma saída pela porta dos fundos.

Jacques Villeneuve teve uma carreira invertida.

Com 26 anos já havia conquistado o mundo.
 
Talvez isso tenha lhe causado um grande vazio.

E deixado o jovem piloto perdido.

O rebelde ficou sem causa.

12 comentários:

Rafael Dias disse...

Daí foi ser cantor...
O título dele foi vibrante, disputado,e na Indy tbem mandou muito bem com o carro azul/branco.

Anônimo disse...

Tyrrel, que virou BAR, que virou Honda, que virou Mercades. É isso?

Abç,
Emerson Fernando

Danilo Candido disse...

Prezado Émerson,

Você esqueceu do principal "capítulo": "(...) Honda que virou Brawn...e que foi campeã, antes de virar Mercedes".
Lembrando que tudo começou com a discordância de Ken Tyrrell e Jack Stewart das diretrizes à serem tomadas pela equipe Matra. Os dois resolveram sair do time francês e montaram a Tyrrell. De início, competiram com chassis BRM, de desempenho mediano, mas logo acertaram a mão com seu projeto independente.
Outro caso de equipe cujo número de mudanças de dono (e nome) até supera, e muito, a quantidade de sucessos nas pistas é o da Jordan. Que virou Midland. Que virou Spyker. Que virou Force India. Que ainda pode virar alguma outra coisa (Sahara ?), caso a companhia aérea do Sr. Mallya (Kingfisher) desmorone de vez...

Um abraço,
Danilo Candido.

Rodrigo Keke disse...

Esse tem história pra contar. Gostaria de ler uma biografia dele. Não autorizada de preferência :P

Belo post Corradi!!

Anônimo disse...

* FOTO 1:
Apresentação dos carros da BAR, equipe estreante, na temporada de 1999 da F1.
A equipe queria de todo jeito a permissão da FIA, ou FOM, ou de Bernie Ecclestone, ou das demais equipes, para disputar o campeonato com os carros como apresentados: cada um pintado na cor de um patrocinador diferente... algo não visto na F1, até os dias de hoje (eu particularmente prefiro a mesma identidade visual para carros da mesma equipe. Acho mais lógico!).

Como não conseguiu a permissão, pintou cada metade dos carros com a identidade visual de um de seus 2 patrocinadores (leia-se produtos!): Lucky Strike e 555. O resultado foi o carro "Duas Faces"...

a) http://www.jalopnik.com.br/wp-content/uploads/2011/12/2011-12-06_2_bar01.jpg
b) http://www.0-60mag.com/wp-content/uploads/2009/05/lotd1.jpg
c) http://numseiquela.zip.net/images/BAR001edit.jpg


* FOTO 2:
Pelo tamanho 'minúsculo' dos boxes, pela Marina, que pode ser vista pela fresta dos boxes no lado esquerdo da foto, e por Mika Salo estar no cockpit - substituindo um contundido Ricardo Zonta -, dá pra afirmar que é Mônaco.


Quanto à Jacques Villeneuve, dá pra fazer um paralelo entre sua trajetória/história (só mesmo nesse aspecto!) na F1 e a de Emerson Fittipaldi:
Chegaram na F1 andando bem, foram campeões e mudaram-se para equipes próprias, o que conduziu à decadência de suas carreiras na F1...


um abraço,
Renato Breder

Anônimo disse...

Todos os pilotos que tentaram virar donos de equipe fracassaram, sem exceção.

Anônimo disse...

Em 1999, a BAR quis ter os seus dois patrocinadores de tabaco em cada carro, como ocorre na Indy, mas a FIA não permitiu, por isso a pintura pela metade.

Depois da morte de Senna, Villeneuve era para muitos brasileiros o piloto a quem torcer, vibrar com sua garra de enfrentar Schumacher.

Realmente foi uma grande pena para a F1.

Danilo Candido disse...

Errata ! A equipe Tyrrell fez sua estréia usando chassis March, e não BRM como eu escrevi.

Um abraço,
Danilo Candido.

Tohmé disse...

Não podemos esquecer que o Zonta, piloto de grande talento, foi "fritado" nessa.

Verde disse...

Raiva eterna da FIA por ter proibido as duas pinturas diferentes. A Fórmula 1 é muito frufruzinha.

Anônimo disse...

O anônimo ai em cima diz que "Todos os pilotos que tentaram virar donos de equipe fracassaram, sem exceção." E mo Jack Brabham? E o Bruce McLaren?

Rodrigo

Rafael Puerto disse...

Bem que poderia rolar um post detalhando as mudanças de nome/dono de algumas equipes. Por exemplo, a atual Lotus que tem origens na Benetton, a Red Bull vindo da Stewart, ou a Toro Rosso - Minardi. Tudo com fotos e explicações no melhor estilo Corradi. Seria bem legal