segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Subjugado

























"Não choro quando um piloto morre. Se eu morrer, Frank Williams vai se lembrar um pouco
de mim, depois pensará em quem vai ficar no meu lugar. Somos assim, uns mercenários."

As palavras são de Alan Jones, campeão mundial de Fórmula 1 em 1980. Um pensamento
que denuncia um piloto sem fraquezas e que faria de tudo para vencer. E fez. Carlos Reutemann
que o diga. O argentino, que apesar de mais talentoso, foi simplesmene esmagado pela força de seu companheiro de equipe.

5 comentários:

Anônimo disse...

Em 1988 'Tio' Frank esqueceu-se de Nelson Piquet. Campeão em 1987 pela Williams, Piquet mudou-se da 'mala e motor' para a Lotus.

Em 1993, Nigel Mansell foi esquecido por 'Tio' Frank'. Campeão em 1992 pela Williams, Mansell não teve seu contrato renovado e resolveu ganhar outro campeonato em 1993: o da CART.

Já em 1994, Alain Prost foi o esquecido da vez. Certamente, o campeão de 1993 pela Williams foi contrário à contratação de Ayrton Senna para o ano seguinte. 'Tio Frank' deu de ombros (ou esqueceu-se de Prost) e contratou Senna, precipitando assim a aposentadoria do francês, que fugiu, assim, de outra disputa interna com o brasileiro.

'Tio Frank' esqueceu também de Damon Hill, em 1997. Como campeão de 1996 pela Williams, Hill esperou até não poder mais a renovaçõa de seu contrato. Acabou na Arrows... o carro era belíssimo, mas o desempenho...


Dando uma bela forçada de barra, dá para citar mais 2 casos de esquecimento de 'Tio Frank'.

Em 1981, Carlos Reutemann foi o piloto da Williams que disputou o título com Piquet e não o campeão de 1980 pela Williams, Alan Jones (foi esquecido ou estava relaxado?).

Em 1998, 'Tio Frank' entrega um carro pouco competitivo ao campeão de 1997 pela Williams, Jacques Villeneuve, e ainda por cima, pintado de 'VER-ME-LHO! Esquecimento?


O ponto 'fora da curva' parece ter sido Keke Rosberg. Campeão pela Williams em 1982, em seu primeiro ano na equipe, Rosberg permaneceu lá por mais 2 anos... depois, foi esquecido...


Isso falando só dos campeões pela Williams...


Seria uma 'Síndrome Courage' ou puramente atitude mercenária, como sugeriu Jones?
Colin Chapman, após a morte de Jochen Rindt (tinha 'perdido' Jim Clark 2 anos antes), definiu-se pelo não envolvimento com seus pilotos com o fim de evitar seu sofrimento... Talvez Frank Williams tenha adotado - inconscientemente - a mesma atitude após a morte de seu amigo Piers Courage, em 1970, pilotando o carro de sua equipe... daí a 'síndrome'. Ou é puro "mercenarismo" mesmo....


um abraço,
Renato Breder

Daniel Médici disse...

Naquela época os pilotos tinham que ter uma defesa mental contra a morte de seus colegas. Pensando bem, também precisam hoje em dia.

politicamente_incorreto disse...

Renato, essa lógica idiota e metida a trágica do Alan Jones não está com nada, A morte de um piloto na pista é algo trágico mas bem plausível e o seu acontecimento têm o peso da morte de qualquer um em seu meio de trabalho ou exposição. se ele era mercenário o problema era dele, que largasse a F-1 e fosse atravesssar o outback de em camonhões de entrega. Fazem aquilo que amam enchem as burrras de dinheiro e ainda tentam se fazerem de vítimas, o Frank comeu o pão que o diabo amassou com o rabo, fez coisas inacreditáveis par aos pacrões de hoje para manter a sua equipe , que era o seu negócio e sua vida. vender ferramentas, cronometros e deixar o carro em local proibido no aeroporto para ser rebocado pois a multa era bem mais barata que o parking....
Essa rolha de poço australiana provalvemente jamais passou por isso, era só sentar o seu rabo gordo na williams e acelerar.
Tio Frakie dada as necessidades e miserê por que passou nunca achou que os pilotos valiam aquilo que cobravam,e estava repleto de razão, afinal em que planeta um piloto meia boca como o Heidfeld poderia ganhar 4 milhões de euros para pilotar algo para alguém? num planeta real ganharia uma cesta básica e olhe lá....

