domingo, 12 de fevereiro de 2012

Escolhas

























O sonho dos Fittipaldi.

19 comentários:

Anônimo disse...

Não sei se procede, mas li em algum lugar que foi Syd mosca quem sugeriu aos Fitti trocar o cinza pelo amarelo.
Verdade ou não, foi uma boa escolha.

Me lenbro quando, após considerável sucesso do F5, todas as esperanças estavam no F6. Um grande fiaso com foi o início do fim.

Abraço,
Emerson Fernando

walter disse...

A galera mais nova não tem noção de três coisas importantes:
PRIMEIRO: o Wilson era piloto da Brabham e era bom. Depois de correr em 1972 (parte da temporada) e 1973, colheu resultados melhores do que as porcarias de carros que pilotava permitiriam. Podia seguir carreira e vencer corridas, entrar para a história como um bom piloto. Abortou a carreira e foi construir um carro. Destruiu sua carreira e seu patrimônio, mas não a sua reputação: bom piloto, empreendedor, corajoso e apaixonado.
SEGUNDO: Emerson era bi - campeão do mundo; poderia ir para a Ferrari (campeã de 1975 e 1977) ou ficar na McLaren (campeã de 1976). Em 1976, foi para a equipe da Família Fittipaldi, enterrou sua carreira / patrimônio e, só por isso, não está entre os grandes campeões de todos os tempos, pois teria sido, minimamente, tri - campeão, se não mais.
TERCEIRO: a Equipe Fittipaldi foi uma tentativa maluca, de uma família maluca, que venceu as barreiras econômicas e tecnológicas, para fazer um carro de Fórmula 1. Fizeram! Não ganharam corridas, mas ganharam meu respeito e minha admiração. Em 60 anos de Fórmula 1, foram muitos os que tentaram e muito poucos os que conseguiram sucesso. Por falta de dinheiro, mas não de competência, o sonho acabou. Fica o respeito e as bonitas fotos que o Corradi nos traz.
Valeu, Corradi!

Marques disse...

Acho o maior erro da carreira do Fittipaldi. Teria ganho mais 2 títulos.

politicamente_incorreto disse...

Vou me abster....vou criar polêmicas e estou numa fase péssima para polêmicas......Acompanho o voto do Marques para simplificar as coisas....

Rubem Rodriguez Gonzalez

Bernardo disse...

por onde andam esses chassis??? um deles eu vi no museu da Ulbra antes de fechar...

Ricardo Reno disse...

Concordo com o Walter para criar polêmica e empatar a votação.

Conhecendo as atitudes do Emerson ao longo de sua carreira na F-1, como a recusa de correr na Espanha por exemplo, era natural que ele seguiria o irmão. Principalmente pelo histórico dos dois.

Rubem não concordo algumas vezes com o que escreve, mas gosto do jeito que coloca as coisas. Deixou-me frustrado escrevendo somente três linhas, principalmente com um assunto como este. Ninguém me tira da cabeça que o Corradi quis te provocar...rsrs...

Brincadeiras à parte espero que sua fase ruim seja só em relação a polêmicas.

Juanh disse...

Emerson al pasar a correr con su propio auto, dejó de lado la esperanza de conseguir otro título mundial (o 2 o 3 más...).
Pero lo cambió por algo más importante: la ilusión del proyecto del F1 propio.
Llevar adelante ese sueño vale más que los títulos mundiales.
Los Copersucar son hermosos, más los primeros de 1075.
Abrazos!

politicamente_incorreto disse...

Graças a deus Ricardo a fase de não entrar em polêmicas é sazonal, nada têm a ver com a vida particular e profissional.

