Quando
José Carlos Pace morreu, a Brabham entrou em crise. No início da temporada de
1977 a equipe estava animada de fazer um bom campeonato. No entanto, tudo foi por água
abaixo. Membros da equipe se lamentavam na época, porque, além de terem perdido um
grande piloto, também foi embora grande parte da
eficiência. Pace era a esperança de se
atingir melhorias na pista, pois era ele o único que entendia todos os detalhes do carro.
11 comentários:
Genial! Nao tinha me tocado qye a Brabham entrou em crise importante, quando morreu o Pace.
moco cuidou de todo o desenvolvimento do bt 45 e de sua adaptação ao motor alfa romeu durante o ano de 1976. carlos reutemann, o outro piloto, nem dava bola e, quando lhe perguntavam sobre o carro, mandava falar com os "homens que entendem", referindo-se a gordon murray e bernie eclestone. moco fez um trabalho brilhante durante o inverno de 76/77 e no começo de 77 tinha um carro na 'ponta dos cascos' como dizem os mais velhos. tinha tudo para ser o campeão daquele ano.
belíssima foto. é do GP de 1976, quando conseguiu um quarto lugar, cerca de um minuto e meio à frente de Stomellen, alemão, 6ºcolocado com um carro idêntico.
My hero!!!!! Meu ídolo de infância, roguei umas duas mil pragas no Jody Scheckter quando o mesmo "roubou" a vitória do Moco no Gp da Argentina na abertura da temporada de 1977.
A sorte é uma coisa etérea, que não pode ser provada nem explicada, porém como o ditado análogo sobre as bruxas na Espanha a sorte é muito mais palpável que possa crer nossa vã filosofia:
Yo no creo en brujas, pero que las hay, hay.....
O Jody sempre foi um piloto mediano que começou como piloto de crash test, só no Gp da Inglaterra de 1973 destruiu o grid inteiro e de quebra acabou com a carreira do Andrea de Adamich. porém sempre foi ungido pelos deuses do esporte e conseguiui até ser campeão de F-1, não chegava aos pés do nosso Moco, mas como já foi dito acima , sem sorte não dá nem para atravessar a rua.
José Carlos Pace será sempre para mim um campeão sem títulos, vejo todo mundo endeusando o Giles Villeneuve e ninguém dá um pio sobre o Pace. Não que o Gilles tenha sido um mau piloto, mas acompanhei TODA a sua carreira e não era essa coca-cola toda não!!! inconstante, irresponsável e sem limites de segurança alguma, inclusive graças a uma irresponsabilidade sua, dois espectadores morreram no gp do Japão de 1977. ficou mais marcado pelo que poderia ter sido e por ser um show-man, inclusive tenho quase certeza que Pironi o teria batido na temporada de 1982 se a tragédia não tivesse se abatido sobre aquela temporada que foi prima - irmã da temporada de 1994 dada as tragédias e percalços que permearam ambas.
O Gilles estava na sua quinta temporada completa e era latente que era um piloto extremamente arrojado mas que não sabia acertar um carro, era daqueles que sentava a bota sem se preocupar com os detalhes de uma corrida. o Pace também se encaminhava para a sua quinta temporada completa e era veloz, arrojado (hilária a explicação dele a o Jackie Ickx como fazia a eau rouge de pé embaixo) destemido e sabia acertar um carro como poucos. haja vista que esse problemático Alfa boxer 12 cilindros só andou na sua mão.
Desculpe se desmistifiquei para alguns a figura do Gilles Villeneuve, não era essa a minha intenção. A F-1 quando deixar de ter "Gilles" no grid é porque está acabando ( e acho que está acabando mesmo) , mas quem tem um Pace na memória não consegue enxergar tudo isso em outros pilotos.
JOSÉ CARLOS PACE PRÁ SEMPRE.
voltei com a corda toda....
Rubem Rodriguez Gonzalez
E voltou com tudo, Rubem!!
Mais uma na veia e com propriedade!!
Por onde andastes? rsrsrs
Apenas complementando, Pace tinha o GP da Argentina/77 no papo, pena que por falta de preparo físico acabou entregando de bandeja para Jody no finzinho, no que seria a vitória na estréia da equipe de Walter Wolf. . .
Scheckter não era de fato nenhum fora de série, diria mais que só ganhou em 79 primeiro porque havia um acerto interno para que Villeneuve fizesse o papel de escudeiro naquele ano, recebendo em contrapartida liberdade total em 80, depois porque os Williams só se acertaram mesmo depois do GP da Inglaterra e aí já era. . .