Não acho que o meio automobilistico seja assim tão frio e hinóspito quanto o coala supernutrido tentou fazer parecer com a sua declaração, a comoção após o recebimento do comunicado do falecimento do Dan Wheldon foi genuíno e vários pilotos foram as lágrimas, só que como na vida normal o dia seguinte vêm para todos e a volta a normalidade é uma cobrança da nossa sociedade. que aprenda um pouco com esses acidentes para minimizar ocorrencias futuras.

Anônimo disse...

Renato, boas lembranças.

Acho que a Williams, aparentemente, quando teve ótimos carros, não valorizou seus pilotos e não se preocupou em construir um longo relacionamento com eles.

Em 87, foi Piquet que resolveu sair, por estar insatisfeito com seu status na equipe e pelo tratamento recebido. Sua saída foi anunciada antes dele se tornar tricampeão.
Em 92, todo mundo queria guiar seus carros imbatíveis. Senna se ofereceu para pilotar de graça. E Prost, sem equipe, provavelmente era "sugerido" pela Renault e Elf.
Com os 2 principais pilotos da época se oferecendo, Mansell acabou virando uma mala difícil de carregar. Ainda mais que seu contrato estava terminando e ele, como campeão mundial, queria receber mais para renovar.
Prost foi contratado, mas impôs que a equipe não contratasse também o Ayrton Senna. Ele não era bobo de dividir a equipe de novo com o brasileiro.
No fim de 93, acabou a cláusula que impedia a contratação de Senna.
E a Williams já tinha prestado o favor à Elf e Renault de fazer um campeão mundial francês com motor francês. Coisa que eles tentaram antes com equipe própria e não conseguiram.
Prost, sendo francês e com seu poder político, se quisesse, poderia ficar junto com Senna, mas ele preferiu se aposentar.
Damon Hill, caiu de para-quedas na posição de primeiro piloto e apesar de seu esforço e dedicação, sempre lhe faltou alguma coisa. Depois de perder em 94 e 95, ganhou em 96, quando a Williams não teve adversários. Para 97, Frank Williams achava (e com certa razão) que Hill não seria páreo para Schumacher quando a Ferrari melhorasse de desempenho e contratou Frentzen, que diziam ser melhor que Schumacher nas categorias de base. Mas este nunca correspondeu.

No caso de Piquet e Prost, foram os pilotos que não quiseram ficar.

Já Mansell e Hill, simplesmente foram ignorados. Ambos são parecidos. Pilotos ingleses com certa limitação, mas de muita garra e que perderam 5 títulos mundiais para a equipe ao todo.

O Jones deveria estar pensando na aposentadoria em 81. Mas ele fez algumas boas corridas e só não disputou o título por ter tido problema em várias corridas. Mas andou sempre entre os líderes.

Já o Rosberg ficou lá, porque a equipe não podia exigir mais mesmo. Em 83, seu carro não acompanhava Renault, Ferrari, Brabham e nem a Mclaren e Lotus. Por isso ficou lá. A equipe não tinha outra opção.
Talvez ele é que deveria estar querendo sair. E saiu na hora errada. Quando os carros voltaram a dominar a categoria.

Enio Peixoto

Anônimo disse...

Essa corrida aí é o GP da Holanda de 1980. O Vencedor está em sexto lugar.

Enio Peixoto