sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mario Andretti

























Inverno europeu de 1940.

II Guerra Mundial.

Itália.

Foi nesse cenário que Rina deu a luz.

Gêmeos.

Mario e Aldo.

Luigi, o pai, era trabalhador rural.

A guerra terminou e trouxe mudanças.

Os meninos cresceram.

Aos treze anos eles assistiram uma corrida que alteraria suas vidas para
sempre.

Alberto Ascari venceu naquele dia.

E deixou uma marca no coração dos adolescentes.

Mas a vida não estava fácil.

Era complicado sonhar.

A Itália havia perdido a guerra.

Por isso os garotos, sua família e toda a vila foram para a América.

A cidade de Nazareth foi o ponto final.

Havia um pequeno circuito oval.

Que se tornou a casa dos dois irmãos.

Sem dinheiro, eles dividiram o mesmo carro.

O mesmo capacete.

As conquistas se sucederam.

Porém fizeram tudo sem a família saber.

Em 1959 a pista de terra disse que apenas um poderia vencer.

Aldo sofreu um grave acidente.

Sobreviveu.

Mas foi o fim do piloto.

Restou Mario.

E ele continuou.

Na temporada seguinte venceu 46 corridas.

Aqui começa a dificuldade para escrever.

A pesquisa se faz árdua.

Pois Mario Andretti venceu de tudo!

Cansa enumerar suas conquistas.

Cart, Nascar, Arrancada, Hill Climb, 500 milhas, Fórmula 1.

E só parou com 63 anos!

Depois de um acidente durante os treinos em Indianápolis.

Como manda a tradição americana, ensinou seu esporte favorito aos
filhos.

Michael acabou se sobressaindo.

Podia ter ficado em casa.

Nos Estados Unidos.

Mas Mario queria que o filho trilhasse o mesmo caminho.

As coisas não saíram como planejado.

Ele não era o pai.

Talvez daí venha o desastre que foi o segundo Andretti na Fórmula 1.

A tradição familiar continuou com Marco seu neto.

Com cinco anos o menino já pilotava Karts sem nenhum medo.

Estava no sangue.

Como Aldo, Mario, seu avô, e Michael seu pai.

A tradição dos Andrettis nas pistas está longe de acabar.

Coisa de família.

Unidos.

Tendo como símbolo o capacete cinza.

Sempre usado por todos.

22 comentários:

Anônimo disse...

Com todo o respeito, Michael e Marco não chegam nem perto do Mario!!

É até covardia cruzar os currículos da trinca!

Zé Maria

PS: tudo bem que o Marco ainda é jovem e tem tempo para eventualmente me fazer queimar a língua, mas para mim só está na Indy porque corre na equipe do papis dele. . .

Ricardo Reno disse...

Gostei do santantonio na segunda foto.

Seria curioso saber o que passou na cabeça do Michael quando resolveu ir para a F-1. Ainda mais para a Mclaren tendo Senna como companheiro.

Nem na Europa morava preferia atravessar o Atlântico toda vez que tinha compromissos com a F-1.

Completamente sem noção.

Ron Groo disse...

Se fala muito em clã Andretti, mas o clã só tem um bom piloto de verdade. Mario.

Os outros são os zocas da família...

Luizão disse...

Cara como sou fã de automobilismo (e não apenas fã de F1) considero o Mario "O" cara (Daytona, Indy, F1, Endurance...)

Fabiani C Gargioni #27 disse...

Admiro o Mário à muito tempo e nem sabia que ele havia começado nas pistas de terra, depois desta postagem sou mais fã dele ainda!!!

Vinicius Netto disse...

O maior erro da família Andretti foi colocar o Michael Andretti na F1. Todos sabem do resultado disso.

No mais, como o colega Ron Groo disse, Mario foi um piloto de verdade.

Com certeza foi soberando

Rodrigo Keke disse...

A história de vida desse cabra dava um filme e tanto, com mais de três horas de duração. Se quisesse, teria ganhado um Dakar, mas creio que lhe faltou paciência. Talento não era problema, uma vez que dominou asfalto, terra, subida de montanha, ovais de todos os tipos, corridas de longa duração... tiro o chapéu. Nem Emerson Fittipaldi possui epopéia semelhante na carreira! Os descendentes não herdaram todo o talento, embora Michael tenha uma trajetória muito respeitável na CART. Não deu certo na F1 por estar mal-preparado, e pouco focado. E isso lhe custou uma fama de péssimo piloto aos olhos dos europeus (e aos nossos olhos também), fama essa de certa forma injusta. Michael não é mal piloto. Marco, o neto, esse sim é fraco.

politicamente_incorreto disse...

