terça-feira, 21 de agosto de 2012

História























As declarações de nelsinho piquet (diminutivo mesmo) repercutiram mal.

Muito mal.

Tanto que o próprio veio a público tentar explicar o que queria dizer e tal.

O texto dele está aqui: só clicar .

Não podia ter sido pior.

Primeiro ele está equivocado quando fala da mídia brasileira.

No Brasil pouca gente comentou suas palavras.

O negócio foi lá fora.

A coisa tomou proporções mundiais.

E virou motivo de chacota.

Sempre com a pergunta.

"Quem esse cara pensa que é?"

No seu texto existem pérolas.

"Não foi por acaso que meu pai desenvolveu o aquecedor de pneus, a suspensão ativa,
aprimorou o motor turbo e criou várias outras soluções que todos conhecem."

Por partes.

Aquecedor de pneus.

Clique que tá tudo aqui .

Não tem nada a ver com Piquet.

E sim com a genialidade de Teddy Mayer que com esse recurso em 1974 ajudou
Emerson Fittipaldi a vencer no Canadá.

Motor Turbo.

A história está aqui é só clicar .

Com o herói esquecido Jean-Pierre Jabouille e a saga da Renault.

Ondo Piquet fez parte disso?

Suspensão ativa.

No início dos anos 90 o inacreditável projeto da Williams assombrou o mundo da
Fórmula 1.

Querendo ser a equipe líder em tecnologia montou um time perfeito que contava com
a genialidade de Adrian Newey.

A perfeição veio com o Williams FW15C.

O carro imbatível.

Desde 1988 Piquet já não tinha ligação nenhuma com a Williams.

Que fique claro.

Nelson Piquet foi um dos maiores pilotos de todos os tempos.

Inquestionável.

Merece todo o reconhecimento pelo o que fez nas pistas.

Para dizer isso eu não preciso diminuir Ayrton Senna ou qualquer outro piloto.

Nem inventar historinhas...

31 comentários:

Anderson Lopes disse...

Corradi, só uma consideração.

A suspensão ativa não teria sido feita primeiramente na Lotus, em 1987?

http://www.f1fanatic.co.uk/2007/05/17/banned-active-suspension/

http://www.youtube.com/watch?v=fTURKAhFBJA
http://www.youtube.com/watch?v=aP-I7DHBxls

Humberto Corradi disse...

Anderson Lopes

Houve tentativas da Lotus no início dos anos 80 até a época de Senna que você bem lembrou.

Mas quem fez realmente funcionar foi a Williams.

Boa!

Valeu.

Anderson Lopes disse...

É esse cenário mesmo Corradi que você desenhou, melhor explicação impossível.

Parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

Só uns pitacos...

* Quanto ao motor turbo, é verdade o que o Nelsinho Piquet falou se considerarmos apenas os motores BMW...

* Quanto à suspensão ativa, Nelson Piquet trabalhou, sim, no início do desenvolvimento dela, na Williams, em 1986/87... Diz a lenda que apenas Nelson Piquet trabalhava nela; Nigel Mansell preferia(?) não utilizá-la... acabaram retirando a suspensão ativa dos 2 carros (privilegiaria Piquet em detrimento de Mansell). Algo mais ou menos assim...


E, lendo a explicação de Nelsinho sobre o que teria dito de Emerson e Ayrton, achei até que não foi nada demais... ele poderia apenas não ter usado Fittipaldi e Senna como alvos para "defender" o paizão... ou então, falar melhor para não ter que falar 2 vezes... afinal, ele já lida com "a imprensa" há um tempão, certo?


um abraço,
Renato Breder

Danilo Candido disse...

Estas últimas semanas realmente estão recheadíssimas de bobagens...primeiro, o tal Barrichello e sua costumeira falta de noção. Agora, esse "piquetzinho" soltando falácias...
Faltou ele dizer ter sido o pai quem criou também as bases para a Arca de Noé...
Em muitas pessoas os fortes e implacáveis holofotes da mídia fazem muito mal. E em outras, a interrupção deste foco parace ter efeitos mais frtes ainda. Começam a soltar "asneiras", mentiras, fábulas, declarações infelizes...
Spa Francorchamps, venha logo, pelo amor de Deus...

