terça-feira, 17 de julho de 2012

Mágicos























Que chance teria um piloto que enfrentasse uma máquina perfeita?

O Williams FW14B é um daqueles carros imbatíveis.

Que mudaram as regras da Fórmula 1.

O cenário é Hockenheim. 1992.

A superioridade dos carros de Frank Williams era gritante.

E Ayrton Senna teria que enfrentar os dois.

Nigel Mansell não teve pena.

No seu estilo.

Insano.

Atacou a McLaren sem piedade.

Senna valorizou cada centímetro.

O Leão buscou as zebras.

A grama.

Teria que ser assim para vencer.

Mas era disso que o inglês gostava.

De se colocar a beira do precipício.

Naquela situação mesmo a máquina infalível precisava de algo a mais.

Não estava enfrentando um inimigo qualquer.

Somente um piloto como Nigel Mansell para realizar o feito.

A lógica e a ciência estavam aliadas ao imponderável.

Tudo levado ao limite.

Por isso Mansell passou.

E logo ficou claro quão grande era aquele carro.

Com pista livre abriu vários segundos de vantagem.

Segundo ato.

Outra Williams se aproximou de Senna.

Deveria ser um replay.

Patrese vinha para coroar o dia da equipe.

Fazer a dobradinha.

Mas era Riccardo Patrese.

Um piloto mediano.

Não espere nada imprevisível de pilotos assim.

Isso era coisa dos imortais Mansell, Piquet...

Nomes gravados na história.

Com ferro.

Nas pistas a realidade precisa às vezes ser distorcida.

É aquele momento único.

Que fica gravado em nossas mentes.

O instante em que a mágica acha graça da telemetria.


18 comentários:

Por Dentro dos Boxes disse...

Corradi,

essa era a sutil diferença entre o piloto campeão e o piloto mediano...

excelente post..

abs...

Anônimo disse...

Neste dia la em casa, nós comemoramos esta rodada do Patrese como se fosse um gol numa final de campeonato, pois estávamos de saco cheio destas duas Williams!

Foi um 2° lugar comemorado com um gosto de vitória.

Mauro Santana
Curitiba-PR

Anônimo disse...

Ah... HOCKENHEIMRING...

Hoje em dia é algo como "roquenráin"... apenas uma corruptela do velho circuito!


um abraço,
Renato Breder

zamborlini disse...

interessante destacar a sinalização de senna a mansell, mostrando onde deveria passar. isso depois do mesmo cortar a chicane e ganhar velocidade.
mágico.

Marcelonso disse...

Senna fazia toda a diferença...


abs

Anônimo disse...

E as vezes tenho de ouvir de alguns recalcados que Senna não era o bicho. Dentro das pistas esse tal de Ayrton era o "cara". Guiava num misto de maestria e arrojo pleno. Fantástico.

Ricardo Piva.

Anônimo disse...

Riccardo Patético ficaria melhor!!

E como disse o Breder, hojé é só mais um tilkódromo. . .

Finalizando: e já se vão 2 décadas dos "carros de outro planeta"!

Zé Maria

Ron Groo disse...

Poético o post, sem dúvida.
Mas no velho Hocken um carro realmente melhor não tardaria a passar outro. Os pontos e a velocidade eram muitos.

O carro de Patrese nunca foi igual ao de Mansell em tempo algum.

em que pese que era Senna quem ia a frente, ainda assim, se os carros fossem iguais, teria passado.

Anônimo disse...

Pena que estragaram essa pista, mas fala verdade outro tipo de piloto teria mandado Senna para o espaço depois das duas mega fechadas que ele deu!

politicamente_incorreto disse...

Quando falo do Senna dá impressão que sou uma tiete do piloto. Mas não é isso não. Sou tiete é de pilotos perfeitos, acima da média, daqueles que todo santo dia tiram um coelho da cartola.
Não gostar do Senna, acha-lo messiânico, tarado,malufista, viado ou qualquer outro adjetivo pejorativo não vêm ao caso. O que vêm ao caso que comparar o Senna piloto com os defeitos e virtudes do Senna ser humano é desulpa esfarrapada para tentar denegrir ou difamar aquele cara que fez a diferença.
O outro dia o Corradi - que como eu também não viu o cara corrrendo - comentou que na galeria dos grandes o Clark estari ano patamar do Stewart ou Emerson.
Não concordo, pois tudo que lí e ouvi dos que tiveram o prazer de acompanhar alguams de suas corridas afirmam que o estilo dele com o do Senna era idêntico. só interessava a ponta e ganhar. uma máquina que não foi programada para se contentar com os degraus mais baixos, eram talentos intuitivos que não precisavam de regulamentos ou condições especiais para serem os melhores.
Eram os melhores em qualquer condição, dirigiam e dominavam de F-1 a aparador de grama.Por onde andaram foram vencedores e tal e qual sombra de mangueira nada se criava embaixo ou ao lado deles.
Para mim na categoria existem SENNA E CLARK em um nível acima de todos ed epois pilotos sensacionais como Piquet , Stewart, Brabham, Emerson etc, etc.

Rubem Rodriguez GOnzalez

Anônimo disse...

Nos dias de hoje o Senna seria punido por manobras ilegais mudando a traçado muitas vezes como mostra o vídeo. Onde o Senna muda de traçado varias vezes até mesmo na reta...

Cada dia essas regras ajudam mais pilotos medianos com carros bons visto que um piloto bom com carro inferior não pode usar seu talento para se defender!

Tem que dar passagem, deixar espaço para o outro carro e não pode usar a asa móvel somente quem vem atrás assim se favorece o carro e não o piloto. Pois quem tem mais carro vem mais rápido e passa e um Senna da vida nada pode fazer.

Para o "espetaculo" pode ser bom pois fica tudo mais parelho visto que a diferença entre os pilotos fica menor, mas para mostrar talento com carro inferior é complicado...

Marques disse...

Ótimo post Corradi. E sensacional a briga, essa rodada foi para coroar a disputa haha.

Felipe Playmobil disse...

Anonimo postando ?

Não tem moral, bota a cara !

Gênio e sem mais.

Verde disse...

"Hai visto come si fa"?

Manchete da Autosprint após esta corrida. Na capa, uma foto de Patrese rodopiando no Stadium após não conseguir ultrapassar Ayrton Senna.

Ayrton Senna sabia como fazia. E os italianos estavam loucos para tê-no na Ferrari em 1993. Por isso, a capa laudatória.

politicamente_incorreto disse...

Caro anonimo, primeiro dizer que amo anonimos. depois só posso te dizer uma coisa:
MIMIMIMIMIMI......


R...M R.......Z G......Z viu? também sou anonimo.....

Pedro Rebelo disse...

nesta altura era Senna vs Williams

Rodrigo Keke disse...

Patrese foi ridicularizado nessa batalha com o Senna. Não conseguiu passá-lo num circuito com tantos pontos de ultrapassagem, e com tamanha diferença de equipamento. E pra completar a caca, ainda rodou. O Senna fez o de sempre - lutou com todas as suas armas. E como as 'armas' dele não se encontram a venda em qualquer esquina, ficou difícil para o armamento comum do italiano.

Anônimo disse...

É impressionante aqui no Brasil sempre tem que aparecer alguém para dizer que a diferença entre um grande piloto e um piloto mediano é apenas o carro, que existem diferenças no equipamento. É sempre o mesmo blá blá blá.

Rafael Tenório