segunda-feira, 26 de março de 2012

Decidir



















O que dizer sobre Fernando Alonso?

Ainda mais depois da exuberante apresentação no GP da Malásia.

Ficar tecendo elogios?

Falar o que todo mundo já sabe?

Não.

Vou lamentar.

O bicampeão tem muito talento.

Demais.

Se sobressai em meio a tantos bons pilotos.

Dá gosto de ver.

Mas está desperdiçando um tempo precioso.

Suas escolhas desde 2007 estão minando sua carreira na Fórmula 1.

Basta lembrar o passado recente.

A turbulenta passagem pela McLaren.

O desastrado retorno para a Renault.

E finalmente sua chegada atrasada na Ferrari.

Contando com a atual, são seis temporadas dando murros em ponta de faca.

Seis!

Com escolhas corretas quantos títulos o espanhol teria a mais?

Dois?

Três?

Juan Manuel Fangio venceu cinco temporadas na categoria.

Por quatro equipes diferentes.

O argentino sabia onde levar seu talento.

Era apegado apenas com as vitórias...

Diferente de Jim Clark.

O inglês assombrou a todos que puderam assistir suas corridas.

Uma lenda.

Porém obteve apenas dois títulos mundiais.

Culpa de sua fidelidade eterna com a Lotus.

Estaria Alonso fadado ao mesmo destino por causa de suas decisões?

18 comentários:

Tomate disse...

A história de um piloto pode estar além de títulos. Dinheiro já não falta. Estaria ele realizando o sonho Ferrari? Só ele mesmo para responder.

Danilo Candido disse...

A foto mostra a solução definitiva para que o Massa consiga acompanhar o desempenho do espanhol: bastaria pôr o piloto brasileiro no banco de trás, como carona do Alonso...
E se duvidar, essa Minardi ainda andaria mais do que a F2012 "Lego".

Um abraço,
Danilo Candido.

Anônimo disse...

Alonso paga pelo seu carater, ou pela falta dele, por onde passou deixou um rastro de sujeiras, seus títulos foram obtidos valendo-se de artimanhas que burlavam o regulamento, chegou na McLaren e julgou-se dono do time, na Renault fez dupla com o canalha do Briatore e foi o único que não pagou por aquela falcatrua em Singapura que foi feita para beneficia-lo. Na Ferrari fez de Massa um palhaço quando o ultrapassou na entrada dos boxes, tivesse o brasileiro jogado o carro em cima dele para colocá-lo no seu devido lugar não estaria no limbo como está atualmente. E ontem novo episódio controverso, a Sauber que usa motores Ferrari claramente manda seu piloto aliviar. Que grande campeão é esse? Campeão de mau caratismo isso sim.

Danilo Candido disse...

"Anônimos", sempre eles...
Na F1 disputa-se a liderança em tudo, menos nos quesitos "caráter" e "bondade"...pelo que sei desde sempre foi assim. Faz parte da COMPETITIVIDADE. Não olhar para o lado. Nem para trás. Apenas para a frente.E passando por cima do que for necessario, pois não há outra alternativa. Senna, Schumacher, Prost, Fangio, Alonso: todos os grandes venceram por, em algum momento, terem "atropelado" alguém.
Faz parte do esporte.
Clima amistoro entre os competidores: talvez na bocha você encontre isso. Ou no carteado à porta do bar nas tardes de domingo.
Não na F1.
Jamais.
Se o Alonso, com dois títulos, é um campeão em "mau-caratismo", então o Schumacher (com sete) e a própria reencarnação de Hitler...
Desculpe, "anônimo", mas sua opinião cheira à "pachequismo".
Nada contra, que fique claro.
Apenas mais uma opinião.

Um abraço,
Danilo Candido.

Ricardo Reno disse...

A parte final do texto de Daniel Medici, no seu blog Cadernos do Automobilismo(http://cadernosdoautomobilismo.blogspot.com.br/2012/03/fernando-alonso-fora-do-lugar.html), é bem esclarecedora quanto a questão:"A Ferrari de Domenicali não parece promissora, e a equipe italiana tem, entre suas inúmeras idiossincrasias, um comportamento paquidérmico quando se trata de superar crises estruturais. Mas existe outra opção para o espanhol?


Suas portas na McLaren estão fechadas, a Red Bull está contente o bastante com Vettel e sua escola de pilotos. A Lotus, exceto cúpula e acionistas, é a mesma Renault que quase afundou sua carreira. A Mercedes parece atrativa, mas estaria ela disposta a substituir Schumacher por alguém tão caro quanto, e ainda por cima não germânico?"


