terça-feira, 15 de maio de 2012

The Bull


































Bom dia a todos.

Bélgica. Circuito de Spa-Francorchamps. 1954.

Máquina de Froilan Gonzalez.

Piloto que nas pistas encarava Fangio de igual para igual...

8 comentários:

Anônimo disse...

Bela tomada da Eau Rouge ao fundo.


Carlos Henrique

Rodrigo Keke disse...

Que charutinho...

politicamente_incorreto disse...

Assustador é o mínimo que se pode dizer de ver Eau Rouge lá no fundão e ver essa Ferrari magrela com pneus diagonais linguiçinha...... sem aerofólio, sem down force, sem célula de sobrevivência, sem santantonio, sem capacete, sem controle de tração, sem freios eficientes, sem babá eletrônica, sem engenheiro com potinho de papinha nos boxes,sem cambio automatizado, sem direção eletronica e sentado em um tanque até a boca de Napalm......só vento na cara e o anjo da guarda de bandeira dois...

Realmente esses caras eram de outro planeta. Só disputar uma corrida nessa época já era motivos para o cara ser aclamado como campeão, nem que seja de insanidade.....

P.S. Para quem não conheceu a figura do Froilán Gonzalez ele tem biotipo de terror de restaurantes do tipo "coma o quanto puder", na improvável hipótese de alguém conseguir coloca-lo dentro de um cockipt dos carros de hoje só o corpo de bombeiros e o Samú poderiam resgata-lo, isso depois de serrar o cockipt, o meu quase primo era um pilotaço mas não tenho dúvidas que o seu biotipo que ficava entre um barril de chope e uma rolha de poço afetou o seu desempenho.


Rubem Rodriguez Gonzalez

Mauricio Morais disse...

Foto maravilhosa mostrando o quanto a Eau Rouge se parece com uma montanha russa.

Anônimo disse...

Reparando, dá para perceber que as duas Ferraris são diferentes!


A temporada de 1954 para a Scuderia Ferrari foi turbulenta.
Uma confusão de chassis e motores, em combinações esquisitíssimas, tudo num desespero só para reencontrar o 'caminho do sucesso' e combater a poderosa Mercedes-Benz...
Caminho esse que ela perdeu, após 2 anos massacrando a concorrência: 1952 e 1953.

O carro da Ferrari para esse ano seria o modelo '553 Squalo' (chassis tipo 553), com o motor 'tipo' 106, de 2,5 litros e 4 cilindros em linha.
O modelo 553 teve sua estréia no GP da Itália de 1953, nas mãos de Umberto Maglioli e Piero Carini, pilotos do segundo escalão da Scuderia, que fizeram essa espécie de 'shakedown' do modelo. Nesse GP, usaram o motor de 2 litros.

Apesar disso, a Ferrari iniciou o ano com o modelo '625' (chassis tipo 500), que nada mais era que uma adaptação do carro de F2 usado nos anos anteriores - o modelo '500-F2' - para um motor de maior volume 2,5 litros contra os anteriores 2 litros.
O motor 106 foi também revisado, aumentando ligeiramente seu volume (de 2497,56 cc para 2498,32 cc) surgindo o 'tipo' 107.

Acontece que a Ferrai testou várias outras combinações:

Modelo 625 com motor o motor 107 - padrão
Modelo 553 Squalo com o motor 106 - padrão
Modelo 625 com o motor 106
Modelo 625 com um motor formado por partes do 106 e do 735 (do modelo 735LM)
Modelo 625 com um motor com partes do 106 e partes do 107

Uma 'bagunça experimental' no decorrer da temporada...

A conclusão, ao final da temporada, é que o carro mais novo, pensado para essa temporada, o 'Squalo', teve os piores resultados.
E os melhores resultados foram colhidos pelo 625 'padrão'.


Para o GP da Bélgica (foto do post), a Scuderia Ferrari trouxe uma porção de carros (pelo menos 4):

duas '553 Squalo':

#4 - para Giuseppe Farina, que acabou abandonando o GP (Farina também treinou numa 625).
#6 - para Jose Froilan Gonzalez, que abandonou na primeira volta, após largar da segunda posição no grid.

e duas 625:

#8 - para Maurice Trintignant, que terminou em 2o lugar (Trintignant também treinou numa 553 Squalo).
#10 - para Mike Hawthorn, que acabou dividindo a condução do carro com José Froilan Gonzalez, vindo 'direto do banco de reservas'. Gonzalez levou o carro à 4a posição, ao final do GP.

As 625 com seu motor 'original', o 'tipo' 107, e as 553 Squalo como o seu 'original', tipo 106.
No entanto, há registros que indicam que o carro de Hawthorn era, ou uma '554 Squalo' (nada mais que uma 553 com uma alteração na suspensão dianteita) ou até mesmo uma 625, mas em ambos os casos, com o motor 106.

As demais equipes, que em 1954, usaram carros Ferrari, usaram os modelos 500-F2, adaptados ao novo motor 'tipo' 107 (Ecurie Filipinetti, Ecurie Francorchamps, Scuderia Ambrosiana).
Além da Scuderia Ferrari, apenas a Ecurie Rosier utilizou os 625 com motor 107.


Aqui um texto mais completo e muito bom:
http://8w.forix.com/intltr54.html


um abraço,
Renato Breder

Ricardo Reno disse...

Só para completar o comentário do Rubens, inclusive com o próprio de perfil, tem este post do Corradi:

http://f1corradi.blogspot.com.br/2011/05/destemido.html

Ricardo Reno disse...

Desculpe, o perfil do Froilan não do Rubens...rsrs...

politicamente_incorreto disse...

Liga não Ricardo, o meu "perfil" tá bem parecido com o do "primo" Gonzalez.......... Claro que nunca entrei dentro de um cockipt de um F-1, mas se entrasse o grupode resgate provavlemente teria que ser acionado também......

Rubem Rodriguez GOnzalez