Concordo contigo Rodrigo, o Michael estava acostumado com o estilo bonachão e despretencioso do paddock da F- Indy e subestimou a força e o preparo - já naquela época - da categoria maior.
A F-Indy tinha o nível do início dos anos 70 quando o Michael aportou na F-1 que já respirava profissionalismo e necessitava de dedicação integral.
Ele era bem melhor que aquilo, com certeza absoluta. mas a fábrica de salsichas da F-1 não perdoa ninguém e todos são tão bons quanto seu último resultado.

Quanto a esse "monstro" do Mário Andretti não me arrependo nem um pouco de ter torcido efusivamente prova a prova pelo seu campeonato de 1978 - sim , eu sou dessa época - e apesar da marola que as pessoas querem fazer na história ele não estava sob pressão alguma do Peterson e ganharia o campeonato de qualquer jeito.

Muitos falam sem conhecimento de causa que ele - o Andretti - era o protegido do Colin Chapman e que o pobre do Peterson era menosprezado pelo chefe.

Não é bem essa história, o que ocorreu na realidade é que o Peterson abandonou a equipe quando a Lotus 76 foi um fiasco e o Andretti entrou em 1976 com a Lotus no fundo do poço, lutou, treinou, ajudou a desenvolver e conseguiu junto com o mestre transformar a Lotus em equipe grande de novo.
Nada mais justo que na volta do Peterson este voltasse na condição de segundo piloto e o Andretti que tinha roído o osso tivesse regalias como prioridade no uso do segundo carro.
Ocorre que em Monza esse detalhe e somado a fatalidade - e o péssimo atendimento médico, barbeiragem das brabas - provocou a morte do Peterson e a morte como é sabido por todos santifica uns e crucifixa outro.

No caso é claro santificaram o Peterson - que realmente era um ótimo caráter - e cruxificaram o Chapman que foi taxado de escroque e sanguinário e tentaram diminuir a conquista mais que justa do grande Mário Andretti.

Rubem Rodriguez Gonzalez

Rodrigo Keke disse...

Assino em baixo Rubem, apesar de eu não ter vivido a época como você viveu (ponta de inveja agora haha), é o que penso sobre o assunto depois de tudo que li, vi (via youtube, que salva vidas), pesquisei... não à toa, o Mario era considerado o melhor piloto de teste da época, pois quem deixou o Lotus 78 em ponto de bala foi ele. Peterson invariavelmente adotava os acertos do Mario, que se mostravam certeiros.

Anônimo disse...

Só acrescentando um detalhe no comentário do Rubem...

No início de 1976, depois da 1a etapa (GP do Brasil), tanto o Ronnie Peterson quanto o Mario Andretti deram um 'pé-na-bunda' da Lotus...

Peterson acabou (quase em todos os sentidos!) na March e Mario foi pedir 'socorro' ao conterrâneo Parnelli Jones (correu os GPs da África do Sul e de Long Beach pela Parnelli).

Não sei exatamente qual foi o acordo com Colin Chapman, mas na 4a etapa da temporada - Espanha - Mario estava de volta à Lotus...

Peterson continuou na March e em seu lugar foi mantido Gunnar Nilsson...

Depois de penar na March (1976) e na Tyrrell (1977), quando o P34 já estava desfigurado, Peterson voltou 'subservienye'(?) à Lotus...

O comentário geral é que, em muitas ocasiões, Peterson segurava o ímpeto e mantinha-se atrás de Mario, 'obedecendo' a algum acordo com Colin Chapman: Mario 1o piloto e Peterson 2o piltos, com os resultados em pista DEVENDO obedecer esta hierarquia.

Possível? Sim...
Provável? Sim...
Aconteceu de fato? Com a palavra, Mario Andretti...


OBS: essa situação teria sido semelhante àquela vivida no ano seguinte (1979) pela dupla Jody Scheckter e Gilles Villeneuve, na Ferrari.


um abraço,
Renato Breder

Anônimo disse...

ERRATA:
onde se lê: 'subservienye'(?)
leia-se 'subserviente'(?)

e

onde se lê: 2o piltos,
leia-se: 2o piloto,


abraço,
Renato Breder

politicamente_incorreto disse...

