sábado, 28 de setembro de 2013

História Sem Fim























Você deve ter lido por aí.

Os boatos que anunciavam um possível retorno de Rubens Barrichello à
Fórmula 1 começaram uns 20 dias atrás.

Coisa sem pé nem cabeça.

Que começa a ter pé e cabeça.

Me recuso a mergulhar nessa história.

Tenho meus motivos.

Posso falar um.

Não gosto de ver ninguém prolongando algo que não deveria.

A tendência é sempre terminar de forma melancólica.

Veja o exemplo de Michael Schumacher.

Seu retornou serviu apenas para que fosse ainda mais questionado.

Depois de ser surrado por Nico Rosberg e ser descartado pela Mercedes, foi
esmolar o lugar de Felipe Massa na Ferrari.

Ouviu um sonoro não de Luca di Montezemolo.

Precisava disso?

O que me chamou atenção nessa boataria toda sobre Barrichello foi a manifestação 
das pessoas.

O cara é amado!

Afinal ninguém é seguido por mais de 2 milhões de pessoas no twitter sem
motivo.

Essa ligação de Rubens com a torcida é bem especial.

Ele seria um herói para muitos.

Guerreiro.

Talvez um injustiçado.

Uma vítima dos interesses da Fórmula 1.

Fico com a impressão que todos têm um filme na cabeça.

Com um roteiro no qual o final trará o retorno triunfal e vitorioso do piloto
brasileiro.

Se vingando de seus críticos, da Ferrari, de Schumacher e de todo circo.

Provando de uma vez por todas que ele é um grande motorista e verdadeiro
sucessor de Ayrton Senna.

Haja coração, hein?

Como se ele precisasse disso.

Com uma carreira de quase 20 anos na categoria máxima do automobilismo,
passagem pela Indy, Endurance, dinheiro...

Minha conclusão é que não basta ser humano.

O público quer realmente um herói.

Daqueles que usam capa.

Perfeito.

Não pensam que ali está um homem como você e eu.

Com defeitos, limitações e que comete erros.

E ao vislumbrar a mínima possibilidade de ressurgimento de seu ídolo se
derramam em ovação.

Aclamando seu tão sonhado retorno.

Não consigo interpretar completamente esse sentimento.

Até porque não faço parte desse movimento.

Mas também não olho com desprezo.

Muito menos simplifico como pachequismo.

Acho que a coisa está mais ligada a nossa cultura latina, passional.

Neste caso a Fórmula 1 seria vista como um espetáculo.

Um filme.

Ou uma novela.

Com atores coadjuvantes, principais, vilões e, claro... mocinhos.

Existe mal nisso?

Não vejo Barrichello como um ser arrogante.

Se passa às vezes por vítima, incompreendido, menosprezado....

Um brasileirinho contra o mundo!

Mas isso faz parte do jogo.

Assim como os boatos de um volta aos circuitos da Fórmula 1.

Dessa forma vai alimentando seus milhões de fãs.

Só uma pergunta.

Por quanto tempo esse show ainda vai continuar?

22 comentários:

Lauro disse...

Corradi,

Eu me declaro fã de Rubens Barrichello, ponto. Como tal, não fecho os olhos para algumas de suas declarações contraditórias, alguns erros, algumas decepções que eu como torcedor e ele como piloto presenciamos. De qualquer forma, ele é o cara que eu queria ter sido. Mesma idade, porte físico sememlhante, paixão absoluta pelo automobilismo. Via antes dele chegar a Fórmula 1 outros heróis, como Piquet e Senna, mais velhos, mais espetaculares, foras de série. Rubinho não parecia ser um deles, e não era mesmo. Era apenas Rubinho, no diminutivo, protegido de Senna, garoto de talento que iria despontar um dia.
Será que o povo quer mesmo heróis? Sim, os latinos gostam de um herói, sempre. Mas o caso de Rubinho é diferente.
Ele é mesmo o brasileirinho contra o resto do mundo, síndrome de gata borralheira desgraçada que muitos de nós presenciamos. Mas como, sem ser um fora de série, Barrichello poderia vencer, poderia fazer poles, disputar um título?
Simples, porque ele é talentoso e acima da média.
Tantos quando falam dele, como no seu texto, se referem a dinheiro, como se para ele isso fosse a coisa que maior importância. Muitos acreditam que sim. Eu não. Barrichello tem uma história de vida de classe média alta, de quem venceu na Europa sem ser um fora de série. De quem chegou a categoria máxima do automobilismo e por lá permaneceu mais do que nenhum outro. E que ainda tem o respeito de quem por lá ficou.
Condordo com você que Michael Schumacher talvez não devesse ter voltado, mas foi ele quem quis e sabia do preço que poderia pagar. Se Rubinho voltar, não tem nada a perder. Vai fazer o que ama, e se alguém acreditar que ele pode ser útil, por que não?
Se ficar de fora (o que acho que realmente deve acontecer), ótimo. Se voltar, carregando a soma das idades de Gutiérrez e Sirotkin, boa sorte.
A identidade de Rubens Barrichello com o torcedor brasileiro é grande, mesmo que boa parte deles aproveitem seus fracassos para fazer piadas, como ocorre na família, na escola, no trabalho, com todos nós.
Um abraço Corradi.

