sábado, 11 de março de 2017

Testes Barcelona (8) - Final




















São muitos detalhes.

Alguém reparou que a McLaren trocou o nome Chandon de lugar?

Da asa traseira (dos primeiros dias de testes) foi parar na barbatana de
tubarão.

Estão perdoados.

Existem coisas mais importantes.

No último dia em Montmeló, Raikkonen foi o mais rápido.

Mesmo sem mostrar todo o potencial da sua máquina.

Neste momento a Ferrari lida melhor com as curvas do que qualquer um.

O bólido vermelho parece parado ao dançar no circuito espanhol.

Em comparação, a Mercedes se movimenta um pouco na parte sinuosa.

Enquanto que a Williams sacode.

Parece feita de borracha perante a criação da Scuderia Italiana.

Outra boa notícia para os italianos.

Seu bólido exige pouco dos pneus.

Mais?

A SF70H percorreu 4.450 km com uma única unidade de força.

Praticamente quinze* GPs completos.

(lembrando que cada unidade precisa durar 5 corridas neste ano)

Sim.

A Mercedes andou mais e fez 5.102 km.

Porém usou dois motores nas duas semanas de testes.

Como disse Adrian Newey, a flecha de prata é um carro complicado.

Afinar tantos instrumentos pode ser difícil.

A quantidade de mudanças na parte aerodinâmica da primeira para a
segunda semana dos comandados por Toto Wolff em Barcelona entrega.

Foi tanta coisa que não houve tempo suficiente para todas as experimentações.

"Perdemos dias com as peças desgastadas", revela Aldo Costa.

Entretanto ninguém duvida da capacidade dele e de seus capangas.

E ainda, os atuais campeões confiam estar a frente de seus adversários
diretos.

A Red Bull andou no limite do motor Tag Heuer (Renault).

Portanto aquém de suas possibilidades.

Antes de retornar para Milton Keynes, haverá um ensaio final.

Nas próximas horas, durante o filming day, a equipe do energético deverá
rodar com a configuração final para a Austrália.

Newey ajudou a elaborar as regras do atual campeonato.

Esperar pouco da Red Bull seria uma imbecilidade.

A Williams parece isolada.

O hiato entre os principais times e a turma do meio do pelotão.

A base simples (que funciona) é a razão.

Um bom coadjuvante, mas que precisa se cuidar.

Espero mais da Renault.

Equipe de fábrica que possui as ferramentas para terminar o ano bem
melhor do que começou.

Bob Bell trabalha incessantemente para levar a filosofia que aprendeu na
Mercedes para dentro dos galpões franceses.

A interação entre os diversos departamentos é o segredo.

Os membros da Toro Rosso não escondem a felicidade.

Houve problemas.

Só que as soluções trouxeram à tona uma grande esperança.

O ponto fraco da Force India é o consumo de pneus.

A Haas andou sempre com o tanque cheio.

Deu a impressão de atingir tempos melhores com facilidade em outras
circunstâncias.

Espero muito também do time de Guenther Steiner.

Gosto muito de sua dupla de pilotos.

Acho que Grosjean e Magnussen podem trazer boas surpresas.

A Sauber (motor Ferrari de 2016) não fez questão de buscar tempos.

Em todos os testes rodou bem pesada.

A aposta é conquistar pontos nas primeiras etapas.

A McLaren sofre.

A Honda admite estar perdida.

Usou seis motores (!) durante sua estadia em Barcelona.

Além da unidade de força, problemas nas baterias (McLaren e não Honda)
também assombram.

Tem jeito?

Tem.

O desenho do carro é bom.

E 2017 é um ano em que o melhor desenvolvimento vai vencer.

Será uma maratona.

Com a nova regulamentação, veremos mais evolução que nos últimos
três anos juntos.

Está tudo liberado.

Assim a McLaren Honda terá um campo aberto para buscar acertos.

Não melhorar seria uma incompetência gritante.

Não pode ser este o caso.





















*corrigido

6 comentários:

Leandro Angelo disse...

O Caso da Mclaren-Honda é para ser estudado com microscópio.

Possuem estrutura, pessoal, dinheiro, know-how e pilotos mas parecem estar numa espiral sem fim.

A Honda está 3 anos atrás das demais? Está, mas está entrando no terceiro ano com essa arquitetura de motores, ou seja: Já deu para entender o que pode e o que não pode funcionar.

Vamos ver como o ano se desdobra, mas algo me diz que pode haver uma implosão no fim do ano.

Marcos José disse...

Acho que dentro da Honda há um "sabotador"!! Não é possível, que depois de 3 anos, a marca nipônica esteja tão "perdida" em seu desenvolvimento!! A McLaren (talvez) "suspeitando" disto já pediu a Honda que aceite ajuda externa para resolver este problema. E a Ferrari...bem...vamos aguardar Melbourne...porque eu já vi este filme antes...na pre temporada quebrando vários recordes e na hora do vamos ver...um verdadeiro vexame.

Jeferson Araujo Pereira disse...

Corradi: Usou seis motores (!) durante sua estadia em Barcelona.

SEIS!!!!!! Nesse post, essa é a revelação mais bombástica.

Todo mundo sabe que o Sportv é um canal da Globo.Entre outras coisas, isso significa que dinheiro não é problema. Acho um absurdo o Sportv não ter feito a cobertura dos 8 dias com um programa diário.É claro que não me refiro a ficar no ar, ao vivo, o tempo todo.Minha ideia: 8 programas de 30 minutos, com as melhores imagens/notícias do dia.

Jeferson Araujo Pereira disse...

O saldo mais positivo dos testes é que não é loucura afirmar que existe uma grande possibilidade de vermos os dois pilotos da Ferrari e apenas um da Mercedes no pódio da Austrália.

Marques disse...

Parece que teremos uma boa disputa entre as 3 grandes esse ano.
O problema para a Ferrari é exatamente essa liberdade pra desenvolver. Ano após ano terminam o ano muito pior do que começaram.

Tuta disse...

Só aqui encontro o que só tem aqui. Muito obrigado, amigo Humberto.