Quanto a equipe Fittipaldi eu não tenho nada de novo a acrescentar e os dinossauros do pedaço sabema minha posição. para os que ainda não sabem posso afirmar que o fracasso da equipe pode ser creditado em grande parte a Wilsinho Fittipaldi e sua notória arrogância e prepotência. faltava experiência e sobrava soberba. Se tivesse criado primeiro uma equipe de Formula 3 e aprendesse os meandros da nova "profissão".
Não sou íntimo de ninguém, mas soube de fonte segura que o Emerson só entrou no projeto depois de digamos uma boa dose de chantagem familiar.
Ter o maior piloto e maior campeão em atividade na equipe Fittipaldi soaria hoje o mesmo que dizer que o Alonso há três anos atrás fosse defender as cores da Hispania. Esse é o parâmetro da loucura que acometeu a equipe e o piloto.
Não faltou dinheiro nos primeiros cinco anos da equipe, era um orçamento generoso para a época e o salário do Emerson era de us$ 500.000 em 76, provavelmente o maior do grid - isso é matéria para o Breder, provavelmente ele vai aparecer até com a holerite do engraxador da equipe, rsrsrsr - o dinheiro foi mal gasto na época, se fosse um pouco mais inteligente o Wilsinho teria comprado um chassis March e feito por exemplo o caminho da Penske e da Hesketh, que foram pegando experiência e desenvolvimento a baixo custo até chegarem a chassis mais ou menos próprios. Fora os motores que a equipe sempre foi sabotada, recebia propulsores com até 10% a menso de rendimento. putaria da Cosworth mais ao mesmo tempo imaturidade gerencial do todo poderoso.
Enfim a Carreira do Emerson foi sepultada pela "famiglia" que exigiu dele um sacrifício digno do velho testamento. imolou a carreira estupidamente, seria sem sombras de dúvidas tetra campeão do mundo, 76 seria seu e 79 na williams com certeza o destino seria o mesmo. Quando foi para a Indy depois de 04 anos parado mostrou quem era o Emerson.

Em suma: a equipe como realmente foi criada e desenvolvida era um convite ao fracasso - e foi - faltou profissionais qualificados principalmente nas funções de gerência e chefia. Começar por cima nunca foi uma boa e duradoura opção e a história mostra isso, mas a pressa e o ufanismo daqueles anos permitiam aventuras que no final davam mais prejuízo do que lucro. Foi o caso da equipe Fittipaldi.


Rubem Rodriguez Gonzalez

Anônimo disse...

Muitas equipes que entraram na F1 saíram sem nunca ter marcado pontos. O sonho brasileiro, da década da "Ame-o ou deixe-o", trouxe podiums e carregou nossas cores por alguns anos.

Os Fitti me orgulham.

Abç,
Emerson Fernando

politicamente_incorreto disse...

Emerson,eu não queria entrar em polêmicas e não vou entrar mesmo. Mas você poderia me citar quais equipes com o orçamento, o aparato e ainda por cima com capacidade de contratar o maior piloto em atividade na época passaram pela categoria em brancas nuvens?
Realmente na década de 70 apareceram e desapareceram dezenas de equipes que jamais marcaram pontos na categoria. Mas que equipes eram essas? muitas usavam restos de bólidos com cinco anos de uso, moldavam peças de fibra de vidro no fundo do quintal, compravam dois motores recondicionados e estava pronta a equipe.
Desculpe ofuscar o seu ufanismo- até porque me considero "pacheco- mas para a estrutura e a grana que rolaram nos 05 primeiros anos da equipe os resultados são ridículos. só se salva o ano de 78 aonde o carro rendeu razoavelmente. com um orçamento menor mas uma estrutura firme a Ligier por exemplo deu um banho na gente. Mas a subida da equipe foi escalonada, tanto é que o primeiro Ligier de F-1 se chamava JS-5 era na realidade a quinta versão da equipe que só naquele momento debutava na categoria máxima e com apenas 02 anos de 03 anos de categoria já colecionava vitórias. Isso sem contar com um monstro consagrado como o Emerson para desenvolver o carro.

Portanto amigo Emerson, não existe parâmetro de comparação entre a equipe Fittipaldi e por exemplo o indigente do Mo Nunn e sua sempre competitiva Ensign, corria até com propaganda do mercadinho da esquina. Ou o próprio Uncle Frank Williams que vendia até as ferramentas da equipe paras poder a corrida seguinte. Eram equipes em estado de penúria total, muitas vezes não tinham grana para abastecer os carros. Eram os famosos "garagistas" e suas trapizongas dignas da corrida maluca. A Fittipaldi nunca conheceu essa indigência e propletariado . tinha um plano a longo prazo e naufragou, aguém foi o culpado e tenho certeza absoluta que não fui eu, porque na época eu era o maior entusiasta e torcedor da equipe, depois com o tempo e vivendo as voltas com sistemas gerenciais e corporações descobri que o que sobrava na equipe era na realidade incompetência. e não era do Emerson, portanto a carapuça sobrou para o primeiro irmão....

Rubem ROdriguez Gonzalez

Anônimo disse...

Ruben,
em matéria de $$$$, não valho um vintém!!!! Não tenho a mínima idéia do valor do salário de qualquer piloto de qualquer época...

