segunda-feira, 16 de abril de 2012

Copse























Bom dia a todos.

Na espera de Silverstone. 1953.

Briga das Ferraris contra as Maseratis.

7 comentários:

politicamente_incorreto disse...

Corradi, uma perguntinha básica que não me sai da cabeça sobre essas bagaças da década de 50:

Como sobreviviam tantos pilotos nessa época?

Se repararmos direito vemos carros que já atingiam mais de 300 km/h , sem equipamentos de segurança algum, um capacete de couro para proteger o penteado, um par de oculos de soldador, sem santantonio. em suma nada de segurança ativa ou passiva.

PQP!!!! era para morrer meio grid por corrida!!!!! qualquer panca era em cima da carcaça do piloto!!!!

Comparo essa época aos pilotos da primeira guerra mundial que nem para quedas levavam e sua vida média no front eram de incríveis 17 dias!!!!

Consigo vislumbrar Piquet, Jones, Mansell, Senna, e outros das décadas de 80 e 90 nessas latas de sardinhas atômicas mas honestamente não consigo vislumbrar esses pilotos de hoje em dia nesta situação, são viadinhos demais para isso....

Há alguns anos atrás -e bota an os nisso- lí as considerações do Emerson ao pilotar se não me engano uma flexa de prata da década de 50 em que ele se assustou com a velocidade de reta que chegava a ser superior a de um bólido da década de 70 pela ausencia de downforce e pela dificuldade extrema em curvas pelo mesmo motivo. fora uma embreagem, freios e trambulador dignos de um FNM barriga d'água.... tinha que ser macho de verdade.....

Rubem Rodriguez Gonzalez

Marco Memoria disse...

Fangio, Hawthorn, Gonzales e Ascari, tres campeões do mundo na primeira fila, de intromedito o argentino Floiran "El Cabezón" Gonzales.
Será que é parente do Rubem Rodriguez..rs ??
E ja que falei dos dois vou concordar com o Rubem fico imaginando o Hamilton numa banheira dessas, mas tambem se fosse ao contrario não haveria a minima chance do Floiran pilotar um nos dias de hoje, ele simplesmente não caberia num carro, acho que só daria uma perna dele dentro do cockpit.
O argentino ainda é vivo e mantem sua forma (ou fora de).
El cabezón nos seus tempos de piloto: http://www.klemcoll.com/images/large/54ASJ-N32.jpg

politicamente_incorreto disse...

Marco, na improvável possibilidade de colocarmos o meu "primo" em um bólido atual o mesmo deveria ser serrado para a retirada do rotundo piloto.hoje os pilotos são verdadeiro joqueis esqueléticos e super preparados fisicamente. os pilotos dessa época eram um misto de caminhoneiro com estivador.
E no caso do Froilan pelo menos o apetite era....

Rubem Rodriguez Gonzalez

Anônimo disse...

Primeira fila para o Grande Premio da Grã-Bretanha, O grid era no formato 4-3-4-3!

Juan Manuel Fangio (Maserati), Mike Hawthorn (Ferrari) com sua gravata borboleta (não se esqueça desse apetrecho de segurança do pescoço, Rubem!), Jose Froilan Gonzalez (Maserati) e o pole position Alberto Ascari (Ferrari).
E, para completar, o nariz de carro que aparece na 2a fila, é da Ferrari de Giuseppe Farina.

As Ferrari são todas 500/F2.
As Maserati são todas A6SSG.

Esse modelo da Maserati foi originado do modelo A6GCM (Alfieri Maserati, 6 cilindros, Ghisa - bloco do motor de ferro fundido -, Corsa, Monoposto).
Foi um trabalho de revisão executado por Gioacchino Colombo, que modificou significativamente o carro: extraiu mais potência do motor, inseriu novas suspensões e fez melhorias nos freios. A carroceria foi também retrabalhada, ficando mais estreita, e o carro recebeu uma grade frontal elíptica.
Esta versão ficou conhecida como "interim" A6GCM ou A6SSG.
O A6GCM precedeu o modelo 250F. Na verdade, muitos dos últimos A6GCM, produzidos no final de 1952 e em 1953, foram convertidos em 250F em 1954.

