quinta-feira, 10 de abril de 2014

Rascunho - O Jogo

























A Mercedes em 1914.

Esse modelo pode voltar...

Bastidores.

As opções estavam sobre a mesa.

Venda de chassis para outras equipes ou a regulamentação com o teto orçamentário.

Tudo para reduzir custos.

E a Fórmula 1 parece que não vai por nenhum desses caminhos.

O motivo?

Os principais e tradicionais times da categoria discordam de vários pontos.

Williams e Lotus temem desaparecer com o surgimento de equipes-clientes
(que receberiam um pacote pronto sem precisar desenvolver e por isso
gastando bem menos).

Por outro lado, escuderias como Red Bull e Ferrari fecham a cara quando o
assunto é limitar gastos.

Então como ficamos?

Para responder a questão precisamos entender Bernie Ecclestone.

Explico.

Não é de hoje que as cabecinhas dos jornalistas coçam para entender a
existência do terceiro piloto nos paddocks da vida.

O cara praticamente não pode testar.

Uma figura que na maioria das vezes paga caro para somente assistir as
corridas no box da equipe.

Mas isso tem uma razão.

A terceira via.

O plano alternativo de Ecclestone, juntamente com todas as equipes citadas
neste post, é um grid com um número menor de escuderias.

Com menos gente para repartir haveria mais dinheiro na roda.

Esse é um ponto.

"Entendi, menos carros..." diria o afobado.

Calma.

Nesse cenário cada time poderia alinhar um fórmula 1 a mais no grid.

Isso mesmo, três carros pra cada um!

Essa expectativa explicaria a razão porque alguns pagam milhões pra serem
reservas.

Pois a conversa vem de longe e os empresários dos motoristas estão atentos
aos movimentos.

Importante.

Repare que a Ferrari e a Red Bull compraram essa briga.

Não só isso.

Querem comprar os direitos da Fórmula 1 e ditar as regras do jogo.

9 comentários:

RenatoS. disse...

E se elas, Ferrari e Red Bull, passarem a ditar as regras do jogo, quem ficará para ver como fica?

Ninguém? Provável.

Verde disse...

Se juntar dois mais dois, o quatro que aparece é exatamente esse caminho.

A Fórmula 1 chegou a um ponto sem saída. Se cortar custos, a categoria limitará ainda mais seu desenvolvimento técnico, outrora o grande diferencial em relação às outras categorias. Se deixar os custos livres, as equipes médias e pequenas morrerão. Pois Bernie e os grandes players optaram por esse rumo.

A F-1 vai virar uma panelinha de apenas cinco ou seis grandes escuderias que terão voz ativa no seu gerenciamento. É mais rentável pro Ecclestone, para as equipes participantes, a noia com custos acabará, o desenvolvimento tecnológico voltará com tudo e a categoria ficará melhor para quem está lá dentro.

Ah, esqueçam o aspecto esportivo.

Paula disse...

Não!!!!!!!!!Se a Ferrari comprar os diretos a F1 transformaria a Formula Ferrari. A Ferrari ditando regras para se beneficiar. Se esta perdendo o jogo no inicio, meio ou fim vai quer mudar as regras a favor dela.
Não sou fã nesta equipe. E uma equipe nojenta.

Marcelonso disse...

Corradi,

Sei não, essa história circula a tanto tempo mas sempre tem um que não quer. E sabe como é, arrumar unanimidade nessa fogueira de vaidades é praticamente impossível.


abs

Maico Rian disse...

Nas mãos da Ferrari? Se torna mais política do que já é.

Nas mãos da Red Bull? Se torna mais business do que já é. Possivelmente veremos Back Flip's e movimentos radicais.

E qual o seria o destino da categoria com essas duas possibilidades? O Fim.

Daniel I. disse...

Seria no mínimo engraçado se isso viesse a acontecer e a Ferrari continuar a levar coro da Red Bull.

As vezes me impressionam a ambição e soberba das pessoas que habitam o mundo F1. OK que o automobilismo nunca foi um esporte barato, mas ultimamente isso está sendo levado muitíssimo a sério.

Neste rítmo, vai virar uma categoria de gentlemen's drivers. Alias, este deve ser o desejo principal de tudo isso; tirar os "pés-rapados" e só ter as pessoas "da alta". Que beleza...

Anônimo disse...

Vem mesmo aí uma cisão?
F1 x GP1?

Eu gosto da idéia de 3 carros por equipe... o número de carros por equipe até poderia ser liberado... cada uma teria o que con$$egui$$s...

Se uma Red Bull ou Ferrari tem orçamento para 4 ou 5 carros, OK! E uma equipe nanica teria dinheiro só para um, OK também!

As duas pontas da questão têm de permanecer ligadas: as equipes que podem gastar bastante - e alavancam o desenvolvimento tecnológico - e as equipes com orçamento mais modesto - que sustentam grande parte do "folclore" da F1...


Agora dar ou vender o controle da F1 à Ferrari é o mesmo que pedir ao Zé Colméia para vigiar as cestas de pique-nique de Jellynstone! (hehehe)


um abraço,
Renato Breder

Anônimo disse...

A propósito...
a foto do post:

1914 Grand Prix de l'Automobile Club de France, em Lyon.
Na foto o trio que terminou o GP em 1o, 2o e 3o, todos pilotando uma Mercedes 18/100:

* 1o lugar: Christian Lautenschlager, #28
==>> http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c1/Christian_Lautenschlager_at_the_1914_French_Grand_Prix_%282%29.jpg

* 2o lugar: Louis Wagner, #40
==>> http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d0/Louis_Wagner_at_the_1914_French_Grand_Prix_%282%29.jpg

3o lugar: Otto Salzer, #39
==>> http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d0/Otto_Salzer_at_the_1914_French_Grand_Prix_%284%29.jpg


Um bom relato da prova aqui:
==>> http://8w.forix.com/f14.html


outro abraço,
Renato Breder

Paulo Abreu disse...

Sobre a foto que encabeça o post, um texto feito na altura em que a Peugeot levou uma surra da Audi em 2010 em Le Mans e comparação desta derrota com a de 1914 no GP do ACF para a Mercedes: http://voltarpida.blogspot.com.br/2010/06/e-os-peugeots-tropecaram-na-sua.html