Um abraço,
Danilo Candido.

Enio Peixoto disse...

A suspensão ativa foi desenvolvida pela Williams antes dos anos 90. Em 1987, depois de muitos quilometros de testes feitos por Piquet, o carro com suspensão ativa estreou no GP da Italia de 1987. Foi pole position e venceu a corrida. Depois disso, a Williams resolver não correr mais com este carro, "para dar aos 2 pilotos chances iguais nas 2 últimas corridas do ano". Porque Mansell não devia ter participado dos testes de desenvolvimento e ficaria e poderia ficar em desvantagem.
A Williams voltou a usar carro com suspensão ativa em algumas corridas de 1988.
A Lotus também usou carro com suspensão ativa em 1987.

Ituano Voador disse...

Bom, nem lá nem cá, certo? É verdade que Piquet não criou o aquecimento de pneus, mas desenvolveu o método de aquecimento com manta elétrica - muito mais prático e eficiente do que montar um forno nos boxes. Ele não criou o método, mas desenvolveu a idéia em um patamar que ainda hoje é considerado ideal.
Quanto à suspensão ativa, também não foi ele o pioneiro, visto que a Lotus testava o sistema desde 83/84, salvo engano. Mas ele foi o que desenvolveu melhor o sistema na época, até vencer na Itália/87. E é sabido porque a Williams deixou de desenvolver o sistema em 87, até ser retomado por Newey em 90.
Além disso, Piquet desenvolveu o controle interno de distribuição de frenagem e o controle da barra estabilizadora, essas duas idéias dele que foram abraçadas junto com Gordon Murray. E isso, sem contar o pit stop programado, como tática de corrida, patente da dupla Piquet/Murray.
Conforme foi dito, para enaltecer ou defender algum piloto, não é necessário diminuir os demais, e isso vale também para o Piquet, eu penso.

Humberto Corradi disse...

Testar durabilidade de equipamento não é desenvolver e muito menos inventar.

Ficar dando voltas na pista todos os pilotos fazem no início do ano.

Não comparem com o que Teddy Mayer, Jabouille/Renault e o time da Williams fizeram dentro da Fórmula 1.

Isso seria uma grande injustiça.

Anônimo disse...

Me desculpe, Corradi...

'Testar a durabilidade de equipamento' pode ser, e usualmente é, uma etapa importante de mu projeto, ou de seu desenvolvimento.

O componente a ser testado é montado no carro. O piloto vai para a pista e anda - dá voltas na pista - até que a falha ocorra. Dados são coletados e re-introduzidos no projeto/cálculos (feedback). Uma modificação/otimização é efetuada e o componente, devidamente alterado, é montado no carro. O piloto vai para a pista... etc...

É um processo ITERATIVO (não confunda com interativo!). O resultado de um teste pode ser (é) usado como ponto de partida para o teste seguinte. É um processo de otimização. Isso faz parte das etapas finais de um projeto... uma espécie de acabamento, por assim dizer...

É claro, que isso NÃO É concepção nem o projeto como um todo... mas faz parte.

Todo esse processo, no entanto, pode ser efetuado em algo que não seja original, ou inédito. Vide Nelson Piquet e s motores turbo da BMW. Foi um trabalho de desenvolvimento de projeto, mas não foi uma inovação... a Renault chegou primeiro...


um abraço,
Renato Breder

Humberto Corradi disse...

Breder

Concordo com você.

E não podemos esquecer de Patrese também então.

Quem estava desenvolvendo o motor era a BMW que pegava os dados e avaliava.

O que eu acho demais é ficar exaltando que o PILOTO "desenvolveu" o motor.

Piquet foi TRICAMPEÃO mundial. Não precisa dessas coisas pra ser considerado grande.

Valeu

IK disse...

"O negócio foi lá fora.
A coisa tomou proporções mundiais."

Esse comentario achei estranho, porque aqui na Inglaterra nao vi sequer um comentario sobre a entervista do Nelsinho - que foi dada a jornalistas brasileiros... sei nao... moving on.

