E a Honda chamou a Mercedes para conversar.
Colocou o dedo na cara da alemã.
"Você sabe com quem está falando?"
Uma ilustração, claro.
Mas a fábrica japonesa chegou lá.
Entregou um motor que não deve mais nada a ninguém.
Podemos tentar entender como a Casa de Minato alcançou tal feito.
Três pilares foram determinantes.
O fator humano.
A continuidade.
E, por fim, recursos (quase) ilimitados.
Na parte humana, a coisa tem nome e sobrenome.
Axel Wendorff.
Ao agregar como novo Chefe de Engenharia o experiente alemão, tudo se transformou.
Wendorff passou pela Ilmor, Toyota e Mercedes.
Coordenava a McLaren quando os motores alemães estavam por lá até 2014.
Junto com Andy Cowell, ele lançou as bases da fábrica de Brisworth.
Onde todos os anos saem de lá unidades de força imbatíveis para Lewis Hamilton há várias temporadas.
Chegou a prestar consultoria para a Renault.
Mas está com a Honda desde 2019.
Trabalhando com Mario Illien, afinou a unidade de força para a Red Bull.
Ter pessoas como Wendorff fazem toda a diferença na Fórmula 1.
Isso também é uma das razões que explica a queda da Ferrari.
A Scuderia Italiana é especialista em perder excelente mão-de-obra.
Aldo Costa, James Allison...
O segundo fator que trouxe benefícios para os japoneses foi a continuidade.
E a sequência na categoria máxima do automobilismo quase sempre gera bons frutos.
Foram seis temporadas de trabalho duro.
Do nada na McLaren em 2015 até tirar sangue da testa de Toto Wolff em 2021.
Eles estão lá.
No terceiro pilar estão os recursos.
Quase ilimitados.
A Honda investiu 8 bilhões de reais nos quatro anos de parceria com a McLaren.
Bancava até metade do salário de Fernando Alonso.
Com a dupla Red Bull e Alpha Tauri a coisa se repete.
Já estão na terceira temporada juntos (2019/20/21).
São seis bilhões de reais derramados (3 para cada).
Isso mesmo.
Foram 14 bilhões de reais na empreitada!
É muito.
Demais.
E por um dos motivos de seu sucesso (dinheiro), e apesar disso, a Honda está deixando a Fórmula 1.
Interessante.
A Honda ao abandonar a categoria no passado deixou toda uma estrutura que permitiu que a Mercedes chegasse onde está.
Agora, ao sair novamente, vai deixando outra vez um legado pronto para ser aproveitado.
E como confirmou Stefano Domenicali, existem muitos fabricantes interessados em entrar na F1.
Evidente.
Assim, até eu...
Um comentário:
Fala Corradi! Tudo certo?
Sabe dizer o que tá acontecendo que a Ferrari anda testando tanto com o carro de 2018? Não só com os piloto do programa de formação de talentos mas com os titulares msm.
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