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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Nebelmeister





















Nurburgring.

1936.

O tempo não estava bom na Alemanha.

A largada se deu em pista molhada.

Estavam todos lá.

As lendas.

Rudolf Caracciola, Stuck, Bernd Rosemeyer e Tazio Nuvolari..

Mais de 300.000 pessoas foram ver seus heróis ao vivo.

Especialista em pisos escorregadios, Caracciola pulou na frente na primeira
volta da prova quando os bólidos passavam pelo Karussell.

Entretanto veio a infelicidade.

Poucas voltas depois o motor de sua Mercedes falhou.

Tazio Nuvolari (com sua Ferrari - Alfa Romeo) tomou a ponta.

As condições foram piorando.

Neblina.

Que foi ficando mais densa a cada volta.

Ninguém via nada direito.

Parecia que tudo conspirava contra Nuvolari.

Pois naquelas circunstâncias, Rosemeyer foi se aproximando.

Em frente ao seu público, a Auto Union de Bernd surgiu do nada liderando
a prova.

Delírio da torcida.

E como um raio desapareceu novamente no nevoeiro.

Os pilotos só conseguiam enxergar até 30 metros a sua frente.

Nuvolari ainda tentou acompanhar Rosemeyer.

Fez de tudo.

Impossível.

O piloto alemão não diminuía o ritmo.

E começou a abrir cerca de 30 segundos por volta para o italiano.

Todos ficaram  abismados

Rosemeyer cruzou a linha de chegada com mais de 2 minutos de diferença!

Impressionante.

Uma vitória histórica.

Um assombro de pilotagem em uma situação tão adversa.

O texto pode parecer até exagerado.

Cheio de licenças poéticas.

Ainda bem que existe a prova em vídeo!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A Lógica Gutierrez


























Coppa Acerbo.

1928.

Tazio Nuvolari e a Bugatti.

Não consigo imaginar como seriam as pré-temporadas naquela época.

Sei que em nossos dias predominam as especulações.

Qual piloto estará naquela escuderia?

Cabe uma explicação.

Pelo menos de como as coisas funcionam aqui no Blog.

Existem fontes e fontes.

Algumas mais confiáveis que outras.

Por uma razão simples.

Possuem ligações com certas escuderias.

E assim conseguem informações privilegiadas.

Exemplos?

O Tordo está muito próximo da Ferrari.

Como a Scuderia Italiana fornece unidades de força para a Haas e Sauber,
acaba sabendo de uma coisa ou outra desses times também.

Outra boa fonte não costuma errar sobre a Renault.

Por consequência, sempre gera conhecimento a respeito da Toro Rosso
e Red Bull.

Estamos falando de mais da metade do grid da Fórmula 1.

Claro.

Sempre que eu posso, procuro entender certas decisões que parecem
sem sentido.

Esteban Gutierrez na Renault tem lógica?

Tem.

Explico.

Vem comigo.

Quem decide sobre a parte técnica no time é Frederic Vasseur.

O homem que junto com Nicolas Todt colecionou títulos e revelou
diversos talentos na Art GP.

Por suas mãos passaram Lewis Hamilton, Nico Rosberg e Sebastian
Vettel.

Vasseur possui suas crenças.

E confia em seus instintos.

Foi Vasseur quem trocou Pastor Maldonado por Kevin Magnussen ao
chegar em Viry-Chatillon.

A primeira opção era Stoffel Vandoorne que havia trabalhado diretamente
com ele na GP2 em 2015.

Magnussen (que havia derrotado o belga na World Series by Renault) foi
a opção de mercado por ser jovem e ainda ter tido uma experiência com a
McLaren.

Jolyon Palmer ocupou o espaço que naturalmente seria de outro conhecido
por Vasseur, Romain Grosjean.

(que saiu seduzido pelo sonho de guiar pela Ferrari)

Para 2017, Vasseur continuou seguindo seu faro.

Listou jovens talentos e nomes que já haviam passado por ele nas categorias
de base.

Assim apareceram como candidatos: Nico Hulkenberg (GP2), Carlos Sainz Jr.
(promissor e na alça de mira da McLaren), Valtteri Bottas (GP3) e Esteban
Ocon (GP3).

Sainz Jr. e Bottas foram bloqueados por contrato.

Ocon é considerado um diamante bruto no paddock.

Seu passe está muito valorizado e ligado a Mercedes.

Já Hulkenberg foi facilmente liberado pela Force India.

O alemão será substituído por um outro piloto melhor.

Melhor para as finanças do time de Vijay Mallya.

Casou tudo.

E onde entra Gutierrez nessa conta?

O mexicano é velho conhecido de Vasseur.

Foram campeões juntos na GP3 em 2010.

Esteban chegaria para ser o escudeiro de Hulk.

Repare no sistema de escolha do dirigente da Renault.

São sempre pilotos que ele conhece ou jovens promissores.

Em último caso ele buscará uma opção desconhecida.

Interessante esse formato de pensamento.

Pois a Renault deverá ter uma evolução rápida por ser uma fabricante.

E a tendência é que passe a brigar cada vez mais por vitórias num futuro
próximo.

Seria o natural.