Rodrigo, o Peterson era piloto/piloto. quando Emerson largou a Lotus depois da sacanagem que o Chapman aprontou com ele em 1973, a equipe entrou em declínio. tentaram " guindar" o Ickx na equipe para desenvolver e acertar o carro mas nessa época o belga estava mais preocupado com a sua performance em turismo e principalmente com Endurance.
Sem ninguém para desenvolver o carro e acerta-lo o sueco naufragou com a Lotus e abandonou o barco.
A vingança do Émerson foi fenomenal e calou a boca de todos, sem ele a Lotus naufragou e ele deu finalmente o primeiro título da equipe Mclaren que era dirigida na época por Teddy Mayer,
A Lotus só se reergueu com o trabalho abnegado do Andretti e esse mimimi em torno da "sacanagem" e trairagem com o Peterson é obra de alguns jornalistas provavelmente da linha editorial do Datena e da Sonia Abrãao....

Rubem Rodriguez Gonzalez

Enio Peixoto disse...

Andretti nunca precisou de ordens de equipe para vencer Peterson. Porque ele sempre estava na frente. Ele sempre largava em Primeiro ou em segundo. E Peterson, largava lá prá 6o. ou 7o.
Não dá nem para comparar.

A única vitória do Andretti em que o Peterson conseguiu chegar colado, foi no GP da Holanda. Nas sempre chegava uns 30 segundos atrás.

Não sei de onde, algumas pessoas tiraram a conclusão que o contrato impedia o sueco de ganhar do americano. Para isso, ele precisaria, primeiro, largar e andar na frente. O que raramente conseguia.

E é lógico, que o Andretti tinha regalias de primeiro piloto, porque, como o Rubem, disse, veio levantando a Lotus desde a fase ruim. Natural, que Colin Chapman, lhe desse preferência. E ele correspondia na pista.
Peterson era segundo piloto pagante, pois seu lugar, foi comprado pelo patrocinador.

No GP da Italia, ele se acidentou nos treinos e estragou o carro. Chapman não o deixou usar o reserva, que estava ajustado para Andretti. Ele que usar um carro do ano anterior. Mas, não foi isso que o fez largar no meio do pelotão, pois em várias corridas, usando o carro atual, ele também largou atrás. E nem foi isso que o matou, como alguns disseram na época. Qualquer carro seria destruído com o impacto.

politicamente_incorreto disse...

Bem lembrado Ênio, a Polar caravans era o seu patrocinador pessoal e pagou uma grana preta para comprar o seu assento na equipe.

Muito se comentava sobre a fragilidade dos modelos Lotus e impingindo ao Chapman a fama de fabricante de carros sem a menor segurança. Esqueçem que na prática todos os carros da época tinham o mesmo nível de segurança e as pancadas que mataram pilotos na época mataria o piloto em qualquer equipe do grid. A porrada que matou o Clark na F-2 mataria até um elefante e o Rindt morreu mais pelo fato do mesmo ter retirado a parte inferior do cinto aranha após a morte do amigo Piers Courage no GP da Holanda. A Lotus não matou mais ou menos que as outra equipes do grid por causa da sua alegada fragilidade.

O que havia no grid era uma inveja e uma antipatia muito grande pela figura do Chapman que queiram ou não, gostem ou não foi o maior e o melhor entre os projetistas.

Era o melhor naquilo que fazia e fez por merecer o apelido de "mago" na categoria. Imagino o que um cara com a sua genialidade faria com a informatica e os simuladores disponíveis hoje em dia....

Rubem Rodriguez Gonzalez

P.S. Naquela época TODOS OS F-1 eram inseguros mesmos, a aerodinâmica, o down force, o aumento da potencia para 3 litros eram fatos novos e potenciamente perigosos para todos. Não se enganem, a categoria evoluiu em segurança pelo "efeito Titanic" que consiste em aprimorar os equipamentos e as tecnicas depois da merda feita. Apesar do nome Titanic essa máxima sempre prevaleceu desde que o mundo é mundo.

Anônimo disse...

Apenas para registrar que este é muito provavelmente o endereço onde se encontram as pessoas mais habilitadas no assunto, impressionante a qualidade/precisão dos posts dos amigos (sei que posso considerá-los como)que "bateram uma bola" envolvendo o sueco Bengt Ronnie Peterson. . .
Muito bom poder compartilhar desse espaço com todos. . .
Abraços e bom final de semana, com Mônaco + Indy 500 como a cereja do bolo no final de semana mais importante do ano. . .

Zé Maria

politicamente_incorreto disse...

Obrigado pela deferência Zé Maria, somos apenas "testemunhas oculares da história" e temos a obrigação de passar a bola pra frente sem frescuras ou romantismos.
A diferença das pessoas que comentam aqui no blog do Corradi - incluindo o próprio - é a despretensão em relação aos temas.