Alonso pode ter pensado o seguinte quando resolveu atravessar o Rubicão de Maranello : "Se não tem tu, vai de tu mesmo. Alea jacta est."

Quesito que não tem faltado ao espanhol.

politicamente_incorreto disse...

Concordo que campeões não sejam bons cadidatos a coroinhas de igreja, mas o Alonso é meio mafioso e adora uma maracutaia. Mas no quesito "bandidagem" perde feio para o Schumacher, pois não me recordo de sujeiras na pista do Alonso, já o sapateiro alemão não media consequencias para atingir seus intentos. O Alonso destrói psicologicamente seus pares e isso é fato. Também não acredito que o carro do Massa ou de qualquer um que sente na Ferrari ao seu lado terá o mesmo tratamento do seu carro, essa herança ele achou por lá do Schummy e adorou.
O capítulo Mclaren foi um caso à parte, pois a canalhice lá foi de lado a lado, não foi uma batalha tipo justa medieval, foi sujeira prá todo lado. Espanhol e inglês se dão tão bem quanto o Tom e o Jerry.
E no caso do Briatore em Cingapura é óbvio que ele sabia e era parte integrante da maracutaias que acabaram tirando o título do Massa - alguns sempre hão de lembrar os erros do brasileiro que também poderiam ter arruinado seu título, porém quebras e erros de pilotagem são fatos de corrida, ele errou o Hamilton errou e o único fato extra pista que pode ser mesurado como determinante para o desfecho do campeonato foi a falcatrua cingalesa. Acho honestamente que a prova deveria ser anulada e o Alonso pegar um ano de suspensão - parece que seu pendor para uma sacanagem em que pese seu enorme talento é imenso, e no fim o destino acaba escrevendo certo por linhas tortas.

Rubem Rodriguez Gonzalez

Ron Groo disse...

É... eu poderia dizer um monte de coisas, mas... preferi só aplaudir mesmo.

Anônimo disse...

Não se trata de pachequismo não, não sou torcedor do Massa, fui de Emerson e principalmente Piquet, não de Senna e muito menos Barichello. Tá campeões não são santos, mas tirando o alemão que jogou o carro em cima de Hill e tentou de novo com Villeneve, os outros eram aguerridos e decidiram na pista. Minto Proust e Senna tiraram um título de cada um jogando os carros em cima do outro, mas tinha muito bastidor naqueles dois gestos. A verdade é que esse espanholzinho de merda se acha o maioral e sempre tá metido em sujeira e sai sempre com o rabinho abanando. Não gosto dele e pronto torço contra ele e a favor de qualquer um. A propósito meu nome é Jayme e uso o anônimo por opção.

politicamente_incorreto disse...

A diferença jaime é que quando respondemos ou debatemos um tema - acho que esse é um dos sentidos da existência dos blogs, não existe outra - aonde está escrito jaime ou periquito sonhador estamos falando com alguém, quando o cara deixa o sistema cuidar da nomenclatura e sai "anonimo" todos são iguais. esquisitice em relacionamenos interpessoais eram comuns em João Gilberto - baiano chato prá cacete, gago, ruim e pedante - e Howard Hughes , gênio mas piroca da cabeça - acho que entre seres "normais" com onós não custa colocar o nome, ou um apelido vá lá, serve para o papo fluir mais normal, sem neuras. um abraço.

Rubem Rodriguez Gonzalez

Maurício disse...

Concordo com o Jayme. Esse Alonso só se mete em sujeira por onde passa e é um dos pilotos mais mal caráter que eu ja vi, por isso torço contra ele, não importa se o companheiro de equipe seja brasileiro ou não.


Maurício

Marques disse...

Alonso é fantástico. Melhor dentre os que pilotam hoje. E faz de tudo para proteger sua hegemonia dentro da equipe. Só não conseguiu na Mclaren. Se isto tivesse feito teria mais uns 3 títulos. Mas como disse o colega, melhor não escrever muito e só aplaudir.

Carlos Gil disse...

