terça-feira, 25 de outubro de 2016
Williams, Bottas e o futuro
Parece que o plano da Williams de se criar um time vencedor em torno
de Valtteri Bottas foi enterrado de uma vez.
O falso interesse da Ferrari no finlandês já havia deixado cicatrizes na
relação entre equipe e piloto.
Apenas por falta de uma opção melhor, Bottas permanecerá em Grove.
Claire ativou a cláusula de renovação como uma vacina perante os
ataques da Renault.
O staff do piloto tentou um acordo de dois anos.
Mas acertar por duas temporadas implicaria num aumento de salário.
Mesmo assim existe no papel uma opção de estender o acordo até o
final de 2018.
(aceitando o aumento de vencimentos)
Fica claro que a Williams em 2017 estará buscando no mercado uma
solução.
Boa e não tão cara, para o lugar de Bottas.
Uma situação crítica.
O time não tem apelo suficiente para atrair grandes talentos.
O conjunto de 2014 foi muito eficiente.
Principalmente por adotar um conceito minimalista que se deixava levar
pela potência da poderosa unidade de força da Mercedes.
Entretanto a falta de capacidade técnica em evoluir fez o desempenho cair
na temporada seguinte e na atual.
A solução de copiar os outros gera um aprendizado, porém traz um atraso
em obter bons resultados devido a se estar sempre um passo atrás.
Falei em aprendizado.
Entenda como um caminho para o futuro.
A Mercedes de Ross Brawn passou por isso.
E hoje colhe os frutos.
Então a Williams pode se dar bem num futuro próximo?
Existe um detalhe.
A Mercedes colocou recursos ilimitados para chegar ao topo.
Não economizou em material humano.
Basta olhar seus pilotos (Schumacher - Rosberg - Hamilton) e os nomes
que compõem seu quadro de engenheiros.
E ainda despejou uma tonelada euros em tecnologia.
O cenário para a Williams é bem diferente.
Mas vale notar que não é de hoje que a turma de Grove tenta um salto
em seu orçamento para voos mais ousados.
Só que tudo custa muito caro.
Assim qualquer ajuda é bem vinda.
Precisamos notar que as coisas estão melhores do que tempos atrás.
O dinheiro trazido por Lance Stroll não é para salvar da falência a
escuderia criada por Frank.
Diferente dos tempos de Pastor Maldonado.
Mesmo assim é pouco comparado as gigantes.
Percebe um meio-termo?
Isso me incomoda.
Pois o passado da Williams espelha conquistas.
Já o futuro só gera incertezas.
Muitas.
Pelo menos por enquanto.
Postado por
Humberto Corradi
às
15:46
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7 comentários:
A grande diferença entre as duas equipes será sempre a$$im:
Mercede$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
William$$$
E acho difícil a Williams ter mais grana que a Ferrari e a Red Bull nos próximos 10 anos.F1 é uma "brincadeira" cara.
Resumo da ópera: vejo a Williams lutando pra ficar entre o 6º e o 10º lugar por muito tempo.Suponho, veja bem, é apenas um supositório (hahaha) que Felipe Massa deve pensar o mesmo.
Um time com muita tradição e de péssima negociação.
Aceitar esse Stroll deveria envolver muita grana, senão era melhor um desconto de motor e pegar um Werhlein.
Saídas existem, mas a médio prazo: grande patrocínio; associação com uma fabricante, inclusão de acionista (sócio) com poder de fogo. Ou de todas um pouco.
Só passado não garante o futuro... Lotus e Brabham que o digam.
Uma pena, mas ali se paga o preço da própria mentalidade. Me pergunto sobre o staff técnico, não deve haver profissionais criativos e capacitados sobrando, acho até que não se tem o bastante. Com isso, quero crer que a Frank-o-land não vai ter os brinquedos mais desejados pela criançada.
Enquanto a Williams não tiver uma montadora investindo ou um patrocinador ao estilo red Bull, não vai passar de equipe mediana. Suas grandes conquistas foram quando teve a Honda e a Renault, além da grana dos árabes no início dos anos 1980.
Hoje nos vivemos à era das grandes corporações. Infelizmente, o tempo do tio-Frank já se foi! Ron Dennis disse certa vez o seguinte: Quem quer ser campeão tem de estar associado a uma montadora e não ser cliente. Não é por acaso que Ferrari, Mercedes e Red Bull (uma empresa global associada à outra como a Renault) foram detentora dos últimos 10 ou 15 títulos na F1. Equipes como Williams, Sauber,Foce-India e até a Haas estão fadadas a desaparecer. Éh triste, mas éh a realidade!
Dinheiro por si só também não adianta, vide Toyota, que além de tudo gastou uma fortuna com o Schumacher errado.
Falta de arrojo nas decisões de pista também cobram o seu preço, além da demora para resolver questões que atrapalham e muito, como foi a história dos pitstops lentos.
Cristiano Buratto
Como já escrevi diversas vezes no seu blog, enquanto a Williams não se aliar com uma grande montadora a equipe vai ser mais ou menos isso que estamos vendo. Uma equipe média com espasmos de bons resultados, não mais que isso. Na F1 atual quem é equipe cliente não tem perspectiva de disputar o título, simples assim.
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