Pequeno Zorro

Década de 50.

No México, sua terra natal, Pedro Rodriguez começou a vencer quando
ainda pilotava motos.

Estava no sangue.

Seu irmão Ricardo, dois anos mais novo, trilhava o mesmo caminho.

Nem bem começaram os anos 60 e os filhos do chefe de polícia Rodriguez já
estavam sob as asas de Enzo Ferrari.

O Commendatore escolheu o mais novo.

Em seu primeiro Grande Prêmio, Ricardo alinhou sua Ferrari na primeira fila no
grid de Monza.

1961.

Impressionante.

Porém um ano depois veio a fatalidade.

Em sua casa, Pedro perdeu seu irmão.

O acidente ocorreu durante os treinos do GP do México.

Mesmo assim ele não abandonou as pistas.

Era um piloto do momento.

Do instante.

Conduzido pelo coração.

Não era de treinos ou de reuniões técnicas.

Seu prazer estava no combate.

E por isso Pedro era admirado e temido.

Era o melhor no asfalto molhado.

Tanto que foi justamente nessas condições que conquistou sua mais brilhante
vitória.

Em Spa-Francorchamps.

Duelando com Chris Amon.

Mas Rodriguez amava mesmo os Sportcars.

O Ford GT com o qual venceu em Le Mans.

O assustador Porsche 917.

A máquina de velocidade mais impressionante já construída pelo homem.

Foram apenas brinquedos em suas mãos.

Sempre que podia trocava a Fórmula 1 por esses monstros.

E foi justamente a bordo de um deles que perdeu a vida em 1971.

Em Nuremberg.

Rodriguez conduzia uma Ferrari 512 numa corrida da Interserie.

Seu nome todo era Pedro Rodriguez de La Vega.

Sem confundir.

Apesar de ter vindo de família rica e de ter deixado sua marca, não era parente
do fictício e famoso Dom Diego.

E, autêntico, nunca precisou se esconder atrás de uma máscara.