Perto do final dos anos 80, os quatro cavaleiros fizeram um acordo.
Eles eram as estrelas.
Nenhum deles receberia menos de US$ 5 milhões de salário / temporada.
Valores da época.
Uma desordem.
Um problema.
Para Bernie Ecclestone.
O poderoso chefe comercial da Fórmula 1 viu o mercado travar e inflacionar com a ação de Ayrton Senna, Nelson Piquet, Alain Prost e Nigel Mansell.
Medidas precisavam ser tomadas.
"Nunca se deve deixar que aconteça uma desordem para evitar uma guerra (...)"
Quebrar essa fortaleza das estrelas significaria manter o poder e o controle sobre a categoria máxima do automobilismo.
A primeira parte do plano de Bernie foi fazer surgir uma nova estrela.
Assim, de forma surpreendente, Michael Schumacher assumiu o controle do volante da Benetton.
Mais tarde, o mesmo piloto alemão desembarcaria na Ferrari, ouvindo Willi Weber, seu empresário, que havia ouvido Ecclestone...
Senna desapareceria.
E Piquet envelheceria.
Bernie conseguiu bloquear Prost (1996) na Scuderia Italiana com Schumacher e ao mesmo tempo incentivou Ron Dennis e a McLaren a buscar novos talentos ao invés de reviver uma aventura com o campeão francês.
Outra cartada já havia sido dada.
Ecclestone estendeu o tapete para Jacques Villeneuve.
Estrela da Indy, com um sobrenome maravilhoso e novato sem as contaminações das ideias dos antigos quatro cavaleiros.
A lição foi aprendida.
Bernie Ecclestone sabia que um campeão não deveria envelhecer no trono.
E, pior, começar a pensar por si próprio.
Um jovem deveria surgir e quebrar hegemonias.
A busca pelo novo se tornou a palavra de ordem.
Com isso vieram Fernando Alonso, Lewis Hamilton, Jenson Button, Sebastian Vettel e Felipe Massa.
O brasileiro, por força do destino, único a não ser campeão.
O processo continuou com Max Verstappen.
Aí, interessante, sem qualquer imposição.
Pois a cultura já estava estabelecida.
Perceba.
Lando Norris, George Russell e Esteban Ocon são frutos dela.
Mais.
Acho graça quando Alonso, Vettel e Hamilton começam a emitir opiniões demais.
Alguém disse que a história se repete pois os homens continuam os mesmos.
Não estava errado.
5 comentários:
A sordidez e a profusão dos "ácaros de vaidade" sob o tapete da F1 é sempre surpreendente...
um abraço,
Renato Breder
Cirúrgico como sempre!
A famosa foto tirado no muro das boxes no Estoril.
Penso que está na hora de tanto, Alonso, Vettel e Hamilton, começarem a pensar em dar o lugar a outros.
Abraço
visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/
Difícil largar o osso, mesmo sabendo que depois do auge pode restar apenas opção de fazer figuração. Mas Bernie disse certa vez sobre Hamilton e me parece se aplicar a muitos com carreira longeva na F1, que em outras profissões (ou categorias) não vai ganhar tanto dinheiro.
Cristiano Buratto
Apareça mais vezes rsrs
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