quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fora de Escala





















Monza. 1958.

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2 comentários:

Ron Groo disse...

Mas não em termos de beleza.
A rossa é mais bonita que os dois verdes.

Anônimo disse...

A bela Vanwall...

Nesse GP, 3 Vanwalls estavam inscritas:

#26, para Stirling Moss, modelo VW10,
#28, para Tony Brooks, modelo VW5 e
#30, para Stuart Lewis-Evans, modelo VW6,

As diferenças entre os 'modelos' não eram tão grandes assim... eram quase que apenas 'detalhes aerodinâmicos'... já naquela época!

Pela Vanwall, começaram suas carreiras na Formula 1 dois personagens bem marcantes da categoria: Colin Chapman e Mike Costin.
Chapman dispensa comentários. Costin e Keith Duckworth, foram os preparadores/criadores do motor mais longevo e bem sucedido da F1: o motor V8 de 3 litros da Ford.
Aliás, Costin + Duckworth foi o nome de batismo do motor: Ford Cosworth DFV.


No GP da Itália de 1958, a primeira fila só não foi totalmente da Vanwall porque o grid era no formato 4:3:4:3, e a Vanwall só inscreveu 3 carros...
Curiosamente, o pole position não aparece na foto. Apenas o bico branco de sua Vanwall é visível.

A primeira fila, na ordem, era:

#26 Stirling Moss (fora da foto)
#28 Tony Brooks
#14 Mike Hawthorn (Ferrari Dino 246)
#30 Stuart Lewis-Evans

Se a Vanwall dominou a 1a fila, a 2a fila era toda da Ferrari com: Olivier Gendebien, Wolfgang von Trips e Phil Hill.
A 3a fila era da BRM.
A 4a e 5a filas misturavam Lotus, Cooper e Maseratis.
E, por último, a 6a fila era todinha da Maserati.


Phil Hill, largando da segunda fila, começou o GP liderando as primeiras voltas.
Depois um duelo Hawthorn x Moss pela liderança, que durou até o abandono de Moss na volta 17.
A Ferrari manteve-se na frente até que, na volta 61, a última Vanwall ainda correndo, assumiu a liderança levando Brooks à vitória.
Hawthorn foi o segundo colocado e ampliou sua vamtagem na luta pelo título sobre Moss. Pontos cruciais!

Naquela época havia 1 ponto para a melhor volta da prova e descartes (contavam-se apenas os 6 melhores resultados de 11 GPs, contando com a 'Indy 500').
Moss contava 32 pontos e Hawthorn 40 após o GP da Itália.
Restando apenas o GP do Marrocos, Moss tinha que vencer e marcar o ponto extra (total 9 pontos) para poder ser o campeão. Até então apenas 5 resultados dele computavam pontos, ou seja, o que fizesse no Marrocos seria somado aos seus 32 pontos...
Até a Itália, Hawthorn havia marcado pontos em oito GPs. Destes, os dois piores já estavam descartados. Ele só aumentaria sua pontuação se vencesse ou terminasse em 2o lugar o GP do Marrocos.
Ou seja, esse resultado em Monza pôs a corda no pescoço de Moss. Na pior das hipóteses Hawthorn permaneceria com 40 pontos, obrigando Moss a marcar a pontuação máxima possível...

E deu no que deu: com uma 'ordem de equipe', no GP do Marrocos, Phil Hill dedeu sua posição a Hawthorn que, terminou em 2o.
Isto tornou inútil os resultado de Moss, que venceu e marcou a melhor volta (pontuação máxima), mas acabou perdendo o campeonato por apenas 1 ponto!
Para piorar o quadro, Moss ainda perdeu seu companheiro de equipe, Lewis-Evans, morto num acidente na volra 41 do GP marroquino...

Como consolo, na primeira vez que o título de construtores foi disputado, foi a Vanwall que levou o título...


um abraço,
Renato Breder