sexta-feira, 30 de junho de 2017

Pacificador
























Alguns arregalaram os olhos quando o Blog comentou sobre uma das opções
do mercado de pilotos.

Kimi Raikkonen retornar para a McLaren.

O empresário Steve Robertson sondou a equipe de Woking sobre seu line-up
para 2018.

A alternativa permanece.

O finlandês sempre foi tratado como uma joia no paddock.

Ainda em 2001, Jean Todt (então na Ferrari) já havia levantado a ficha do
piloto com Peter Sauber.

Na época, Kimi estava na Red Bull Sauber Petronas.

O desejo de Todt era garantir a qualidade dentro da Scuderia Italiana após
uma futura aposentadoria de Michael Schumacher.

História que se repete hoje com Vettel - Max Verstappen...

Entretanto a McLaren (West Mercedes) colocou mais dinheiro sobre a mesa.

Assim, por cinco temporadas, Raikkonen esteve sob a tutela de Ron Dennis.

Foram dois vice-campeonatos e nove vitórias.

A Ferrari não desistiu e voltou a carga com um contrato para cinco temporadas.

(ainda em 2005)

Ao todo, 272 milhões de dólares.

Sendo que as dois últimos anos seriam opcionais.

A McLaren retrucou e tentou prolongar o acordo com sua estrela por mais
três temporadas.

Algo em torno de 60 milhões de dólares anuais.

(repare como o dinheiro corria livre)

A Red Bull também entrou na briga.

Contando com a presença de Adrian Newey (ex-McLaren), a turma do
energético tentou seduzir Kimi com a metade do valor que havia sido
oferecido pela McLaren.

O trunfo aqui era Newey.

Kimi tinha um ótimo relacionamento com o projetista.

Mas como já sabemos, Raikkonen foi para Maranello e se tornou
campeão mundial em 2007.

Interessante.

Ainda em 2006, Kimi assinou um pré-acordo com Flavio Briatore.

O conselheiro de Fernando Alonso, já sabendo de sua ida para a Ferrari,
quis garantir para a Renault a prioridade em uma negociação caso os italianos
abrissem mão do piloto.

(veja só como a coisa funciona)

A chave aqui foi Michael..

Briatore não acreditava numa dupla Raikkonen - Schumacher.

Principalmente por ser cara demais.

Essa conversa com a Renault foi usada para solidificar o trato com a Ferrari.

Ou seja, para manter os valores bem altos ao adicionar as premiações por
vitórias e títulos.

Com um ambiente ruim após a metade de 2008, não foi surpresa Kimi sair
da Ferrari ao final de 2009.

Fernando alonso assumiria o posto.

Raikkonen recusou propostas da Renault, Toyota e Mercedes
(McLaren e time de fábrica) para permanecer na F1.

Note que ele era a primeira opção - de estrela - para ficar ao lado de
Nico Rosberg.

(Kimi foi se dedicar ao Rally e ainda se aventurou na Nascar)

Mas a Fórmula 1 não se esqueceu dele.

Houve então a volta com a Lotus.

Não existe nada mais prestigioso do que um título mundial.

Em 12 de julho de 2012, Raikkonen já havia recebido convite da Ferrari
para 2014.

Revelação que foi considerada louca na época.

clique aqui

A Lotus queria prorrogar o acordo com ele.

E a Red Bull novamente tentou...

Hoje Raikkonen ocupa uma posição secundária na Scuderia Italiana.

A diferença salarial para Vettel entrega.

Nos dias que correm, Kimi recebe 8 milhões de euros.

Quatro vezes menos que seu atual companheiro.

Uma mudança de ares talvez fizesse bem para sair da sombra de
Sebastian.

Aí entraria a McLaren.

Ainda mais com o inquieto Fernando Alonso com um pé fora da equipe.

Como eu disse, as portas para aqueles que carregam um título estão sempre
abertas.

(ah, a tragédia de Massa em Interlagos 2008...)

Sei que há muita impaciência e sentido de urgência pros lados de Woking.

Fiquei pensando.

E acho que seria ótimo para todos uma volta de Raikkonen para a McLaren.

Torço.

Pois um piloto mais pacato daria um pouco mais de tempo para a Honda.

E, principalmente, paz.



7 comentários:

Duster disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafael disse...

Nada contra o Kimi, gosto muito dele aliás...
Mas a McLaren não precisa de paz. A equipe precisa de um motor, e piloto ela já tem... por sinal, o melhor de toda a F1.

Daniel Chagas disse...

Mas será que compensa para o Kimi sair da Ferrari para ficar sofrendo com a Honda? Isso se a Honda permanecer. Se eu fosse o finlandês tentaria outra equipe, que tal a Renault? Enfim, cada um com suas escolhas...

André Gustavo disse...

"...Pois um piloto mais pacato daria um pouco mais de tempo para a Honda."

Só que o Kimi não é mais nenhum garoto; não sei se ele vai poder esperar a Honda se tornar um carro campeâo.

Danilo Silva disse...

Mas tem cada louco nesse mundo... "quais são suas fontes?"...

Tiago disse...

Kimi nunca teve uma carreira "normal" e nao duvido de nada, incluso se ele virar dancarino de salsa representando a Finlandia no Eurovision 2018.

Mas a McLaren precisa equilibrar as contas (principalmente se o papo de passar 2018 com motor McLaren se concretizar), e Raikonnen nao é exatamente um piloto, nem um desenvolvedor caso a Honda siga no barco.

Tem tanto cara bom sem galho pra se pendurar no alto dessa arvore (Sainz, Occon, Wehrlein, todos com cenarios politicos interessantes, que nao apostaria minhas fichas nos tubaroes.

Thiago Lemos disse...

Supondo que, caso o Bottas não fique na Mercedes e volte pra Williams pra fazer dupla com Stroll, acho que o Felipe Massa seria uma boa para a McLaren: experiente, rápido, sem muitas expectativas e um cara que veste bem a camisa do time. Alonso tá com cara que não vai ficar mesmo, e Button já está com a cabeça em outras coisas. Kimi e Massa são os mais experientes, mas creio que o brasileiro tem um perfil melhor para o que a equipe precisa.