quinta-feira, 23 de maio de 2013

Terceira Via






















A italiana Lella Lombardi enfrentando o karussell.

1976.

A gente já volta nela.

Hoje existem dois caminhos para se chegar e permanecer na Fórmula 1
como piloto.

Primeiro o mais nobre.

Pelo talento.

É o caso daquele piloto que desperta interesse desde o Kart.

Passa pelas categorias de base colecionando vitórias e boas performances.

E ainda cedo é moldado por uma grande escuderia.

As academias estão aí procurando um novo Sebastian Vettel.

Ou Lewis Hamilton.

Estrelas.

Lotus, Ferrari, McLaren e Red Bull espalham seus olheiros por toda a
Europa.

Todas querem contar com os futuros campeões mundiais em sua fileiras.

O segundo caminho para se chegar a categoria máxima do automobilismo
é o do interesse.

Você me ajuda e eu te ajudo.

Funciona de várias maneiras.

O piloto pode ter um saco de dinheiro pronto para entregar para a equipe
interessada.

E necessitada.

Ilustrando.

Max Chilton na Marussia e Gierdo Van de Garde na Caterham.

Outra forma é ter um sobrenome famoso.

Conhecido no mundo da velocidade.

Olha o caso do Bruno Senna.

Ser sobrinho de Ayrton facilitou e muito a vida da extinta HRT.

Sua passagem por lá, três temporadas atrás, trouxe milhões de Euros para
os cofres do time.

Muitos quiseram anunciar no carro do "novo" Senna.

Mais uma maneira?

Um lugar em troca de uma parceria técnica.

Veja os triângulos.

Ferrari - Jules Bianchi - Marussia.

Mercedes - Adrian Sutil - Force India.

E a mais comum.

O piloto chega apoiado por um patrocinador fortíssimo.

Taí o Pastor Maldonado.

No entanto pode ser que testemunhemos o surgimento de um novo caminho.

O do sexo.

Feminino.

Bernie Ecclestone não esconde de ninguém seu desejo de ter uma mulher
na Fórmula 1.

Fique atento.

Há um movimento silencioso nesse sentido.

Ainda mais quando o velho chefão observa o interesse da mídia mundial
nas peripécias de Danica Patrick no outro lado do Atlântico.

O nome da vez é o de Susie Wolff.

Susie entraria pela porta dos interesses.

E não é difícil avaliar que a equipe que a acolhesse contaria com vários holofotes
e flashs iluminando as portas de seu box.

Seria um ímã de patrocinadores.

Alguns podem considerar isso uma injustiça.

Seus resultados nunca justificariam uma contratação.

Mas o mundo é injusto.

E a Fórmula 1 também.

Tirando os talentosos Jenson Button, Kimi Raikkonen, Fernando Alonso, Nico
Rosberg, Felipe Massa e os já citados Vettel e Hamilton, quem merece estar ali?

Os sonhos de Ecclestone costumam se realizar.

Não é prudente duvidar de quem já fez uma prova atrás da antiga Cortina de Ferro
Comunista e está prestes a correr com o skyline dos edifícios da ilha de Manhattan
como cenário.

Creio que o fato de uma mulher no grid não vai demorar a acontecer.

E a Williams tem tudo para ser uma peça importante nessa jogada.

Fundamental.

Além de ter laços estreitos com Toto, marido de Susie, a equipe conversa para
ser mais uma a receber os motores da Mercedes...

Lembrando que não seria a primeira vez de uma mulher por lá.

Lella Lombardi fez um pequeno ensaio no time de Frank Williams em meados
dos anos 70.

Mal sucedido, diga-se de passagem.

Mas o mundo era outro.

Lella não contava com as forças poderosas que hoje movem Susie Wolff.

Muito menos com suas mechas, que brilham como ouro sob a luz do sol da
Fórmula 1.

Vamos acompanhar.

7 comentários:

Pedro Teixeira disse...

Ela é muito, muito fraca. Se chegar lá, vai passar vergonha. Em minha modesta opinião, hoje só existe uma pilota com potencial para, pelo menos, andar bem : Simona de Silvestro

Tiago Oliveira disse...

Susie Wolf eh uma piada, fraquissima como De Villota, me impressionaria se ela testar num fds. Bernie quer sim uma mulher, mas quer uma Danicka Patrick. Quem vira, em pouco tempo, pela Red Bull ou Toro Rosso (se essa sobreviver) eh a holandesa Beitske Visser. Linda e talentosa, seria muito bem vinda.

fernando disse...

Danica Patrick é um zero a esquerda fora dos ovais, alias ela é um zero a esquerda tb na maioria deles.

Hj Simona de Silvestro eh a unica pilota que tem condiçoes de rivalizar de igual pra igual, muito talentosa e muito rapida alem de ser ainda muito jovem, deve evoluir bastante.

Sem dizer que nunca precisou dessa midia ridicula como a danica pra alavancar a carreira, sempre evoului na base de resultados.

Jeferson Araújo Pereira disse...

Atualmente, Simona de Silvestro é a mulher mais capacitada para se dar bem na F1.

Mudando de assunto:Alex Caffi estreou domingo passado na Fórmula Truck, mas isso não foi comentado nos blogs e sites sobre F1.Acho que, em 2013, ninguém mais lembra dele.

Anônimo disse...

Que bom que vejo que mais gente aprecia o talento da Simona de Silvestro.

Creio que ela ainda pode melhorar (especialmente em ritmo de corrida e nos circuitos ovais) mas parece ser a melhor pilota atualmente.

E ae, ninguém lembrou da Bia Figueiredo?? Ela também parece ser boa (talvez não tão veloz como a Simona, mas ela é bem constante...). Ela ainda precisa de um carro descente para mostrar seu potencial (algo que a própria Simona, só conseguiu este ano, ainda sim, o Tony Kanaan tem se saído um pouco melhor do que ela, apesar dos erros de estratégia nas corridas, já que ele é rápido (tem bom ritmo de prova) e muito experiente.

Pedro Rebelo disse...

é preciso descobrir uma "Michele Mouton"

Marco Memoria disse...


Sem patriotada, se o critério for talento a Bia Figueiredo merece essa chance !!