Paulo Heidenreich Jr disse...

Eu acho desnecessário ficar discutindo quem é o pai da bezerra.
Achei importante a coluna escrita pelo Nelsinho, principalmente no que diz respeito a voltar atrás e reconhecer a importância do trabalhos dos seus antecessores.
Eu, como já disse em um post anterior, gosto muito de acompanhar o Nelsinho e o Paludo na Nascar, espero sinceramente que depois dessas declarações ele aprenda ainda mais, que antes de falar qualquer coisa deve-se sempre pensar um pouquinho antes.
Uma coisa eu concordo com ele, na imprensa brasileira tem muita gente querendo ver o circo pegar fogo.

Humberto Corradi disse...

Ik

A coisa repercutiu sim. Li sobre suas declarações (Senna, Fittipaldi e a atual dupla da Lotus) em sites e Blogs italianos, espanhois, alemães e ingleses.

Dois motivos:

As férias da f1 onde faltam notícias.

E por nelsinho ser uma figura mundialmente conhecida.

E os comentários e opiniões não foram bons.

Valeu

Anônimo disse...

Corradi,

de novo eu... não resisti...

É claro! A BMW concebeu seu motor turbo e o desenvolveu... FATO!!

Mas creio que o corpo técnico da BMW preferia o feedback de Nelson Piquet ao de Riccardo Patrese...

Em 1982, quando no início da temporada os motores BMW não se saíram muito bem, a Brabham voltou a usar os Ford Cosworth... mas só no carro de Patrese! Piquet continuou "desenvolvendo" (hehehe) o BMW turbo...

Mas, é como você disse e eu reafirmei aqui: Piquet foi usado pela BMW para desenvolver seu motor turbo, um "conceito" já introduzido anteriormente pela Renault na F1...

Acho que a gente tá falando a mesma coisa, né?

mais um abraço,
Renato Breder

Speeder76 disse...

Não se importam que meta o bedelho numa coisa? É na parte da suspensão ativa. Quem teve a ideia foi o Colin Chapman, em meados de 1982, pois queria usá-lo como acabou por ser usado: em conjunto com o motor Turbo, que tinha feito um acordo com a Renault a partir de 1983.

O primeiro teste teria acontecido no dia em que Chapman morreu, a 14 de dezembro, e o conceito ficou guardado, mas não esquecido. Tanto mais que quatro anos e meio depois, Williams e Lotus o usaram, com Piquet a desenvolver o sistema da Williams e Senna o da Lotus.

Ron Groo disse...

Pois é... Detonam Felipe Massa, mas ao menos, dos últimos pilotos que tivemos é o que menos peca pela boca grande...

Anônimo disse...



A suspensão ativa vem da Tyrell 010 que testou a suspensão em 1981 se não me falha a memória.

A Williams de Mansel e Piquet também usaram a supensão ativa em 86 e 87 assim como a Lotus de Ayrton Senna. Na Williams foi o Piquet o piloto responsável por ajudar a desenvolver a suspensão.

Depois de 87 a suspensão foi deixada de lado retornando em 92 onde foi usada pela Williams e posteriormente pela Mclaren ainda em 92 e 93 apesar do projeto da Williams ser melhor desenvolvido pois a equipe já tinha usado nos anos 80.

Tem soluções que se chega por lógica então varias pessoas chegam nela sem saber que outro já pensou antes. No Design de produto quando pensamos em uma solução a primeira coisa a fazer é ver se alguém já não pensou nisso antes...

O Piquet passou a usar os cobertores elétricos no carro inteiro e nos pneus quando estava na F3 e não na F1.

Sandro Auzani disse...