Patrick Vaz disse...

Não gosto do Barrichello. Talvez, nesse caso, por influência da Globo e dele mesmo.
Pra mim é só um chorão.
Que disse, certa vez, que era melhor que o Schumacher...

Rafael Schelb disse...

Não acho que seja uma boa pra ele, voltar à F1. Analisando friamente, o Barrichello conseguiu ser muito mais bem sucedido, tanto profissionalmente, como pessoalmente, que qualquer um nós poderia sonhar em ser. Não tô dentro da cabeça pra saber o que ele pensa, mas eu acredito que isso já basta. O que ele conquistou, os títulos nas categorias de base, as vitórias na F1, toda a grana que ele ganhou... Sinceramente, o melhor é ficar quietinho na Stock ou, se ele realmente quer voltar pra Europa, tentar o WEC. Ali eu acho que as coisas poderiam ser realmente boas pra ele. Voltar à F1 seria um retrocesso absurdo, a essa altura da vida e da carreira dele...

harerton disse...

Não dá pra dizer que o cara não foi bom...

Primeira corrida de monoposto (F-Ford, 89): pole e vitória

Em 1990, F-Opel na europa: campeão

Em 1991, F-3 inglesa: campeão

Em 1992, F-3000: terceiro

Em 1993, F1 (essa parte todos conhecemos bem).

Mauricio Morais disse...

Como sempre um claro libelo à razão das coisas. Disse tudo.

TW disse...

Quando li sobre isso, achei completamente inconcebível.

Anônimo disse...

SURRADO?

Que critérios usaste?

Em corridas que os dois terminaram por exemplo o resultado é esse:

2011
Shumi 6 x 7 Rosberg

2012
Shumi 7 x 3 Rosberg

Sendo que tanto em 2011 quanto em 2012 o Schumacher por uma vez deixou o Nico passar por estar melhor no campeonato no fim do ano fato que não é
segredo nem mistério. Então era pra ser 7x7 em 2011 e 8x2 em 2012.

Não vejo surra nenhuma de nenhuma parte.

Ituano Voador disse...

Barrichello foi um grande piloto, certamente um dos melhores que o Brasil já teve. Faltou-lhe um pelo para ser um predador, como foram Emerson, Piquet e Senna, mas, bem ou mal, foi duas vezes vice-campeão mundial.
Seria curioso vê-lo voltar, mas também decepcionante, pois dois anos afastados, com 41 anos de idade, vão pesar muito, sem contar que a volta seria pela Sauber, uma equipe que não tem grandes aspirações. Então, voltar para eventualmente brigar por uma 10ª posição? Realmente, seria melhor que essa boataria não se concretizasse.
Abs

Lucas Radaelli disse...

Barrichello teve sua chance em 2009. Antes da Brawn eu realmente acreditava que fosse um grande piloto castrado pela politicagem da categoria. Mas depois de 2009, quando não conseguiu sequer segurar o vice campeonato, desacreditei de vez no Rubinho. Passou foi tempo demais na categoria.

Andrews Gonçalves disse...

"Olha o Umbenismo aí gente!"

Tomara que isso não passe de boato mesmo.

Unknown disse...

Pois é Corradi. Uns amam o cara. Outros não e sou da parte dos que não gostam da figura. Sinto um certo nojo pelas pessoas que reverenciarem uma farsa, aquele choro mentiroso, aquele livro sem letras, aquela balela de acertador do carro do Schumacher. Vejo o cara como um professor do crime, a mentira e a desonestidade justificam os fins e esse fim é o dinheiro, tão idolatrado pelos fãs do rabichello. O que me parece é que em algumas profissões o dinheiro é fim desejado, banqueiro é assim, em outras a consequência do talento. Rabichello deveria ter sido banqueiro!!!

