segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lendária

























Os detalhes da Turbina.

19 comentários:

Anônimo disse...

1971, GP da Itália.
Lotus 56B Pratt & Whitney STN76
'World Wide Racing'

O nome da equipe era esse, se não me engano, porque Colin Chapman (e o Team Lotus) ainda tinha problemas com a justiça italiana devido ao acidente de Jochen Rindt, no ano anterior...

Na época, esse carro carro só não foi pra frente por causa dos freios... irônico, não?

Na verdade, os freios foram apenas um dos fatores...

Ainda era uma época de muita experimentação... fantástico!


um abraço,
Renato Breder

Jorge Dias Lage disse...

Nunca tinha visto as entranhas do Turbina. Coisa de louco (ou de Chapman).

Anônimo disse...

O carro tinha um design muito futurístico pra época(1971).
Me lembro que um dos fatores foram mesmo os freios, pois o carro não tinha marchas e nem o efeito freio-motor, o que ajudava a sobrecarregar ainda mais os freios, nas curvas era como tentar segurar um carro na "banguela". Tinha ainda um efeito de Lag (retardo da resposta ao acelerador) muito grande, o que complicava a sua pilotagem.
Grande Emerson Fitipaldi, baita profissional, só ele mesmo pra ser capaz de montar num rojão desses, feito por Chapman, ainda mais no mesmo lugar e um ano após a morte do Rindt.
Não sei, dizem que na F1 o sucesso anda de mãos dadas com a tragédia, literalmente uma corda bamba. Vejam o exemplo do Adrian Newey, foi acusado, junto com Patrick Head, de ser um dos responsáveis pela morte do Ayrton Senna. Ambos fizeram carros magníficos. Assim também tiveram o Gordon Murray, Harvey Postlethwaite, vez ou outra faziam verdadeiros foguetes, mas que também se mostravam verdadeiras máquinas de moer carne.
Lindo e chocante ao mesmo tempo. Só mesmo a F1 pra reunir tão bem esses adjetivos.

Anônimo disse...

Notar que o carro utilizava pneus dianteiros e traseiros com a mesma medida e não as bojudas rodas traseiras características dos anos 70 da F1 onde os carros se pareciam com uns tratores, tamanha a diferença entre elas.
Vai ver que era pra dar uma "reduzida" na transmissão e aproveitar melhor o torque em "alta" da turbina.
Também me lembro que um dos problemas era a falta de torque em baixa, nas saídas de chincane. Mas de acordo com o Emerson Fitipaldi o carro era muito equilibrado, tinha tração integral (um semi-eixo passava lateralmente e levava a tração ao eixo dianteiro), e em circuitos velozes era um verdadeiro foguete.
Tanto que o Chapman tentou levá-lo pra correr nas 500 milhas de indianápolis, mas o pessoal da indy o barrou.

Anônimo disse...

Notar que o carro utilizava pneus dianteiros e traseiros com a mesma medida e não as bojudas rodas traseiras características dos anos 70 da F1 onde os carros se pareciam com uns tratores, tamanha a diferença entre elas.
Vai ver que era pra dar uma "reduzida" na transmissão e aproveitar melhor o torque em "alta" da turbina.
Também me lembro que um dos problemas era a falta de torque em baixa, nas saídas de chincane. Mas de acordo com o Emerson Fitipaldi o carro era muito equilibrado, tinha tração integral (um semi-eixo passava lateralmente e levava a tração ao eixo dianteiro), e em circuitos velozes era um verdadeiro foguete.
Tanto que o Chapman tentou levá-lo pra correr nas 500 milhas de indianápolis, mas o pessoal da indy o barrou.

marcello disse...

se näo me engano a mesma medida das 4 rodas era devido à tracäo integral, estou certo?

Carlos Gil disse...

Reciclando um dos meus escritos no então florescente Fórum Autosport.