Como o proprio piquesinho disse que a imprensa estava interpretando mal o que ele disse, farei a minha interpretação da sua pérola.
Piquet não criou nada mas desenvolveu. Aquecedor de pneus estava esquecido e ele foi o responsável peloseu retorno, como foi também um dos responsáveis pelo retorno do reabastecimento nas corridas. Suspenção ativa ele não criou, mas e 87 ele ajudou a desenvolver e foi o primeiro piloto da Willians a ganhar corrida com ela (issoo próprio conta a histórica entrevista no Roda Viva um dia após a morte do Senna). Motor turbo também não foi ele que introdusiu na F1 mas foi ele o primeiro campeão com um motor destes. Piquet tem muitas histórias boas na F1 coisa que o piquesinho tem só uma e não é das melhores.
Acho que ele deve continuar a tentar fazer sua história na Nascar, devo parabeniza-lo pela sua vitória em Michigan, lembrou muito o pai e o próprio Emerson. Usou a cabeça, não se desesperou quando deu uma rodada, e usou brilhantemente a tática de economizar combustível. Tomara ue ele seja lembrado daqui pra frente por isso e não por suas entrevistas.

Anônimo disse...

Ele só disse que o Nelson "desenvolveu" o aquecedor de pneus e suspenção ativa e "aprimorou" o motor turbo, só se desenvolve e aprimora algo que já existe, nunca falou que foi ele que inventou as geringonças mesmo porque quem inventa é inventor e ele foi piloto.
Que pressão, deixa os Piquet em paz.
Backes.

Rafael Schelb disse...

Eu acho que o cerne dessa discussão não é que o Emerson, o Piquet e o Senna fizeram ou deixaram de fazer na Fórmula 1. Independente de qualquer coisa, da genialidade dos três, o fato é que o Nelsinho falou merda, tentou corrigir, e se saiu mal... Na boa, se o Nelsão tivesse dado umas boas chineladas nesse moleque quando ele era criança, talvez ele se comportasse melhor hoje em dia...

Carlos Del Valle disse...

É importante deixar claro que a primeira VITÓRIA de um carro com suspensão ativa na F1 foi de SENNA com a Lotus amarela em DETROIT 1987. Ele ganhou Mônaco 1987 também. Porém o sistema acrescentava 25kg de peso ao carro. A vitória de Piquet em Monza foi a primeira da Williams, e a terceira na F1 com suspensão ativa.

Anônimo disse...

Corradi,

Interessante isso, mas tirar a autoria de Piquet pai essas inovações soa como diminuir ele para detonar as declarações do filho. Cada um com seus problemas. E, de mais a mais, uma coisa é verdade: Emerson vive de publicidade alheia.

Saudações tricolores.

Rodrigo - Porto Alegre

Abraço.

L.A.Pandini disse...

Corradi,

Sobre aquecimentos: há fotos dos pneus da McLaren aquecidos por cobertores no GP do Canadá de 1974. De Piquet pai, há uma entrevista à Playboy, no começo de 1988, onde ele conta algo como "No meu tempo de F3, todo mundo aquecia os pneus. Eu aquecia o carro inteirinho. Cobria-o por inteiro." Embora entre aspas, não é a declaração literal que está na revista. E, de qualquer maneira, aquecer o carro por inteiro não é algo que veio a ser imitado depois. Nem sequer foi repetido pelo próprio Nelson.

Suspensão ativa: a Lotus testou-a no Rio, no começo de 1983, e usou-a em corrida em 1987.

E motor turbo é o que você escreveu: Renault e Jabouille tiveram muitas corridas arruinadas por motores estragados. Quando conseguiram fazer a coisa funcionar, todo mundo tratou de correr atrás do seu turbo.

Nelsinho tem a língua tão solta quanto a do pai. Só não tem o mesmo cacife para falar o que pensa, mesmo que seja uma grande bobagem.

Abraços! (LAP)

Humberto Corradi disse...

Pandini

Excelente contribuição.

Só acho que não precisa desmerecer outros pilotos e nem inventar "super-qualidades" do pai.

A história de Nelson Piquet é muito maior que isso.

O muro de Cingapura mosrou quem é esse rapazinho.

Valeu

Pedro disse...