Anônimo disse...

Rubinho esta em seu devido lugar...

A revista Quatro Rodas instituiu em 1989 o Ranking de todos os tempos(semelhante ao Ranking Oficial da FIA). Os 6 primeiros de cada campeonato recebem pontos(9,6,4,3,2 e 1). A soma é multiplicada pelo resultado da divisão do número de vitórias pelo total de GPs disputados. Este critério valoriza os títulos, a regularidade e a média de vitórias.

Ex: M.Schumacher 91/ 307x 92=27,27

Fonte de dados: http://www.statsf1.com/

Desde 1989 me baseio pela lista do link abaixo, como foi criada na época por uma revista brasileira tem que ser levada em consideração, mas estranhamente a mesma deixou de publicar o ranking ao final dos anos 90(o vento começou a soprar contra os pilotos brasileiros, acabou o interesse). Mesmo assim, resolvi atualizar ano a ano para ver como fica, acredito ser uma boa base para saber o nível dos pilotos. Para maioria no Brasil (por causa da eterna raivinha dos pilotos de fora), ela não que dizer muito. Mas ninguém pode negar o aproveitamento que cada piloto conseguiu na F-1(fora as conquistas históricas, como por exemplo, formar um time em torno de si começando por baixo até os títulos. Casos mais recentes na era moderna: Lauda, Piquet, Prost, Schumacher, Alonso e Vettel). Bom lembrar, mais de 700 pilotos passaram pela F-1, entrar nessa lista já é um grande feito mesmo vencendo apenas uma vez no mundial.

A lista abaixo esta atualizada até o GP de Brasil 2012. Achei melhor separar os campeões dos pilotos sem títulos, mostra melhor a realidade. Essa coisa de colocar S.Moss entre os super-campeões, na minha opinião é forçar muito a barra. Pela média, ele ficaria a frente de tricampeões como Vettel, Lauda, Piquet e Brabham, de vários bicampeões e todos campeões. Uma coisa fica bem claro, em termos de eficiência, Moss foi disparado o melhor piloto sem títulos da F-1.

Lista de pilotos Campeões da F-1:
https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc1/p480x480/1589_656712867679125_1237307462_n.jpg

Abaixo, os melhores pilotos sem títulos:
https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/6309_656712394345839_357721970_n.jpg

Se Vettel fosse campeão no GP de Cingapura, sua situação no ranking seria 33 / 114 x 42 = média 12,15. Ficaria somente atrás de Prost. Vettel teria o mesmo número de títulos do francês, mas ficaria atrás por causa da média menor. Como podem ver, o número de títulos e média de aproveitamento faz muita diferença na Formula 1. Vettel caminha pra ficar ao lado do pentacampeão Fangio. Quem diria, em breve Vettel pode tirar Prost do pódio que hoje tem ao lado Fangio e Schumacher.

Lauro disse...

Ao Alfredo Aguiar,

Com todo respeito, Alfredo, chamar Rubens Barrichello de professor do crime demonstra conhecimento ímpar de automobilismo, do qual você deve ser o professor, a julgar pelo seu nome, Aguiar.
Não desejo começar uma discussão aqui, que não levará a nada, nem muito menos mudar sua opinião sobre Barrichello. Você tem seu ponto de vista e eu respeito, mas chamar um cara com a carreira de Barrichello na Fórmula 1 (não vou nem citar os títulos anteriores) de professor do crime?! Você tem certeza que é isso mesmo que você quis dizer? Bom, como eu disse, você deve ter seus motivos.

Anônimo disse...

"descartado pela Mercedes, foi esmolar o lugar de Felipe Massa na Ferrari. Ouviu um sonoro não de Luca di Montezemolo"

Isso quem disse foi o Galvão que só fala besteira!!! E eu fico surpreso de alguém acreditar nisso. O que Schumacher fez em seu retorno não foi muito diferente dos tempos de Piquet na Lotus e Benetton, de grande campeão a piloto coadjuvante. E Piquet só vencia na Benetton quando Mclaren e Williams abandonavam. Detalhe, Piquet ainda jovem em 88/89 não chegou nem perto do desempenho de Senna nos tempos de Lotus.

Schumacher já estava com 42 anos em 2012, pra esticar mais três anos e tentar fazer a Mercedes evoluir até o título ia ser complicado, o tamanho e a distância do calendário também não ajuda.

