"Para quem gosta de ver pit stops eu sugiro morar em frente a uma loja de pneus.
É uma troca atrás da outra, sensacional..."
As palavras são do Secastro.
Amigo que sempre está comentando por aqui.
O debate sobre as regras na Fórmula 1 acaba sempre trazendo boas ideias.
Cada um defende seu ponto de vista com bons argumentos.
E o pessoal que frequenta aqui é muito inteligente.
Sabe fazer isso muito bem.
Lendo a frase que abriu o post, eu fiquei pensando sobre as regras.
Trocar de pneus.
Não acho que deveria ser obrigatório.
Mas estamos falando de uma corrida.
É básico.
Você precisa terminar o percurso no menor tempo possível.
Se o carro rende melhor com a borracha nova, e o tempo da parada compensa, faça.
Porém sem nehuma imposição.
Acho que a obrigação criada no regulamento pode ter um interesse comercial por trás.
A marca de pneus precisa aparecer durante as provas.
Já pensaram nisso?
Pontos.
A atual forma de pontuação premia a regularidade.
Ótimo.
Aquele que foi melhor durante toda a temporada será o campeão.
Já defendi uma coisa por aqui.
Premiar com 1 ponto o piloto que fizer a volta mais rápida da corrida.
Não só isso.
Talvez até com um troféu especial homenageando um piloto do passado.
Sendo entregue durante a festa do pódio.
Isso traria uma briga até a última volta.
Com todos participando.
E os patrocinadores do piloto veloz iriam adora a exposição.
A comemoração.
E o melhor do esporte é isso.
Copa do Mundo, Olimpíadas, 500 milhas de Indianápolis, Tour de France...
A alegria.
A festa!
Por fim as soluções.
Desde sempre a Fórmula 1 consegue achar brechas no regulamento.
Não estou falando de trapaças.
Falo de achar um caminho que ninguém pensou.
A parte humana.
A resposta que todos os computadores ignoraram.
Isso sempre deveria ser exaltado.
Você sabia que Adrian Newey usa o lápis pra desenhar seus carros?
Ainda senta em frente a prancheta.
Não por acaso a Red Bull sempre aparece com as melhores novidades.
E causa inveja.
Inveja daqueles que procuram nas linhas das regras uma forma de justificar
sua limitações.
E a equipe austríaca não está nem aí com essa tolices.
Não entra em polêmicas.
Enquanto uns estão preocupados com mapeamento de motor.
E outros com os gases.
A Red Bull parece rir disso tudo.
O importante é sua marca ser vista, reconhecida, lembrada.
E seu produto ser consumido.
Para eles o mais importante é poder escrever seu nome na lateral do carro
vencedor.
Pode ser o seu próprio.
Ou daqui alguns anos na Ferrari...
Não importa.
A regra é sempre a mesma.
5 comentários:
Maravilha de texto.
Concordo plenamente com a idéia do ponto por volta mais rápida. Aliás, tinha isso no passado, e com certeza embolaria e tornaria o final das provas muito mais emocionantes.
Imaginem... numa última volta, de uma última prova, valendo o campeonato, o segundo colocado ser campeão porque fez a volta mais rápida...
Seria sensacional....
Abraço, Corradi!
reitero o q disse o Rodrigo Felix: maravilha de texto.
Corradi, coma sua elaboração sobre a atribuição do ponto e a premiação do mais veloz em pista, até passo a aceitar a idéia de ver um campeonato decidido como o mesmo Rodrigo imagina, algo que eu não vi com bons olhos quando prmeiro foi sugerido por você aqui no blog.
e duplamente revelador o saber o modo de trabalho/projeto do Newey: o modo é belo em si mesmo e explicita a razão, talvez a principal, das soluções desse cara serem melhores, constantemente, que a dos outros projetistas atuais: o funcionamento do 'computador analógico pessoal' dele, orgânico, é muito mais abrangente que qualquer máquina digital existente.
ótimo post, muito estimulante ao pensamento.
Por muitos anos a Goodyear foi a fornecedora de pneus, em épocas que a troca não era obrigatória, e ela ficou por algumas décadas na F1.
Mas, já faz tempo que os que comandam a categoria parecem terem se perdido ao meio de tantas mudanças, e acho difícil reencontrarem o caminho de sucesso dos anos 70 e 80.
Abraço!
Mauro Santana
Curitiba-PR
Linda a foto da Brabham do Piquet!
Parece um missil a barata. . .
Bem diferente da mesmice de hoje, como sempre cita o Rubem R G. . .
E aquele radiadorzinho njo bico assou os pes do Nelson no GP do Canada. . .
Ze Maria
Um gênio é sempre gênio, independentemente da época e dos meios disponíveis.
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