O Lotus 56B foi a versão para F1, do carro que Colin Chapman e Maurice Phillippe haviam concebido para as 500 Milhas de indianápolis de 1968.
Este carro tinha várias particularidades que o distinguiam de todos os outros F1 da época.
O seu desenho era o de uma cunha sobre rodas.
Em vez do tradicional motor de explosão, tinha uma turbina a gás Pratt & Whitney STN 6/76. Esta turbina era mais pequena e leve que os motores tradicionais.
Em vez da habitual caixa de velocidades e embraiagem, tinha um conversor de binário (segundo outros documento seria uma caixa de transferência "chain transfer case" no original; se alguém souber algo sobre este ponto avance com a informação) que transmitia o movimento ás 4 rodas.
A sua potência era de cerca de 600hp, bem superior aos 425hp dos motores tradicionais utilizados na época.
No ano de 1971 a Lotus inscreveu o carro com Emerson Fittipaldi em duas provas extra campeonato, o International Trophy em Silverstone onde desistiu por quebra da suspenção, e a Race of Champions em Brands Hatch onde brilhou enquanto houve chuva nas qualificações, mas como a corrida foi em tempo seco acabou no meio do pelotão.
Nesse mesmo ano a Lotus increve o carro em três GP's.
No GP da Holanda em Zandvoort, realizado com chuva, Dave Walker consegue uma recuperação brilhante e chega a dar a ideia de puder vencer, até que se despista e põe Colin Chapman em fúria.
No GP de Inglaterra em Silverstone, Reine Wisell acaba a corrida a 11 voltas do vencedor.
No GP de Itália em Monza, Emerson Fittipaldi termina a corrida em 8º, e sem impressionar.
Com estes resultados e com a concorrência do vitorioso 72, o 56 terminou então a sua carreira competitiva.
Colin Chapman ainda projectou construír uma versão mais pequena e leva do 56B, mas esse foi um projecto que nunca se concretizou.
O legado mais importante do 56 foi o seu desenho, que serviu de ponto de partida para o extraordinário Lotus 72.
Contribuído por CG , Terça, 27 de Novembro de 2007 às 11:52

Ler mais: http://autosport.sapo.pt/lotus-56b=f46061#ixzz2IeI1Toss

CG

Rafael disse...

Alguém sabe o porque do Emerson não ter corrido o GP da Holanda em Zandvoort naquele ano?

Marco Memoria disse...

O Capacete do Emerson está simplesmente lindo nesta foto !!

Oscar disse...

Eu fico imaginando o pânico do Emerson ao pilotar esse troço..hahah

fernando disse...

Emerson não disputou o GP da Holanda porque convalescia de um acidente de estrada, em que fraturou o osso esterno. logo antes desse GP.
retornou no GP da França, o seguinte no calendário, onde se não me enganou largou de muito atrás no grid mas chegou num excelente terceiro lugar.
fotos deste GP em Paul Ricard o carro dele- uma 72C - está belíssimo, correu com o numeral 1.
----------------------------
também sempre fiquei imaginando a preocupação de Emerson em correr nesse 'troço' mas pelo jeito enfrentou a situação com a serenidade e o brilhantismo inatos nele.
----------------------------
ele também correu naquele ano com a 56B numa prova extra-campeonato em Hockenheim, num grid que mesclava F1 e F5000, e se não me engano foi o melhor resultado do carro , um terceiro lugar.
o Mario Bauer presenciou essa corrida.

Ron Groo disse...

O cara tinha de ter muita coragem para pilotar isto ai viu... Muita.

Anônimo disse...

Emerson não só era corajoso mas também inventivo. Dizem que sugeriu a Chapman que dobrasse a capacidade de frenagem do carro. Em vez dos quatro discos e oito pastilhas, oito discos e dezesseis pastilhas.
Estima-se que a versão Indy, com turbina de helicóptero, tivesse 680 cavalos e a versão F1, com turbina de carro, 560 cavalos.
Caranguejo

politicamente_incorreto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Gil disse...

Olá Ruben.
Hoje você caprichou na aula, só faltou sentir o calor da turbina.
Obrigado pela sua explicação.
CG

politicamente_incorreto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Boa Rubens!!

aqui também (sendo redundante) tem a explicação do conversor de torque...

==>> http://carros.hsw.uol.com.br/conversores-de-torque.htm

É so ir 'clicando' nos números de 1 a 6, logo abaixo do 'Neste Artigo'...


um abraço,
Renato Breder

Anônimo disse...

Aqui alguns vídeos sobre conversor de torque:

- http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=wrGGCTkpND4

- http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=MvLoX0z9qoY

Apenas os 8 primeiros minutos desse aqui já são suficientes...
- http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=RLEajzP0vNo

- http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=s613GPE8bS4


abraços,
Renato Breder

politicamente_incorreto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.