Pra piorar, a Mercedes nunca fez um carro vencedor entre 2010 e 2012(mas quando o carro correspondia, Rosberg e Schumacher faziam bonito). Mesmo com evolução em 2013, Hamilton e Rosberg sofrem com o equipamento. Se isso já é complicado pra nova geração, imagina para o "quarentão" Schumacher. Pelo menos nos tempos de Mercedes, o velho alemão não botava culpa no mundo, e sempre deu crédito a Mercedes e Rosberg.

Todo esportista tem sua época, observe o multi campeão Valentino Rossi na Ducati, ainda jovem só levou fumo. Atualmente com moto oficial na Yamaha, Rossi não consegue andar no mesmo ritmo de Lorenzo, Pedrosa e Marquez. Valentino ainda passa sufoco pra bater pilotos do segundo escalão como Bautista e Crutchlow. O italiano sequer pode culpar a moto...

Quanto a volta de Rubinho(pra correr uma temporada completa), ele já era uma piada na Ferrari com seu eterno mimimi. Em 2009 teve carro de ponta para CALAR O MUNDO, mas sequer conseguiu repetir o feito de D.Hill na Williams, bater o companheiro e ser campeão(Button só tinha vencido uma corrida até 08, tenha dó). Pra ferra ainda mais, em 09 Rubens perdeu o vice para o novato alemão da RBR.

Barrichello em Interlagos pela Sauber no GP Brasil? Oras, pode até ser, seria uma despedida merecida! Mas em termos de PILOTO, francamente, na parte esportiva Barrichello foi um fiasco total na Formula 1. Muitas promessas, muitos erros dentro e fora da pista, poucos resultados, fora a eterna choradeira...

O que eu vi foi muito oba-oba do Galvão em cima de um piloto que pouco produziu! Essa coisa de grande acertador de carro, e grande piloto na chuva, nunca existiu. Em 2009, momento de SUPERAÇÃO, Rubens colocou a culpa nos freios. Em piso molhado, quantas corridas Rubinho venceu? Barrica fica no mesmo saco onde estão: Berger, Patrese, Coulthard e Massa. Bons pilotos, mas com capacidade limitada, vamos separar as coisas...

Ashpool disse...

No seu último GP, Schumacher disse " muita gente não gosta do que eu faço, mas muita gente queria fazer o que eu faço".
Maior ou melhor não importa.
O que importa é o resultado

Álvaro Gruendling disse...

A VIDA É FEITA DE UM ETERNO JULGAR. SE Barrichello ACHA QUE DEVA VOLTAR E ISTO O DEIXAR MAIS FELIZ, POIS QUE O FAÇA. TALVEZ RESULTADOS NA PISTA NÃO SE COMPAREM À EMOÇÕES (SHUMMY QUE O DIGA). O LUGAR DELE É MUITO MAIS MERECIDO, E DE DIREITO DO QUE O DE MUITOS PILOTOS PAGANTES E IMCOMPETENTES. TALVEZ NÃO DEVESSEMOS JULGAR SUA ATITUDE, CONCORNANDO QUE ELE, FOI SEMPRE UM COADJUVANTE.

guto surian disse...

Se qualquer chefe de equipe escolher Barrichello em 2014 deve ter m.... na cabeça por esta atitude, isto mostra o desespero de tentar manter um brasileiro na F1.

Paulo Heidenreich Jr disse...

Se o Massa e o Rubinho corressem na mesma equipe, quem seria o primeiro piloto ?

Társio disse...

Corradi,
O Livio Oricchio informou que não seria um retorno, e sim uma despedida oficial. Parece que a idéia é que o RB dispute o GP Brasil 2013 pela Sauber, acredito que no lugar no Hulkenberg. A Sauber precisa e muito de grana, a Globo precisa de audiência, seria bom para o "show" e para 1 corrida o RB deve sim levar patrocinios. Ficaria bom para todas as partes. Assim ele faria a despedida oficial que o RB não quis fazer no GP Brasil 2011 pela Williams, pois ele acreditava que continuaria na categoria. Longe de mim ser um dos admiradores dele, mas até que faz sentido, não?

Unknown disse...

