sábado, 18 de janeiro de 2014

Innes Ireland
























A Escócia possui uma ligação estreita com o automobilismo.

Jim Clark, Jackie Stewart, David Coulthard...

Todos vindos das Highlands.

Assim como Innes Ireland.

Esse ex-paraquedista conquistou apenas uma vitória na Fórmula 1.

No Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1961.

Em Watkins Glen.

Histórica.

Foi a primeira vitória da Lotus na categoria.

Em seguida ele foi demitido do time inglês.

Colin Chapman estava louco!?!

Calma.

Não é bem assim...

Ireland era dono de um temperamento imprevisível.

Uma hora era um gentleman.

Um cavalheiro.

Um nobre digno de sua mansão no País de Gales.

Que diziam ser assustadora.

Noutra era um animal.

Um boxeador de rua.

Isso foi esgotando a paciência de Chapman.

Mas teve outro motivo para o seu desligamento.

Jim Clark, seu compatriota.

Aquele que poderia ter sido 4 ou 5 vezes campeão se tivesse trocado de equipe.

Que sempre foi um fiel cavaleiro da Lotus.

Mesmo nos momentos mais difíceis.

Seja na escassez ou no fausto, ele sempre estava lá.

Jim não queria Ireland como companheiro.

Innes se tornou uma persona non grata.

Continuou na Fórmula 1.

Porém sua carreira ficou enterrada nos cockpits de pequenas equipes.

Quando abandonou a vida de piloto acabou  virando um ótimo jornalista.

Faleceu em 1993.

Vítima de um câncer.

É sempre lembrado com saudade pelos amigos.

Dizem que era um ótimo parceiro para festas.

Uma pena que os melhores não o quiseram ao lado deles na seriedade das pistas.

7 comentários:

Anônimo disse...

Se não me engano, Corradi, Ireland era um dos que reclamavam [muito] da fragilidade dos carros da Lotus...
Somando-se a isso o talento excepcional de Clark, que chegava ao time (e talvez não reclamasse tanto, ou nem reclamasse...), e a "bipolaridade" de Ireland, Chapman apenas "seguiu os conselhos de Jérôme Valcke' e deu um 'pé-na-bunda' de Ireland...


* Foto 1
1961 EUA, Watkins Glen - no "pódio" com Colin Chapman em sua única vitória na F1, como mencionou o Corradi, numa Lotus 21 Climax.

* Foto 2
1962 Holanda, Zandvoort - numa Lotus 24 Climax, pintada no verde-água da 'UDT Laystall Racing Team'.

* Foto 3
1961 Alemanha, Nürburgring - numa Lotus 21 Climax, do 'Team Lotus'

http://f1-photo.com/Ressources/Gallery/1960/Germany/Ireland_1960_Germany_01_BC.jpg
(OBS: no 'Cahier Archive' a foto está erroneamente colocada como sendo de 1960!! Infelizmente, há outros erros por lá...)


um abraço,
Renato Breder

Paulo Abreu disse...

Pois é.
Não foi apenas Senna, Prost e Schumacher que barraram pilotos em equipes que estivessem defendendo.
O grande Clark também fez isso.
Abraços!

TW disse...

Desconhecia essa história! Ótimo post!

Ituano Voador disse...

hahahaha... só pelo gesto que ele faz ao receber o troféu em Glen, já dá para perceber o estilo do escocês. Curioso que, mesmo se tratando do 1º vencedor da equipe, Chapman já preferia atender a Clark, que ainda era considerado um iniciante naquela temporada.
Por fim, Ireland acabou perecendo de câncer, mas seu estado piorou muito após o suicídio de seu filho, em 92.
Taí um bom piloto daqueles 50/60.

Anônimo disse...

Nessa foto o olhar zombeteiro e esses dedos nessa posição estavam mandando alguém se f..der, isso equivale ao nosso dedo do meio!

Leonardo Felix disse...

Salvo engano, Ireland foi o único companheiro de Clark a terminar uma temporada completa na frente do fazendeiro voador.

Era um ótimo piloto, mas de fato um bipolar. E que reclamava com razão da fragilidade dos bólidos verde-musgo.

Personalidade desconhecida e bastante interessante da história da F1.

Anônimo disse...

mancada minha de nao comentar antes, mas lá vai: o gesto com os dois dedos é sabido, tem o significado de mandar alguém se ferrar, mas a origem do gesto é longínqua, muito mais antiga que a expressão atual, e vem de um belo fato histórico muito caro aos britânicos.

em alguma batalha com algum rei francês q tentava invadir a Gran Bretanha - foram varias tentativas ao longo dos séculos 'teen', tentei localizar a do relato que ouvi mas nao consegui achar - o invasor ordenou que primordialmente atacassem os arqueiros ingleses, estes tão bons q estavam acabando com as chances de sucesso do ataque francês; então os arqueiros que foram capturados vivos, todos tiveram os seus dedos que seguram a flecha no arco ( nao sei se das duas mãos, talvez sim!) cortados fora pelos franceses.

dai então este gesto q faz Ireland na foto ter se tornado símbolo da capacidade/ habilidade de guerreiros britânicos vencedores.
como ele havia acabado de vencer o GP da ex- colônia britânica, sendo britânico ao volante de um carro idem, dai a escolha de fazer o gesto.

significado mais amplo que apenas mandar outros 'sifu'.

é famosa uma foto de Sir Winston Churchill fazendo o tal gesto durante a II Grande Guerra, recado ao mundo e particularmente aos nazi fascistas que a Ilha nao iria permitir ser invadida por quem quer que fosse, por mais potente que fosse o inimigo.

Fernando