Traduzindo: somos antenados , sabemos nos expressar mas não vivemos disso e nem precisamos parecer mais ou menos para melhorar a holerite no final do mês. Cuidamos das nossas vidas e quando temos tempo colocamos aqui um pouco da experiência e conhecimento que adquirimos através dos anos.

Rubem Rodriguez Gonzalez

P.S. Corradi, por que o seu blog não explora a publicidade? já está na hora. um espaço com tal dedicação e abnegação está na hora de dar retorno ao seu editor/redator/repórter/jornalista/foca/contínuo/estagiário/porteiro e manobrista. Resumindo, um verdadeiro personagem do Stan Lee........

Verde disse...

Eu realmente gostaria de entender aqueles que acham o Michael Andretti um piloto tão ruim assim. Ele é um dos maiores vencedores da história da Indy, quase ganhou a Indy 500 de 1992 e poderia ter ganhado mais de um título tranquilamente.

O Marco, sim, é só mais um na multidão. Ele e o Graham Rahal.

Carlos Gil disse...

Mario Andretti mas faz parte de uma geração que eu admiro e respeito, pela sua coragem, dedicação e polivalência. Andretti é um exemplo do piloto profissional, que como muitos outros seus contemporâneos dependiam financeiramente das corridas, e competiam semana após semana, de país em país, de continente em continente, para estarem nas pistas, e corriam em quase tudo o que tivesse rodas e motor. Andretti era um desses muitos "pilotos operários" de então, mas era um dos poucos que conseguiu sucessos e títulos nos diferentes campeonatos em que participou.

Quanto à sua carreira na Lotus e à sua parceria com Ronnie Peterson em 1978, nenhum dos dois mereciam o que aconteceu naquele fim de semana em Monza.
Nas reportagens e entrevistas da época (eu tinha 17 anos e devorava a Autosport, Sport Auto, Auto Hebdo e o saudoso Motor) ambos os pilotos referiram a existência de um acordo com a equipa em que Andretti era o primeiro piloto, e tinha preferência no equipamento e no campeonato, o que em minha opinião era justo pois tinha sido o ítalo-americano quem havia desenvolvido os Lotus 78 e 79.
Esta situação era do conhecimento de ambos, e em momento nenhum pode ser considerada como sacanagem, pois Peterson a aceitou quando comprou o lugar com o patrocínio da Polar Caravans (500.000 USD que muito contribuíram para o orçamento da Lotus). Peterson foi citado pelo jornalista Nigel Roebuck (Autosport) como tendo dito: O meu objectivo ao entrar na Lotus foi o de provar que ainda sou um piloto muito rápido, e isso eu consegui. As pessoas agora ficam dizendo que eu deveria esquecer o acordo e tentar lutar pelo título, mas eu não o posso fazer, eu dei a minha palavra. Quem iria acreditar em mim se eu agora desrespeitar o acordo?). O sueco era um Grande Piloto e um Homem de Caracter.

Quanto aos desempenhos nos treinos Andretti conseguiu 6 poles contra 3 de Peterson, tendo havido 5 GPs em que os dois largaram na 1ª fila. Mas a qualificação que ficou para a história foi a do British GP em Brands Hatch, onde a equipa Lotus tinha o staff da Imperial Tobbaco (titular da JPS brand) a assistir aos treinos, e Chapman pretendia ter o seu primeiro piloto com a pole-position, e para se assegurar de tal tinha que evitar que Peterson (que era um notório apreciador da pista) conseguisse o melhor tempo, assim o carro do sueco foi equipado com pneus duros e não os habituais de qualificação, e foram colocados cerca de 90 litros de combustível no depósito.
Mesmo assim, e contra todas as espectativas de Chapman, Peterson fez a pole com uma volta em 1'16.800; Andretti conseguiu 1'17.060 que lhe valeu o segundo tempo.
Naquele dia Peterson assustou Chapman, que sabendo que o sueco era já assediado por outras equipas, temeu que ele tentasse desrespeitar a sua condição de segundo piloto.
Três semanas mais tarde Peterson assinou um contracto com a McLaren para 1979.

O título de 1978 conquistado em Monza não foi a consagração que Andretti esperaria, mas nem ele nem Peterson mereciam o que aconteceu, felizmente o italo-americano pode continuar a competir e a vencer.
Que tenha uma longa vida, Mr. Mário Andretti.

Enio Peixoto disse...

