Fora do Padrão

Não vou dizer novamente que Sebastian Vettel superou sua geração.

Já falei isso.

Clique aqui para lembrar.

Em todos os quesitos de avaliação o agora quatro vezes campeão é disparado
melhor que seus pares.

Sim, o carro é bom.

E Vettel o torna imbatível.

Determinado, ele atropela qualquer dificuldade que se coloque entre ele e o título.

Se necessário, Vettel pode ser maquiavélico.

Aqui tem mais.

Chega de referências.

Até mesmo fora das pistas o campeão parece conduzir melhor sua carreira que
os outros.

Enquanto que uns se destacam nos jornais por estarem ao lado de empresários
suspeitos, por brigas com a namorada ou bebedeiras, Vettel trabalha.

Parafraseando.

Sim, aquele garoto que iria mudar o mundo não frequenta as festas do Grand monde...

A doutrina de Vettel é uma só: vencer, e vencer sempre.

E a Red Bull que se desdobre para acompanhá-lo.

É interessante que ao prestarmos atenção aos detalhes dos chatos treinos livres,
notamos que o piloto alemão tem sempre a última palavra sobre o setup do carro

Independente se seu engenheiro propõe mudanças.

A cada ano ele se apresenta melhor, amadurecido pelas diversas situações que
já passou na Fórmula 1.

Não vou compará-lo a Ayrton Senna, Alain Prost ou Michael Schumacher.

Ele já conseguiu seu lugar entre as lendas.

O problema é que ele está estabelecendo novos padrões.

Ninguém antes, tão novo, alcançou tanto.

Algumas equipes querem repetir, de uma forma ou de outra, essa experiência
singular.

E estão trazendo garotos para pilotarem as máquinas mais fabulosas da velocidade.

Sergey Sitotkin e Danill Kvyat são exemplos dessa nova onda que começa a se
formar.

O fenômeno Vettel é usado como justificativa para qualquer menino ocupar um
cockpit da Fórmula 1.

Não importa se o adolescente chegou até ali pelo talento ou por conta do dinheiro.

Claro, que como qualquer novidade, há resistência.

A FIA estuda um mecanismo para dificultar o acesso da superlicença para esses
precoces.

Algumas escuderias ainda não aderiram a ideia.

Resistem.

Umas por não terem tido que lidar com a situação ainda e outras por seguirem
outra filosofia de trabalho.

Nesta segunda opção se encontra a Ferrari.

Na escola da Scuderia Italiana parece não haver essa pretensão de encontra
um prodígio como Vettel.

Pelo memos essa não é a prioridade.

Ali o objetivo é outro.

Criar bons pilotos que sejam seguros, cordatos e acumuladores de pontos.

Enfim, excelentes segundos pilotos.

Sua academia tenta apenas achar o molde para formar novos "Barrichellos".

Mas e as estrelas como Vettel?

Não há preocupação quanto a isso.

Essas acabam sempre em Maranello.

Atraídas pelo irresistível chamado e o sonho de defender a mítica cor vermelha.