A Copersucar era privada ou estatal? Se bem que, naquela época, um nome 'COOPERATIVA' soaria bem 'comunista' e um governo ditador-direitista não aprovaria...

Início dos Anos 70 no Btasil... Médici, depois Geisel... 'milagre econômico brasileiro'... Seleção Canarinho conquista 3o título da Copa do Mundo... piloto brasileiro chega na F1 "já" vencendo e em seu 2o ano completo já é campeão... o Brasil estava por cima... não dava pra começar por baixo (F2 ou F3)...

Toda a 'empolgação' da época causou o desenvolvimento e aparição da Equipe Fittipaldi, que até não foi tão MAL assim... nem tão BEM assim também...

Segundo o próprio Emerson afirmou, após o título em 1972 ele confidenciou ao pai e ao irmão o desejo de encerrar a carreira. Ambos o convenceram do contrário. Se isso pesou (ou não) em sua decisão de unir-se ao irmão na equipe da família, não sei dizer... mas confesso não me surpreender com essa atitude tomada pelo grande Emerson...

Perdeu ali sua chance de mais títulos... mas, títulos não são tudo na vida...

Senpre gostei dos carros da equipe, mesmo aquela 'Madona', o FD01...

um abraço
Renato Breder

Por Dentro dos Boxes disse...

Amigos,

o assunto foi bem esgotado aqui... mas penso que de gênio e louco todo mundo tem um pouco...

então o que vale mesmo é a intensão... e foi muito bacana o ideal dos Fittipaldi... desconsiderando os resultados obtidos, produziram sim belos carros na F1...

abs...

politicamente_incorreto disse...

Quando falei do salário do Emerson e te citei é porque eu sou mais de confiar nos alfarrábios da mente e você é um puta e metódico pesquisador. É claro que o meu método de vez em quando dá merda.... tico & teco entram em conflito aí escrevo umas merdas.
Breder, eu também acho lindas esses carros e queria ter um na sala - primeiro queria ter uma sala que coubesse um F-1 - e friamente falando acho que o que enterrou a Fittipaldi, assim como a Ligier que exaltei na comparação acima foram os custos estratosféricos e absurdos que assolaram a categoria. Nunca foi barato fazer F-1 ou automobilismo em geral, mas de meia duzia de malucos que montavam uma baratinha para correr algumas etapas do circuito europeu tentando atrair patrocinadores e os valores de hoje não dá nem para comparar, só o depósito compulsório de tio Bernie é de módicos 80 milhões de dolares - dizem que caiu para a mixaria de 40 milhões - com esse valor menor e mesmo corrigindo a valores atuais esse depósito é maior que o orçamento de todas as equipes que disputaram o campeonato de 1972 juntas!!!!!

Quando critico o Wilsinho é quanto ao início das atividades da equipe, os fracassos e o pouco sucesso nada tem a ver com a falência. a falência foi fruto de uma escalada vertiginosa de custos que ainda não parou e provavelmente acabará com a categoria. e quanto a "cooperativa" copersucar é na realidade uma cooperativa de empresários e grandes produtores, nada a ver com cubanos arando suas plantações com ferramentas manuais... esse tipo de cooperativa sempre foi incentivada e patrocinada pelos milicos...

Rubem Rodriguez Gonzalez

Ricardo Reno disse...

Rubem,

O próprio Emerson declarou que eles foram prejudicados junto aos fornecedores, principalmente nos motores, entregues pela Cosworth. Temos que pensar que o pioneirismo da inciativa foi algo de fantástico.

Você deve se lembrar que a mídia na época não incentivou em nada talvez por não entender a importância de tal empreendimento.

Guardo com muito carinho aqueles dias, não deu certo mas poderia ter dado, paciência.

Seria legal se alguém se dispusesse a escrever a história daqueles dias.

politicamente_incorreto disse...