Ao Lauro.
Ok você pode ter alguma razão, quem sabe devesse eu ter escolhido outra palavra mais suave. Minha implicância não seria nem o com o piloto em questão, pra te falar a verdade nem sei o porque desse auê todo sobre esse sujeito, que pra mim nem fede nem cheira, talvez tenha mais fedor que cheiro.
Quem sabe o que me deixa impaciente seja essa coisa de o cara é bom porque ficou um tempão por lá e ganhou muito dinheiro. O que concordo na maioria das profissões é o fim desejado, no filme Rush, não sei se verdade ou não, Lauda diz que está lá pelo dinheiro. Só que o Lauda não lambeu as botas de ninguém nem se humilhou pra ganhar sua compensação financeira. ganhou nas pistas, com todas as honras de um campeão.
O problema nesse caso, para mim, é porque o sujeito ficou por la tanto tempo e a forma como ele amealhou os seus milhões, Sarney e Maluf também estão a "séculos" em suas "profissões" e é sabido que também acumularam fortuna em sua labuta.
Acredito terem sido, rabichello, massa e piquet Jr. uma vergonha para o esporte, aceitaram a subserviência, colocaram o caráter debaixo do tapete, pra receberem seus polpudos cheques. Problema deles, mas ver uma legião de pessoas pensar que essa é a maneira certa de fazer as coisa me deixa muito preocupado. Ler em quase todos os cometários que "você também faria TUDO que o teu chefe mandasse" é alarmante. Pessoa publicas, atletas, artistas. Tem um compromisso social, as pessoas pagam para ver suas performances e muitos se espelham em seus ídolos.
Então, sinto muito se não consigo achar outra verbete, mas para mim, o que esses três fizeram foi criminoso e sinceramente, deixando a pachecada de lado. deveriam pedir pra hastear uma bandeira com cifrão nos pódios que subissem, porque existem pessoas honestas no Brasil que não merecem ver sua bandeira hasteada quando um cara estaciona na pista para seu "companheiro" de equipe ganhar uma corrida numa marmelada vergonhosa. Ou vê lá estampada no macacão do cara que bate no muro pra beneficiar um malandro que não teve competência pra ganhar por méritos próprios.
Mas, gosto é igual a... Nariz, cada qual tem o seu. Então é pregar um poster do grande rabichello na sua parede e torcer pra ele alinhar e ganhar o GP Brasil 2013!!!

Ricardo Reno disse...

Para mim, em que pesem todos os resultados de Rubens, ele nunca conseguiu desvencilhar-se do "inho". Tanto no nome como no comportamento.

Lauro disse...

Ao Alfredo Aguiar,

Legal Alfredo, acho que entendi o seu ponto de vista. Sua contrariedade está na maneira como algumas pessoas ditas bem sucedidas na vida conseguiram tal condição sem que para isso fossem necessariamente espetaculares.
Se realmente é esta a sua indignação, ela pode se estender a vários setores que passam pelo esporte, pelas artes, pela carreira acadêmica e também pela criminalidade, talvez até principalmente por esta última.
Aí é que talvez exista diferença em nossas maneiras de pensar.
Ganhar dinheiro com aquilo que você sabe fazer de melhor, seja o que for, é o sonho de toda pessoa, acredito nisso. A questão é que, na minoria das vezes, isto é um crime de fato. E também não acho que é a longevidade nesta ou naquela profissão que desabona o profissional.
Outro ponto que você coloca é o do exemplo, da responsabilidade social. Complicada esta questão. Um exemplo que me vem fácil a mente é a do tipo de música que eu gosto comparado ao tipo de vida que eu levo, avesso quase que totalmente aos dos músicos que eu ouço. Talvez seja a idade.
Mas como vemos, no que diz respeito ao automobilismo em si, ficou o seu recado claro ao Barrichello-Áustria 2002, ao Nelsinho Piquet-Cingapura 2008 e ao Felipe Massa-Hockeiheim 2010. Em todos eles, a subserviência a equipe em detrimento de uma dignidade. Não discordo em nada neste ponto. Também não gostei. No caso do Rubinho foi horrível, em todos os sentidos. Mas eu olho por uma esfera um pouco diferente talvez. Schumacher não passaria Barrichello, Alonso não venceria em Cingapura, e talvez nem na Alemanha. Estes exemplos indignaram muita gente, com razão, e nenhum dos que optaram por ceder foram perdoados. De todos eles, considero o episódio com Nelsinho o pior deles, tanto que ele não teve não prosseguiu na Fórmula 1. Massa continuou e não conseguiu a tão famosa volta por cima. Barrichello, depois de 2002, venceu pela própria Ferrari e pela Brawn.
Os supostos crimes irão prescrever, mesmo que jamais sejam esquecidos, e cada um de nós vai seguir tomando conta de seu próprio nariz.
Um abraço!