segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Prêmio



























Nino Farina pertencia a geração anterior.

Aquela da década de 30.

A época dourada.

Da Auto Union, Mercedes, circuitos com curvas impossíveis...

Também da Alfa Romeo.

Sua primeira casa ao lado da lenda italiana Tazio Nuvolari.

Farina era da aristocracia e não se misturava com os outros pilotos nos intervalos das provas.

Mas atrás do volante era um guerreiro.

E perigoso.

Esteve envolvido em vários acidentes que levaram outros pilotos à morte.

Então, de repente, no que seria o seu auge, o mundo acabou.

Seus melhores anos foram destruídos pela Segunda Guerra Mundial.

Até que veio a paz.

E com ela chegaram os novos tempos.

A Fórmula 1.

Farina já tinha mais de 40 anos  quando em 1950 o exército da Alfa fincou sua bandeira na
nova categoria.

Imbatíveis.

Reg Parnell, Luigi Fagioli, Juan Manuel Fangio e Nino Farina.

A tropa.

Fagioli, então com 51 anos, e esse "sul-americano bronco" não seriam empecilhos.

O campeonato seria seu por direito. Pensava.

Com certeza foi uma surpresa a batalha pelo título com Fangio.

Uma vitória significativa.

Poucos venceram o argentino.

E foi o encontro de duas gerações.

Considero importante que o primeiro campeonato mundial tenha ido para Farina.

Foi uma justa homenagem.

Aos loucos anos 30.

A Rosemeyer, Nuvolari, Caracciola...

Os primeiros heróis.

7 comentários:

Leandro Legal disse...

Espero que voce Corradi e os outros colegas do Blog não me considerem um "incoerente", mas, eu acho e sempre acharei que o fantástico Tazio Nuvolari foi, disparado, o melhor piloto de Grand Prix dos anos 20/30 pré-Segunda Guerra Mundial.

Na minha humilde opinião, era ele quem deveria ter vencido, com todas as horas e méritos, o primeiro Campeonato Mundial De F1 em 1950.

Tenho certeza absoluta que ele poderia medir forças de igual para igual contra Fangio e assim, juntos, produzirem grandes duelos memoráveis que entrariam para os registros gloriosos da história do automobilismo mundial de todos os tempos.

Concoro com voce Corradi, no que diz respeito ao fato de dizer que Farina era um guerreiro e um piloto muito rápido.
Porém, creio que Nuvolari era muuuuuuuito mais completo e decisivo.

Abração Legalzão Do Leandrão!!!
YEAH!!!

Marcos Alvarenga disse...

Texto fantástico, Corradi. Parabéns.

Anônimo disse...

Corradi,

quanto aos loucos Anos 30, eu também sou "louco" pelas histórias dessa época...

Conhece o site The Golden Era of Grand Prix Racing?
http://www.kolumbus.fi/leif.snellman/main.htm

Está nos meus 'favoritos' há um tempão...

um abraço,
Renato Breder

Rui Amaral Jr disse...

Marco, vc não divaga Mantuano foi sim o melhor piloto!
Il Dottore era bom, assim como outros, apesar de ser o 1º campeão da FI sentiu o peso dos anos, e a rapidez do Chueco e Ciccio!!!

Ron Groo disse...

aplaudindo o texto.

zamborlini disse...

humberto
sensacional. talvez o melhor de todos os posts. justa homenagem aos pilotos dos anos 30. farina era um lutador. perdia em talento para nuvolari, rosmeyer, caracciola, wimille, fangio e ascari. mas sobrava em determinação e coragem.

Anônimo disse...

Farina entrou para a história com o título de 1950. Até então vivia na sombra das lendas.

Emerson Fernando