Reparem nas grades frontais:

* A6GCM:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1e/Maserati_A6GCM_1.jpg

* A6SSG:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e1/Maserati_A6GCM.jpg

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Metendo minha colher um pouco nessa 'discussão' sobre segurança x coragem (mais ou menos isso...).
Infelizmente, sempre se pensa em melhoria da segurança apenas depois que alguma desgraça acontece. Pelo menos, na maioria das vezes é assim.
E, nem sempre, as ações para a melhoria da segurança são tão rápidas. Naqueles anos 40, 50, então, a 'velocidade' das mudanças não era compatível com a velocidade nas pistas.
A segurança disponível a todo e qualquer motorista não era tão diferente daquela oferecida aos pilotos de competição. Visto, por eles mesmos e seus contemporâneos, a falta de segurança, a que eles se submetiam, não era tão assustadora como é para nós hoje em dia.
Em outras palavras, eles eram tão 'heróis' para seus contemporâneos como o são, os atuais pilotos, pra nós... (nós: estou generalizando!!)
Se não me engano, o famoso carro Tucker, foi inovador ao oferecer um item de segurança incomum naqueles dias: o cinto de segurança... isso no início dos anos 50 (1954?)...

O conhecimento e as ações em prol da segurança são cumulativos... não há sentido em voltar atrás (eu sei que NÃO foi isso que vocês quiseram dizer!).
Por exemplo, pedir a um piloto atual que use um gorro de couro como capacete, ou pilote sem cinto de segurança... mas isso era perfeitamente normal naquela época, tanto é que todos faziam assim...

É a evolução...

O que mais me incomoda, na F1 atual, é o 'Race Control' e os regulamentos cada vez mais, excessivamente, restritivos... atacam sempre as soluções criativas (no limite, tenderemos à uma Formula 1 100% homogênea?)...


um abraço,
Renato Breder

politicamente_incorreto disse...

Boa levantada Breder, é claro que em sã consciência ninguém é a favor do retrocesso das conquistas de segurança quer sejam ativas ou passivas. Mas vamos nos ater apenas a segurança passiva, é essa que transformou a categoria numa meleca.
Em nome da segurança caímos na mão do charlatão paadrinhado que atende pelo no me de Hermann Tilke que construiu imensos cartódromos e matou os autódromos existentes.
Ora bolas!!!!! automobilismo e esporte de velocidade é perigoso mesmo!!! Não é proibindo ultrapassagens, colocando quebra molas e instalando adesivos com os dizeres "papai , não corra" no painel que o esporte se tornará mais seguro. Meia dúzia de aproveitadores se aproveitaram do mote de segurança e encheram as burras de dinheiro com a "SEGURANÇA PASSIVA".

Mas na realidade o que passou a salvar pilotos foi a segurança ativa, essa sim é a mais barata e nasce com o projeto do carro. um viva para os projetistas que criaram mísseis seguros. Não os merdódromos mal feitos por esse apaniguado da FIA que salvou vidas, foram células de sobrevivência muito bem projetadas e executadas. foram tanques de combustivel praticamente a prova de tudo que salvaram vidas.
Virou lugar comum dar créditos da segurança a viadagem de regulamentos de não pode isso, nem aquilo e muito menos aquilo outro e a bostódromos do Tilke quando na realidade assisti a uns 10 acidentes nos ultimos anos que se não fosse a segurança ativa do monoposto o cara tinha ido dessa para melhor não importando se fosse em Sepang ou em SPA.
É claro que a supressão dos guard rails assassinos, telas metálicas e muros acentuados amenizou a carnificina. Mas um bólido sólido e praticamente indestrutível é a chave do sucesso de todo esse programa. vide Kubica no Canadá em 07....

Em suma: transformaram segurança em algo a ser pensado, depois foi executado, depois virou obsessão, depois virou lema, depois virou frescura e por ultimo virou viadagem mesmo.... hoje é desculpa para tudo ,inclusive para mazelas administrativas ou polpudos projetos bilionários que usam a F-1 como desculpa, como essa corrida na China para arquibancadas vazias.... pior para quem gosta do esporte, mas quem se importa com quem gosta do esporte? isso não é esporte, é commoditie ou business, depende do ponto de vista.....belos nomes que o ser humano usa para fuder tudo a sua volta.......

Rubem Rodriguez Gonzlaez

Anônimo disse...

Tem toda a razão, Rubem...

é passividade demais pro "nosso" gosto...

outro abraço,
Renato Breder

TW disse...

Quatro carros largando lado a lado? Devia ser espetacular!