No meu comentário, não quis dizer que Peterson era um lixo e Andretti um gênio. Quis apenas mostrar que as coisas não foram como uma maioria acredita. Peterson para mim, sempre um grande e rapidissímo piloto. Só que o Andretti, que é menosprezado por alguns, também era um grande piloto e foi tão ou mais rápido que o sueco. Prova são suas várias poles em 77 e 78. Em 1978, ele fez 8 poles e largou 12 vezes da primeira fila. E mesmo sendo muito rápido, raramente cometia erros. Um grande momento seu, foi o retorno à Ferrari no GP da Italia de 1982. Depois de estar parado a um bom tempo, aceitou o convite para substituir Pironi e fez a pole-position.

Anônimo disse...

Nunca achei estranho ou ruim a idéia de 1o e 2o pilotos numa equipe, nem mesmo a maior atenção ao 1o piloto.
No entanto, não acho nem um pouco justo a equipe 'sacanear' o 2o piloto, caso este se mostre melhor que o 1o piloto.

No caso Lotus/Andretti/Peterson havia a distinção entre os pilotos. Compreensível e merecida (como já foi dito). Concordo.
Havia também o comportamento ético de Peterson em respeitar o acordo. O fato de assinar com a McLaren mostra que estava insatisfeito com a situação e queria liberdade para vencer (ou pelo menos o status de ser, ELE, o 1o piloto).

Nada disso mancha - nem pode - a performance de Mario Andretti em 1978. Aliás, na metade final da temporada de 1977, Andretti já mostrava serviço na Lotus...
O que, de alguma forma, mancha o título de Andretti é aquele acidente em Monza que resultou na morte de Peterson...
Não que o acidente tenha causado a conquista do título por Andretti... mas, como tragédia que foi, o título de Andretti e a morte de Peterson estão para sempre ligadas...
Aliás, como o título de outro estadunidense: Phil Hill. Seu título está inseparavelmente ligado à morte, também em pista e também em Monza, de Wolfgang Von Trips...

Talvez seja por isso que falamos mais de Peterson que Andretti e [talvez] mais de Von Trips que Phil Hill...

Mario Andretti deve ser um membro adotivo da família Andretti... destoa do resto...


Quanto às palavras do Zé maria, eu também agradeço e... inclua-se nele, Zé maria!


um abraço,
Renato Breder

politicamente_incorreto disse...

Mas realmente ninguém falou mal do Peterson que era uma grande figura e como foi dito pelo Breder estava feliz por ter sido resgatado do limbo por uma Lotus vencedora.

Porém ficou no inconsciente coletivo e principalmente daqueles que amam a F-1 mas não são contemporâneos dos fatos que o Andretti foi campeão quase que por favor, não foi nada disso!!! O que não tira o mérito do grande piloto que foi o Peterson. Isos foi obra de gente querendo vender jornal e revista. Os "primos" da Sonia Abrãao sempre existiram e esse tipo de jornalismo chinfrim também.
Como essa "estória" tem um viés piegas prevaleceu na categoria, ficou a imagem de um primeiro piloto insensível e de um chefe de equipe sanguinário que mandaram um piloto indefeso para a morte certa quando na realidade era apenas mais uma corrida da temporada e mais uma largada tão perigosa como todas aoutras e tão perigosa como era para qualquer um do grid.
A se lamentar o péssimo atendimento que o Peterson recebeu, morreu de embolia por falta de medidas e precauções que até um acadêmico teria em um caso semelhante, provavelmente não pilotaria mais dada a gravidade das fraturas.

Mas sem dúvida alguma estaria hoje sessentão todo pimpão desfilando suas histórias pelo padock de Monaco com a sua bela e eterna Barbro que também não resistiu a sua falta e se foi....são as artimanhas do destino e as trapaças da sorte que realmente acabam escrevendo anossa história...

Rubem Rodriguez Gonzalez

Luiz Alberto Pandini disse...

Além de tudo o que foi dito e comentado, segue uma pequena amostra do quanto o Mario Andretti guiou nesse GP da Holanda de 1980. Naquele ano, a Lotus era algo entre a Force India e a Sauber de 2015. E o cara sustentou uma briga excepcional contra Carlos Reutemann, de Williams (o melhor carro daquela temporada!). Primeiro, a ultrapassagem por fora na Tarzan; depois, a defesa de posição na mesma curva. Eu vibrei com ele naquele dia (só perdeu para a minha euforia pela vitória do Piquet) e fiquei puto quando o carro dele parou a duas voltas do final.

https://www.youtube.com/watch?v=ihqmHa315Pw