sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Volkswagen e a Fórmula 1
Pouca gente sabe.
Mas a história da entrada da Volkswagen na Fórmula 1 começou no final dos
anos noventa.
A fabricante alemã procurava comprar uma escuderia.
A saúde não era mais a mesma.
E por isso Ken Tyrrell colocou sua equipe nos classificados.
A Volkswagen entrou com tudo e internamente dava a coisa como certa.
Um dos diretores chegou a declarar o negócio num evento.
Só que do outro lado havia a empresa de tabaco.
Briga de foice.
E no fim a Tyrrell se tornou BAR.
Depois disso surgiram os boatos.
As suspeitas dos últimos anos...
Indícios.
Alguns?
Dürheimer (comandante da divisão de motorsport da VW) deixou claro que
a categoria máxima do automobilismo estava no horizonte.
A FIA introduziu os motores híbridos (maior desejo da Audi).
Mas o antigo presidente, Ferdinand Piech, sempre colocou uma pedra no projeto.
Nas apresentações de Le Mans, a imprensa era sempre instruída a não tocar no
assunto.
Piech atrasou as coisas de tal forma que Porsche e Audi ainda estão se acotovelando
no Endurance.
Os anéis não foram para a Fórmula 1.
Entretanto seu substituto (Porsche) já fincou sua bandeira novamente nas corridas
sem fim.
Finalmente as situação se torna insuportável.
Stefano Domenicali é contratado para preparar o caminho.
A Red Bull (rompendo com a Renault) abre a porta.
Estrutura pronta e a ideia de uma parceria sadia.
Tudo certo para 2018.
Motor Audi nos dois times do energético.
Veio o escândalo da fumaça.
Na casa dos bilhões, o recursos para a empreitada ficaram comprometidos.
E pela segunda vez, VW e Red Bull não se entendem.
Segunda vez?
Sim.
Dez anos depois de fracassar ao tentar adquirir a Tyrrell, os alemães colocaram
no papel uma proposta de compra da Red Bull perante Dietrich Mateschitz.
Momento errado.
Pois as promessas de Adrian Newey e sua fidelidade à Red Bull já pesavam na
balança.
Mais.
O grande problema do motor já havia sido resolvido.
Flavio Briatore havia conseguido um ótimo acordo com a Renault.para a principal
escuderia de Mateschitz.
O futuro se desenhava brilhante.
E por essas razões, outra vez, a Volkswagen ouviu não.
Postado por
Humberto Corradi
às
17:59
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4 comentários:
Mas e agora? Mesmo com o dieselgate em andamento a melhor forma do VAG limpar a imagem é com carros híbridos, ainda mais movidos à gasolina.
Em outra mão as instalações secretas em Milton Keynes (já exposto por você).
Seria o Plano B ou C da RedBull para o futuro? Você comentou que a Hyundai pode vir a ingressar no motorsport com a divisão N, mas será que a Audi não pode vir justamente como polimento de imagem?
Leandro Angelo
Outro dia falamos sobre isso por aqui. As montadoras deverão apostar na F1. Essa é a tendência.
A VW estava bem encaminhada antes do escândalo.
A preocupação é com o mercado. Exemplos:
Mercedes com a exposição da F1, já ultrapassou BMW e Audi.
A F1 entra em mercados importantes como o asiático.
Haryanto está trazendo com ele a Indonésia com mais de 250 milhões de consumidores.
Não dá pra ficar de fora.
Valeu
Se a Mercedes continuar a dominar ou a vencer como tem acontecido nos ultimos anos, o Grupo VW acabará por ter uma equipa na F1. Tem tudo a ver com o mercado, e se por um lado eles já dominam nos Ralies e no WEC, seria lógico tentarem a sua sorte na F1 e se ao conseguirem, vecerem a Mercedes ainda melhor.
Acho que o Dieselgate "enterrou" por enquanto a entrada do Grupo VW na F1. A Red Bull já estava construíndo um departamento para desenvolvimento e preparação de motores (que seria usados pela VW como parte do acordo de venda da equipe austríaca) quando "explodiu" o caso do Dieselgate da marca alemã (daí deixando a Red Bull com uma espécie de um "plano b" porque as instalações já estavam praticamente prontas no momento da "explosão" do escândalo). Que eu me lembro a VW queria a Benetton nesta época (está proposta de compra feita a Tyrrell, eu não sabia!) e a Renault levou a melhor nesta "quebra de braço"; depois o próximo alvo da VW seria a Sauber (tanto que é verdade que Peter Sauber contratou Frentzen e "dispensou" o Massa pra 2003 mas manteve Heidfelt para tentar "seduzir" a gigante alemã...mas nada aconteceu) e até a compra da Cosworth (que muitos diziam na época que a compra da preparadora inglesa de motores pelo Grupo VW, seria a indicação de o Grupo alemão entraria na F1 nos próximos anos...mas a VW venderia a Cosworth logo depois para a Ford neste mesmo ano da compra). A "conta" do Dieselgate poderá chegara 90 bilhões de dólares em processos movidos apenas pelos "éticos" e reguladores de "emissões de poluentes" e do governo do EUA!! Ferdinand Piech nunca gostou muito deste "romance" envolvendo o Grupo VW com a F1 por ser desafeto do atual dirigente da FOM Bernie Ecclestone...
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