Parabéns pelo Blog, realmente quem introduziu o aquecimento de pneus foi a Mclaren em 1974, mas o Piquet alguns anos depois modificou um é a gás e outro é elétrico. Por isto o Piquet inovou na F3, alguns anos depois, copiou é verdade, mas aperfeiçoou, aliás isto também ocorreu com os pit stop foram copiados de corridas americanas vistas pelo Piquet e pelo Muray, como ocorreu com o Brabham ventilador copiado dos chaparral americanos, quanto ao motor turbo em 1983 sem comentário, o pessoal da Renault deve estar chocado, aliás será que não é uma vingança do Nelsinho contra a Renault que ele processou, já a suspensão ativa, o Piquet não conseguiu desenvolvê-lo, porque os soft da época eram pouco potentes, por isto as Williams só iriam bem em pistas bem lisas como foi Monza, nas outras provas a Williams desistiu porque havia ondulação no asfalto, Piquet chegou a dizer que foi uma forma de não favorecer Mansell, que era por contrato o n2, eu cheguei a acreditar nesta versão mas em 1988 a Williams usou a suspensão ativa e foi um fiasco provando que o Patrick Head tinha falado a verdade, a susp. ativa da Williams não estava bem desenvolvida. As Williams só voltaram a ficar boa na suspensão ativa quando contrataram o Adrian Newey que fez um trabalho de pista muito bom com os March em 1990 com suspensão ativa, e com a ajuda da estrutura superior da Williams mais os soft mais potentes de 1992, mais o ótimo engenheiro Paddy Lowe, revolucionaram a F1. A suspensão ativa da Lotus de Senna também funcionou bem e era na época mais desenvovida que a de Piquet, por isto ele correu todo ano de 87 com esta suspensão, ela aceitava melhor as ondulações do asfalto, mas esta suspensão tinha um defeito grave era pesada (pesava o dobro da Williams) como falou o leitor e também consumia muito combustível, e tirava muita potência do motor, uns 40 cavalos, algo que a suspensão da Williams não tinha este problema, já que pesava só 12 kgs e tirava 20 cavalos do motor. A diferença é muito simples a da Lotus tinha amortecedor e o da Williams não tinha...o amortecedor só atrapalhava, mas deixava a suspensão mais confiável.

Leandro disse...

Quem desenvolve os carros não são os pilotos e sim os engenheiros, se o engenheiro é bom tem um bom desenvolvimento, já que a base e os conceitos são bons. Como a telemetria que já existia na década 80 é fácil tirar conclusões, com o túnel de vento também...basta o piloto ter regularidade nos testes de pista, mas é muito importante ter boa estrutura, exemplo a Brabham BT55 do Gordon Muray foi um fracasso em 1986, principalmente por causa do câmbio problemático e um pouco o Motor inclinado, mas o Gordon conseguiu colocar todos estes conceitos no Mclaren mp4-4 em 1988, graças a maior estrutura da Mclaren...o mesmo ocorreu com as March de 1990 com sua suspensão ativa, elas só funcionaram quando o Newey saiu da March e foi para a Williams, uma equipe mais bem estruturada, mas o grande mentor intelectual da suspensão ativa se chama Patty Lowe, ele é um gênio da eletrônica, ele foi contratado a peso de ouro pela Mclaren em 1993. A própria Lotus (endividada pelas falcatruas de Colin Chapman) tinha uma estrutura média e tinha dificuldade de desenvolver a suspensão ativa. O importante era ter estrutura e na década de 90 quem tinha era a Ferrari, Benetton, Williams e Mclaren. O Piquet é um grande piloto mas o que fez na Lotus? E a culpa não é do Piquet e nem do Ducarouge, a culpa é da falta de recursos, dinheiro, de engenheiros da Lotus, Piquet com toda a sua experiência não conseguiu desenvolver a Lotus 100T e nem 101T, tudo porque o desenvolvimento é lento, aonde uma Mclaren ou Ferrari demora 3 meses de desenvolvimento, uma Williams vai demorar 4 meses, uma Benetton 6 meses, já a Lotus demora 12 meses. Por isto o Piquet deu certo na Brabham em 81 e 83 graças a fibra de carbono de seu chassis (só a Mclaren, Brabham e Ferrari tinham), os melhores pneus (Michelin), um ótimo projetista, freios inéditos de fibra de carbono, tudo isto fez Piquet fazer um bom trabalho na Brabham...