Para nós portugueses, que vivemos entalados entre o mar e Espanha, tudo o que vem do lado de lá da fronteira é para desacreditar, pois não é fácil apagar mais de oito séculos de guerras e guerrinhas, suportando uma vaidade que insiste em dourar o chumbo da história, como se a nossa independência fosse fruto de um seu capricho, e não da nossa vontade e resistência, que conquistou a única independência à hegemonia castelhana na Península Ibérica.
Desculpem esta introdução, é o que faz ser licenciado em História, e trabalhar em algo completamente diferente.
O piloto asturiano é sacaninha qb para puder ter sucesso na F1, teve o suporte de um outro sacaninha que também teve (e poderá voltar a ter) sucesso no circo, mas não é essa sacanagem que o faz tirar leite das pedras. O Fernando Alonso é um óptimo piloto, talvez o mais completo da actual F1, e se voltar a ter um carro vencedor será um fortíssimo candidato ao título, mas não acredito que o venha a conseguir na Ferrari, a menos que o sacaninha que o apoiou nos seus primeiros títulos venha a tomar as rédeas do cavallino...

Anônimo disse...

Ok Rubem, vamos lá eu me me preocupo mais em debater idéias do que me ater a detalhes, afinal pode-se colocar qualquer nome ou nick que dá na mesma. O que falta dizer sobre os nossos últimos representantes na F1 é que foram lá só para ganhar dinheiro, nunca quiseram vencer. Emerson, Piquet e Senna queriam vencer, o dinheiro seria uma consequência natural, por esse motivo é que foram, são e serão humilhados por qualquer espanholzinho ou inglesinho de merda, entendeu? Ass. Jayme.

politicamente_incorreto disse...

Jaime, não acho que o Massa foi lá só para ganhar dinheiro. agora é que está pensando apenas em ganhar dinheiro pois acabou como piloto competitivo. Se fosse apenas graneiro não teria enfrentado o Haikkonen de igual para igual, sua biografia se encerra na molada em 2009, foi o epitáfio de uma carreira digna e seguindo a teoria da conspiração parece que morreu no acidente e colocaram no seu lugar um clone que nem sabia dirigir.

Quanto ao resto dos brasileiros acho que a maioria não teve talento ou chances reais de mostrar nada, e resumindo esse período todo ao onipresente Barrichello concordo em grau numero e genero.
Só para exemplificar o mercenarismo do Rubinho lembro que o Senna sempre teve o patrocínio pessoal do banco Nacional e depois que sua carreira decolou assinava os contratos em branco e pelo menos nos dois ultimos anos não recebeu nada mas jamais trocou o patrocínio, uma questão de hombridade e gratidão. elas podem existir sim em um mundo movido a dinheiro.
Por outro lado o mesquinho do Barrichello teve toda a sua carreira bancada pela ARISCO, desde os tempos do kart. pois bem, foi só ter o seu passe valorizado e entrar na Ferrari - ou antes um pouco - não aceitou os valores oferecidos por quem sempre esteve ao seu lado quando ainda era uma promesa duvidosa e trocou o patrocínio na hora. comportamento de uma pessoa sem caráter e como você disse só foi alí para ganhar dinheiro. Não é de se admirar o seu comportamento em Maranello com o Schumacher e depois as suas declarações estapafúrdias, era um graneiro sem vergonha mas queria ter tratamento de herói.....


Rubem Rodriguez Gonzalez

Eduardo Miler disse...

Rubem,

Mercenario, mesquinho , sem carater ????

TW disse...

Sem dúvida, as escolhas do bicampeão prejudicaram já sua carreira bastante. Apesar disso, creio que ele ainda seja campeão um dia pela Ferrari. Não em 2012.

politicamente_incorreto disse...

Perfeitamente Eduardo, depois que soube dos detalhes das "negociações" do Barrica para a renovação de contrato com a empresa que em ultimo carso foi a responsável por todoo seu sucesso esses são os adjetivos que sobraram para o piloto.
A gratidão é o sentimento mais nobre que o ser humano pode demonstrar e não são raros os casos de grandes pilotos que carregam um patrocinador pequeno por toda a vida apenas por gratidão. citei o caso do Senna por ser mais emblemático.
Te pergunto mais: o cara tem uma fortuna avaliada em mais de 200 milhões de dólares. se amava tanto assim a sua carreira porque não meteu a mão no bolso e bancou do próprio bolso mais um ano na categoria?
Conheço milhares de peladeiros e outros praticantes de algum esporte que não hesitariam em fazer isso, mas o tio patinhas do barrichello queria continuar e ainda levar uma grana forte para isso.
O único e genuíno amor que ele sempre teve na categoria foram as verdinhas, daí os justos adjetivos que lhe dediquei.

Rubem Rodriguez Gonzalez

Anônimo disse...

Verdade... Eu lembro do Senna abertamente se jogando pra Williams. Querendo de qualquer maneira o posto no carro do outro mundo. Porque hoje não rola mais isso? Como ele deixou ser engolido pelo Hamilton na Mclaren!