segunda-feira, 23 de julho de 2012

Regras























"Para quem gosta de ver pit stops eu sugiro morar em frente a uma loja de pneus.

É uma troca atrás da outra, sensacional..."

As palavras são do Secastro.

Amigo que sempre está comentando por aqui.

O debate sobre as regras na Fórmula 1 acaba sempre trazendo boas ideias.

Cada um defende seu ponto de vista com bons argumentos.

E o pessoal que frequenta aqui é muito inteligente.

Sabe fazer isso muito bem.

Lendo a frase que abriu o post, eu fiquei pensando sobre as regras.

Trocar de pneus.

Não acho que deveria ser obrigatório.

Mas estamos falando de uma corrida.

É básico.

Você precisa terminar o percurso no menor tempo possível.

Se o carro rende melhor com a borracha nova, e o tempo da parada compensa, faça.

Porém sem nehuma imposição.

Acho que a obrigação criada no regulamento pode ter um interesse comercial por trás.

A marca de pneus precisa aparecer durante as provas.

Já pensaram nisso?

Pontos.

A atual forma de pontuação premia a regularidade.

Ótimo.

Aquele que foi melhor durante toda a temporada será o campeão.

Já defendi uma coisa por aqui.

Premiar com 1 ponto o piloto que fizer a volta mais rápida da corrida.

Não só isso.

Talvez até com um troféu especial homenageando um piloto do passado.

Sendo entregue durante a festa do pódio.

Isso traria uma briga até a última volta.

Com todos participando.

E os patrocinadores do piloto veloz iriam adora a exposição.

A comemoração.

E o melhor do esporte é isso.

Copa do Mundo, Olimpíadas, 500 milhas de Indianápolis, Tour de France...

A alegria.

A festa!

Por fim as soluções.

Desde sempre a Fórmula 1 consegue achar brechas no regulamento.

Não estou falando de trapaças.

Falo de achar um caminho que ninguém pensou.

A parte humana.

A resposta que todos os computadores ignoraram.

Isso sempre deveria ser exaltado.

Você sabia que Adrian Newey usa o lápis pra desenhar seus carros?

Ainda senta em frente a prancheta.

Não por acaso a Red Bull sempre aparece com as melhores novidades.

E causa inveja.

Inveja daqueles que procuram nas linhas das regras uma forma de justificar
sua limitações.

E a equipe austríaca não está nem aí com essa tolices.

Não entra em polêmicas.

Enquanto uns estão preocupados com mapeamento de motor.

E outros com os gases.

A Red Bull parece rir disso tudo.

O importante é sua marca ser vista, reconhecida, lembrada.

E seu produto ser consumido.

Para eles o mais importante é poder escrever seu nome na lateral do carro
vencedor.

Pode ser o seu próprio.

Ou daqui alguns anos na Ferrari...

Não importa.

A regra é sempre a mesma.

5 comentários:

Rodrigo Felix disse...

Maravilha de texto.

Concordo plenamente com a idéia do ponto por volta mais rápida. Aliás, tinha isso no passado, e com certeza embolaria e tornaria o final das provas muito mais emocionantes.

Imaginem... numa última volta, de uma última prova, valendo o campeonato, o segundo colocado ser campeão porque fez a volta mais rápida...


Seria sensacional....

Abraço, Corradi!

fernando disse...

reitero o q disse o Rodrigo Felix: maravilha de texto.

Corradi, coma sua elaboração sobre a atribuição do ponto e a premiação do mais veloz em pista, até passo a aceitar a idéia de ver um campeonato decidido como o mesmo Rodrigo imagina, algo que eu não vi com bons olhos quando prmeiro foi sugerido por você aqui no blog.

e duplamente revelador o saber o modo de trabalho/projeto do Newey: o modo é belo em si mesmo e explicita a razão, talvez a principal, das soluções desse cara serem melhores, constantemente, que a dos outros projetistas atuais: o funcionamento do 'computador analógico pessoal' dele, orgânico, é muito mais abrangente que qualquer máquina digital existente.

ótimo post, muito estimulante ao pensamento.

Anônimo disse...

Por muitos anos a Goodyear foi a fornecedora de pneus, em épocas que a troca não era obrigatória, e ela ficou por algumas décadas na F1.

Mas, já faz tempo que os que comandam a categoria parecem terem se perdido ao meio de tantas mudanças, e acho difícil reencontrarem o caminho de sucesso dos anos 70 e 80.

Abraço!

Mauro Santana
Curitiba-PR

Anônimo disse...

Linda a foto da Brabham do Piquet!

Parece um missil a barata. . .

Bem diferente da mesmice de hoje, como sempre cita o Rubem R G. . .

E aquele radiadorzinho njo bico assou os pes do Nelson no GP do Canada. . .

Ze Maria

Ricardo Reno disse...

Um gênio é sempre gênio, independentemente da época e dos meios disponíveis.