Alberi disse...

O primeiro carro a vencer com suspensão ativa foi o Lotus em Mônaco em 1987, é verdade que o sistema de s. ativa dos Lotus eram pesados e tiravam muita potência do motor. Já o Sistema da Williams era mais leve, mas tinha vários defeitos entre 1986 e 1987 o sistema não tinha barras estabilizadoras, no seu lugar usava molas a gás controlado mecanicamente através de óleo (em 1991 passou a ser eletrônico), a medida que havia mais pressão aerodinâmica uma bomba injetava óleo no sistema. O sistema não era confiável, várias vezes o carro em testes pegou fogo com o vazamento hidráulico, o mais famoso foi em um teste em Silverstone. Na realidade o sistema se forçado (ondulações de pista) costuma a dar problemas, Piquet venceu em fins de 1987 em Monza por causa da pista muito lisa e com poucas curvas. Mas na Espanha Piquet correu com o sistema e ele era 1,0 segundo mais rápido que o Mansell (sem suspensão ativa), mas na corrida Piquet acabou tendo problemas de vazamento. Faltando 3 provas para o final do campeonato. O título estava sendo disputado por Piquet, Senna e Mansell. Patrick Head resolveu proibir o uso da suspensão ativa na Williams, pois sabia que a s. ativa da Lotus era mais confiável que o da Williams, ainda mais que as 3 últimas pistas eram cheias de curvas e onduladas. E ele acertou, a Williams conseguiu ser campeã em 87. Em 1988 ele usou de novo a S.A. nas Williams-Judd, e foi muito mal, uma das causas foi o motor Judd que esquentava muito o óleo, prejudicando a S.A., em Silverstone Patrick Head resolveu tirar a S.A. da Williams definitivamente e o carro melhorou bastante. Aí veio 1991, as S.A. estavam bem mais evoluídas com soft potentes, com barras estabilizadoras controladas eletronicamentes, a aerodinâmica do Adrian Newey foi feita em função da S.A. mas o mais importante foi a bateria de testes feitas em 1991, o piloto de teste andou 10 vezes mais do que Piquet andou em 86/87, o carro estava perfeito em qualquer pista...Head concluiu agora da para usar no Williams FW14 de 1992. Piquet não teve culpa do fracasso da suspensão ativa era um sistema muito difícil de se desenvolver. Só um engenheiro brilhante como Paddy Lowe para fazer estas geringonça funcionar. Demorou mais de 10 anos para dar certo.

Aneci disse...

A suspensão ativa tanto da Williams de Piquet como da Lotus de Senna foram um desastre e nunca funcionaram direito...porque eram hidráulicas...na realidade só agora 2013 mais de 25 anos depois estão começando a se tornar competitivas, com o uso de novos materiais e novo óleo e bomba... este é o segredo da Lotus 2013, não há nenhuma vantagem de desempenho exceto nos desgaste de pneus. Aquela suspensão ativa da Williams 92 é bem diferente ela é eletrônica e foi proibida porque tinha alto custo além de ser perigosa, como ocorreu o acidente da Ferrari de Berger em 1993...ou seja, a suspensão simplesmente desobedecia ao comando do carro.

Marcio disse...

O engenheiro e piloto Thierry Boutsen diz que foi ele que desenvolveu a suspensão ativa...em quem eu vou acreditar? No Piquet ou no Boutsen.

Leandro disse...

Acompanho F1 desde 1982 e sim, Piquet desenvolveu a suspensão inteligente porque ele tinha capacidade para isto.
Senna foi excelente piloto, mas não era um desenvolvedor de carros. Nesse ponto cobrava muito dos engenheiros.

Diego disse...

Como pode dizer algo assim Leandro se baseando em achismos ao dizer que Senna não era um excelente acertador de carros?

Alex Hawkidge, Bernard Dudot, Gerard Ducarouge, Gordon Murray, Herbie Blash, Peter Warr e outros mais engenheiros de equipes, pneus e motores falam justamente o contrario do que você afirma, ou seja: Que Senna sim era um excelente acertador de carros.