Olhando para este cenário, podemos vislumbrar um nome mais agressivo
comandando seu bólido número um.

Não será nenhum espanto que um dos "conhecidos" como Rosberg, Vettel
ou Hamilton ocupe esse papel.

Ainda mais pelo modus operandi de Vasseur.

Interessante, não?


terça-feira, 28 de maio de 2013

Significados


































Uma imagem.

A grandeza de um gesto.

A incontestável e tardia vitória de Tony Kanaan em Indianápolis.

Poderia ter vindo antes.

Foram muitas as tentativas.

Porém o destino quis assim.

A paz finalmente foi selada com os tijolinhos.

Mas como mensurar a grandeza de uma conquista como essa?

Quais os significados?

Para a TV brasileira responsável pelas imagens não foi tão importante.

O corte imediato para o futebol logo após a linha de chegada demonstrou isso.

Pena.

Interessante que o mesmo grupo transmite as duas categorias do automobilismo
onde os brasileiros têm sido protagonistas.

A Indy e a DTM.

Paciência.

Para os aficionados significou que a justiça finalmente foi feita.

Kanaan merecia colocar seu rosto no lendário troféu.

Para o público americano representou a redenção do herói.

Acostumado a valorizar o trabalho e o esforço, era difícil achar algum ianque que
não olhasse com simpatia para o piloto brasileiro.

Por isso tantas palmas e saudações vinham das arquibancadas.

Para Tony Kanaan significou o final de um ciclo.

Ele conquistou tudo que podia na América.

Campeão da categoria, vencedor da Vanderbilt Cup ( clique aqui ) e agora das
500 milhas de Indianápolis.

Seu nome está ao lado de estrelas como Graham Hill, Jim Clark, Tazio Nuvolari,
Bernd Rosemeyer e Mario Andretti.

Gigante Kanaan.

Acho que o domingo foi especial também para Emerson Fittipaldi.

O primeiro brasileiro a brilhar nas pistas dos Estados Unidos.

Mostrando que havia um outro caminho.

Aquele que iniciou tudo merece ser lembrado.

Sempre.

Sua semente germinou em terra estranha e sua árvore ainda dá bons frutos.

E Tony Kanaan comprovadamente é um dos mais excelentes.

Brilhando lá no alto.

Não poderia ser de outra forma.

Uma conquista assim nos faz recordar que Emerson inventou a história de um
país nas pistas dos dois lados do Atlântico.

O significado?

Que mesmo depois de tantos anos sua raiz ainda continua forte e poderosa.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Tazio Nuvolari


























Aquele que encantou e foi a referência de Enzo Ferrari durante toda a sua vida.

Nem ossos quebrados o fizeram desistir...

Clica aqui.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Prêmio



























Nino Farina pertencia a geração anterior.

Aquela da década de 30.

A época dourada.

Da Auto Union, Mercedes, circuitos com curvas impossíveis...

Também da Alfa Romeo.

Sua primeira casa ao lado da lenda italiana Tazio Nuvolari.

Farina era da aristocracia e não se misturava com os outros pilotos nos intervalos das provas.

Mas atrás do volante era um guerreiro.

E perigoso.

Esteve envolvido em vários acidentes que levaram outros pilotos à morte.

Então, de repente, no que seria o seu auge, o mundo acabou.

Seus melhores anos foram destruídos pela Segunda Guerra Mundial.

Até que veio a paz.

E com ela chegaram os novos tempos.

A Fórmula 1.

Farina já tinha mais de 40 anos  quando em 1950 o exército da Alfa fincou sua bandeira na
nova categoria.

Imbatíveis.

Reg Parnell, Luigi Fagioli, Juan Manuel Fangio e Nino Farina.

A tropa.

Fagioli, então com 51 anos, e esse "sul-americano bronco" não seriam empecilhos.

O campeonato seria seu por direito. Pensava.

Com certeza foi uma surpresa a batalha pelo título com Fangio.

Uma vitória significativa.

Poucos venceram o argentino.

E foi o encontro de duas gerações.

Considero importante que o primeiro campeonato mundial tenha ido para Farina.

Foi uma justa homenagem.

Aos loucos anos 30.

A Rosemeyer, Nuvolari, Caracciola...

Os primeiros heróis.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Trapezista





















Ele foi o piloto que encantou Enzo Ferrari em sua juventude.

Lendário.

Notoriamente, o maior de seu tempo. 

Tazio Nuvolari começou nas pistas pilotando motos.

Sem medo ou limites.

Certo dia após um acidente nos treinos, em que teve as duas pernas engessadas, venceu
uma corrida em Monza.

Apenas pediu que os mecânicos o ajudassem a subir e a descer da motocicleta.

Partiu para os automóveis aos 32 anos.

Pilotando pela Alfa Romeo, Ferrari e Maserati, ficou conhecido como o homem mais
rápido do mundo.

Bicampeão da Mille Miglia e da Targa Florio.

Também venceu em Mônaco e a Coppa Vanderbilt nos Estados Unidos.

Nas fotos, de cima para baixo.

Embarcando em Gênova com a Scuderia, 1936, para assombrar os americanos.

Depois, ao lado do Commendatore.

E por fim, pilotando pela Auto Union na Alemanha.