Ricardo, deixando a analise fria do que deu errado eu também torci para que desse certo. o caso de cair no colo da máfia inglesa dos motores Cosworth, aquilo foi ingenuidade e falta de um plano estratégico. A Ligier correu atrás da Matra para fugir dos ratos ingleses. Já citei aqui que se os Cosworth fossem colocados na mãos do Orestes Berta eles voltariam a render o memso ou até mais que os saídos da fábrica. Isso ocorreu em uma época aonde a potência dos motores era até mais preponderante que hoje. Mas aí o Wilsinho não se sujeitaria a um "hermano" nessa rídicula versão futebolística dessa rivalidade que na realidade não existe. ou se existe e por boa parte dos brasileiros, posi lá embaixo somos muito bem tratados pelos portenhos.
De qualquer forma se fossemos mais "conservadores" poderiamos ter sucesso na categoria, o que me chateia na equipe foi o fato de precipitadamente encerrarem a carreira do maior piloto em atividade na época no auge da carreira.
Como já disse e vou ser repetitivo, a F-1 naquela época passava pelo mesmo "vácuo" de quando o Schumacher se aposentou e deixou apenas o Alonso na pista como bi campeão. A história é idêntica, sem tirar nem por. Após a aposentadoria do Stewart - que era o Schumacher da época - ficou na pista o piloto mais jovem a vencer uma corrida, a se transformar em campeão e depois em bi campeão.
As semelhanças ficam por aí, após essas conquistas o Alonso continuou e continua militando entre as melhores equipes e amealhando vitórias e sendo candidato a títulos. Já o nosso grande campeão na época foi parar na Hispania brasileira....

P.S. Ricardo, quanto ao capítulo imprensa brasileira isso é um caso à parte. ela é caso de polícia. existem marginais e bandidos disfarçados de jornalistas. o que fizeram com a equipe e principalmente com o Emerson na época foi ridículo, o Senna só foi respeitadfo por ela porque morreu no auge. se corresse mais dez anos e obviamente não conseguisse os resultados da época aurea seria jogado na lata de lixo da história pelos nossos valorosos jornalistas. se livrou desse lado perverso dos nossos bajuladores de plantão, mas apenas porque morreu no auge. Pagou um preço alto demais para ser enaltecido até hoje.

Rubem Rodriguez Gonzalez

walter disse...

provoco o Gonzales (com a vara curta): e o Wilson piloto? Não era um Emerson, mas encarou muita gente boa, que morreu pelo caminho.
Seus resultados pífios em 1972 e 1973 devem ser 'proporcionalizados' pelo fato de andar de Brabham, como segundo piloto.
Na F3 e na F2, foi bem, um bom pilto, mesmo que não um campeão.

politicamente_incorreto disse...

Concordo contigo Walter, o Wilson piloto é bem mais do que realmente se possa supor. não misturo as tintas e vejo valor no Wilsinho como piloto. Um dos grandes problemas do piloto era justamente o tamanho. piloto daquele tamanho é foda.
Como você mesmo lembrou só guiou cadeiras elétricas e tinha sempre na cabeça essa história de construtor o que atrapalhou sobremaneira o foco da sua carreira.
Não vou dizer que não tinha méritos, e o maior de todos o fato que era - junto com o Emerson - extremamente honesto. muito dos seus pares teriam enchido um cofre de dinheiro para um plano "b",mas não foi o que fizeram. Sei que só não viraram motoristas de ônibus porque a certa altura ele proibiu o Emerson de colocar mais um centavo sequer na equipe. a equipe foi um erro trágico de planejamento - bem brasileiro isso - mas os dois foram honrados e honestos até o fim, isso é bem pouco brasileiro diga-se de passagem.

Rubem Rodriguez Gonzalez

Anônimo disse...

Já o disseram tudo, até porisso me obstive de opinar, estou "passando por aqui" apenas para enaltecer a atitude do Rubem, (não que ele precise disto)de reconhecer o valor do Wilsinho como piloto, embora seja um crítico ferrenho dele como administrador, postura essa que já me é familiar há tempos e que respeito, principalmente por vir de quem veio. . .

Zé Maria

Walter disse...

Valeu, Gonzales.
Como eu sempre fui fã do Emerson, nunca parei para pensar a sério na carreira do Wilson. Lendo e Corradi e os comentarios, fui lembrando das corridas internacionais no Brasil, em que Wilson cometeu a indelicadeza de vencer de vez em quando (eu queria Emerson!). Lembrei de Monaco 1973, mas ai nao conta porque tinha muita quebra.
Geralmente tiro minhas duvidas comparandotempos de volta: comparo o cara nos treinos com seu companheiro e com os de carros equivalentes. Pista molhada tambem separa os bons dos normais. Mas a carreira do Wilson foi curta.
No fim, lendo e relendo, continuo a achar que so erra quem tenta e eles tentaram. Ser uma familia doida ou ser um empreendedor estabanado nao é exclusividade deles. Mas a verdade é que o projeto custou muito caro, em vida e em alegria para eles e para os fãs.