Zé Maria
Corradi,
Que foto linda, faz jus ao piloto e a seu blog.
Rubem,
Você não vai nos deixar com água na boca e não contar como o Pace fazia a Eau Rouge, não é?
Ricardo, ele simplesmente disse para o Ickx:
- De pé embaixo, atolado na ultima marcha.
o Ickx teria respondido:
- Impossivel!!!! não dá para fazer a Eau Rouge dessa forma!!!
- Então vem atrás e vê você mesmo.
E o Ickx que entendia tudo de SPA e de pilotagem constatou boquiaberto que era verdade, dava para fazer a Eau Rouge atolado, mas faltava "cojones" para alguém tentar. O Moco fazia isso com a simplicidade de quem pede um chopps e dois pastel.
Esse era o Moco, um cara muito maior do que ele mesmo supunha. Enquanto o Wilsinho nunca foi nada além de coveiro do automobilismo nacional e se achava a ultima bolacha do pacote e um deus descido do Olimpo o Moco parecia o dono da banca da esquina, avesso a badalações e tremendo boa praça.
Esse é o José Carlos Pace que deveria ser mais bem tratado pela memória nacional, numa época aonde até o Kobaiashi é chamado de "mito" , eu não sei qual a classificação que deveria ser reservada para ese piloto que além de fenomenal nunca deixou de ser um cara pacato e simples.
FICA COM DEUS ZÉ, UM DIA A GENTE SE ESBARRA POR AÍ......
Rubem Rodriguez Gonzalez
Rubem,
Pelo respeito e admiração que tu tens para com o Pace veio-me à lembrança um escrito de Fernando Pessoa:“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que elas acontecem.
Por isso,existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Abraços e obrigado
Quando a Brabham optou pelos alfa, os carros ficavam se arrastando pela pista, Reutemann não teve paciência para desenvolvê-los e pulou fora da equipe, indo para a Ferrari. Já Pace ficou e parecia que iria colher os louros em 77, mas a morte veio primeiro.
O Reutemann nunca foi um piloto de construir um relacionamento, ter um projeto de longo prazo.
Ele só queria sentar e andar. Era bom piloto, mas limitado. Por isso nunca foi campeão, apesar de ter andando em boas equipes.
Foi para a Ferrari em 77, para ser primeiro piloto, pois a equipe não acreditava que Niki Lauda voltaria a ser o que era. Não conseguiu superar o austríaco que foi campeão. Depois foi para a campeão Lotus em 79, quando o carro já não era mais o vencedor de 78. Depois foi para a Williams, quando ela já tinha um projeto com Jones.
Caso parecido com o de Ronnie Petterson, que sempre foi um piloto muito rápido, mas também não soube construir um relacionamento longo com uma equipe. Foi para a Lotus no auge em 73, se mostrou mais rápido que Emerson nos treinos, mas nas corridas, o brasileiro era mais eficiente. Com a saída de Emerson, a equipe acabou em decadência. Aparentemente, Petterson e Ickx não souberam desenvolver os carros sucessores do 72D. O sueco foi para Tyrrell e depois voltou para a Lotus para ser segundo piloto e pagante. Dizem que seu contrato não lhe permitia superar Andretti, mas na verdade, em nenhuma corrida de 1978 ele conseguiu andar na frente do americano, nem em treinos.
Já Villeneuve para mim, sempre foi um barbeiro louco. Capaz das maiores barbaridades com um carro. Louco ou corajoso, por isso era idolatrado pelos italianos. Mas sempre foi muito pouco eficiente com os carros. Em 1979, não havia nenhum acordo de que Scheckter venceria. Depois do início esmagador da Ligier, Villeneuve venceu 2 corridas seguidas com Scheckter em segundo (Kyalami e Long Beach). Mas depois começou a mostrar as garras, e as barbeiragens foram o deixando pelo caminho.
Enquanto isso, Scheckter ia vencendo onde desse e somando pontos.
No GP da Itália, a Ferrari quis se garantir, por isso mandou que ele ficasse quieto em segundo lugar para não prejudicar a dobradinha e o título de Scheckter.
Enio
Mais uma coisa, entre Scheckter e Villeneuve, naquela temporada o sistema de descartes era diferente, era por metade de temporada, e com desempenhos melhores em relação aos descartes, no final Scheckter recebeu o apoio da equipe e do companheiro em troca da contrapartida para o ano seguinte.
Voltando ao assunto, essas Brabham-Alfa eram lindas, pena que não renderam o que se esperava.
Cristiano
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