sexta-feira, 11 de junho de 2021

Managers
















A Fórmula 1 é um esporte diferente.

Mesmo sendo um ótimo piloto e reconhecido por seu talento você pode ser impedido de participar de um campeonato.

Pois além de sua performance é preciso estar sob um contrato sólido.

Isso faz toda a diferença.

Porque a tranquilidade de estar seguro e apoiado permite que aflore o melhor do esportista.

Ao mesmo tempo que uma pressão externa pode perturbar o equilíbrio.

Assim sendo, temos uma figura importantíssima que atua nos bastidores.

O empresário.

E, por tudo que dissemos até aqui, é fácil entender a razão do seu protagonismo.

E às vezes seu poder.

Exemplo?

Há muitos que afirmam que Nicolas Todt, empresário de Leclerc, é a verdadeira ferramenta que moveu Sebastian Vettel para fora da Ferrari...

E quem são essas pessoas?

Se joga.

Já que citamos ele, falemos de Nicolas Todt.

Dono da All Road Management, Todt pode ser considerado um dos mais bem relacionados do Paddock.

Seus pilotos costumam achar lugar no disputado grid da Fórmula 1.

Felipe Massa, Daniil Kvyat, Armstrong (F2) e o brasileiro Caio Collet (F3) são alguns de seus pupilos.

Após perder Jules Bianchi, sua estrela maior passou a ser Charles Leclerc.

Todt não esconde de ninguém a alegria de ter a joia monegasca em sua bolsa.

Outra grande tacada do filho de Jean Todt foi ter trazido para suas fileiras Mick Schumacher.

Uma dupla só sua comandando os dois carros da Ferrari é o sonho.

Julian Jakobi é outro manager conhecidíssimo.

Alain Prost, Ayrton Senna, David Coulthard e Jacques Villeneuve estiveram em seu portfólio.

Jakobi era também quem aconselhava Anthony Hamilton nos primeiros anos de Lewis na Fórmula 1.

Hoje ele tem sob suas asas o mexicano Sergio Perez.

Flavio Briatore (mais) e Luis Garcia Abad (menos) dirigem a carreira de Fernando Alonso

Depois de ter problemas milionários com seu gerente, Daniel Ricciardo deixou de ser atendido por Glenn Beavis e se juntou a agência CAA Sports que também cuida dos interesses de Nico Rosberg e do jogador de futebol Cristiano Ronaldo.

Outro que passou por distúrbios com sua empresária foi Kevin Magnussen.

Por conta disso, desde 2015, Dorte Hiis Madsen possui direitos sobre os vencimentos do piloto da Dinamarca.

A dedicada Madsen impulsiona a carreira de outro dinamarquês: Frederick Vesti (F3)

Piloto que está ligado ao programa da Mercedes e que parece contar com muito dinheiro empurrando sua trajetória.

Apesar de algumas desavenças, existem também excelentes relacionamentos entre pilotos e empresários.

Mark Webber, por exemplo, conta com os serviços de Ann Neal, sua esposa, há mais de 20 anos.

E, claro, a família Robertson está com Kimi Raikkonen desde sempre.

Quem possui um gerente na intimidade do seu lar é Lance Stroll.

Seu pai Lawrence toma conta da papelada.

Assim como Nicholas Latifi.

E parece ser o caso de Nikita Mazepin também.

Max escuta seu pai, Jos Verstappen, e Raymond Vermeulen.

Um na parte esportiva e outro na parte comercial.

Funciona mais ou menos assim também com Carlos Sainz Jr.

A figura paterna está ali junto com seu primo Carlos Oñoro.

Outro que aconselha com carinho é Kamui Kobayashi.

Ele sempre tenta levar palavras de sabedoria para Yuki Tsunoda desde seus tempos de Toyota, antes da Honda.

Antonio Giovinazzi é conduzido por Enrico Zanarini.

Esse italiano gerenciou Eddie Irvine, Giancarlo Fisichella e Vitantonio Liuzzi.

Ele é bom.

Liuzzi ficou sete temporadas na Fórmula 1. 

Fisichella atuou por treze temporadas.

E Irvine esteve envolvido na categoria máxima do automobilismo por nove anos.

O Tordo (lembra dele?) sempre disse que Zanarini possui ótimo relacionamento em casa.

As equipes com vínculos italianos ouvem suas palavras.

Toto Wolff controla quatro talentos na Fórmula 1.

Lando Norris, Esteban Ocon e George Russell.

Além desses, possui uma parceria com Mika Hakkinen e Didier Coton na gestão da carreira de Valtteri Bottas.

Coton foi empresário de Hakkinen e por um período cuidou da carreira de Hamilton, quando Lewis deixou de ser atendido por seu pai. 

Enrique Bernoldi e Alexander Wurz são outros nomes que estiveram na carteira de Coton e passaram na categoria máxima do automobilismo.

Legal dizer que Coton fez parceria com o brasileiro Fernando Paiva (ex-Minardi) da Lit Entertainment. 

Paiva cuidava dos interesses na parte americana do negócio alcançando pilotos como Cristiano da Matta.

Pierre Gasly possui ao seu lado a agência Grid para cuidar de seus interesses.

Sebastian Vettel sempre tomou suas decisões sozinho.

Agora, na Fórmula 1, esse passou a ser o caso de Hamilton.

Depois de dispensar os serviços de Mark Hynes, que esteve com o piloto inglês desde 2016, Lewis está cuidando individualmente de seus caminhos.

A contratação de Penni Thow visa tratar de assuntos fora da categoria, principalmente sobre a sua Fundação e suas posições em relação aos direitos humanos.

O fato de Hamilton pela primeira vez ter negociado seu próprio contrato de 2021 com a Mercedes indica que ele não precise mais de aconselhamento.

Talvez por ser o final de uma história.




7 comentários:

Patrick Vaz disse...

O Tordo deveria falar mais...

Bruno disse...

Boa noite Corradi,

Sensacional este artigo !

Managers são sempre figuras cercadas de mistérios. O excêntrico Willi Weber acabou estagnado sob a fama de Schumacher.
Flávio Briatore, ao meu ver, sempre foi o mais perigoso. Não me sai da cabeça, o lance do Crashgate. Nelsinho e Flávio tinham um acordo de management para aquela temporada. Talvez, a história mais triste que tenho na minha memória de F-1.
Grande abraço.

Humberto Corradi disse...

Agradeço o incentivo.

Valeu!

Franklin Araujo disse...

Que fim levou o Geraldo Rodrigues que era empresário do Barrichello, sumiu

Leandro Legal disse...

Meu caro Franklin, se eu não estiver enganado, o Geraldo foi responsável pelo fato do Rubinho perder um contrato com a McLaren para 1995 e outro contrato com a Benetton para 1996. Acho que o Corradi (ou o Breder) pode descrever melhor, sobre aquelas situações.

Anônimo disse...

Ao Leandro Legal e também ao Franklin Araujo, que foi quem fez a pergunta inicial:
O “jênio” da Reunion também atrasou a ida do Rubens para a Ferrari.
Barrichello e Irvine eram da Jordan, os italianos chegaram para conversar, daí o Geraldo assumiu.
Foram tantas as pataquadas durante a negociação, que os italianos se cansaram e trouxeram o companheiro de equipe (Irvine) para formar dupla com Schumacher.
Abraço.
Zé Maria

harerton disse...

O Tordo!!