quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Rascunho
O acidente de Jules Bianchi, o mercado de pilotos, os problemas financeiros das
escuderias menores.
São muitas as distrações.
Na mente das pessoas a disputa do título ficou em segundo plano.
Neste cenário turbulento é até estranho falar na entrada de novas equipes.
Mas Gene Haas segue firme no seu propósito.
Apoiado pela Ferrari, claro.
O mercado estaduniense é muito precioso.
Posso adiantar que existe o consenso que um dos pilotos será americano.
Não um nome qualquer.
A busca é por alguém que o povo americano considere um herói.
Façam suas apostas.
A chegada de Adam Jacobs também é um sinal.
O homem que gerenciava todos os acordos da Budweiser dentro da NASCAR vai
comandar a parte de marketing da equipe.
A Force India quitou suas dívidas com a Mercedes no limite da tolerância.
A ameaça dos alemães ajudou.
O pessoal de Stuttgart fez crer que deixaria Nico Hulkenberg e Sergio Perez sem
motores em Austin caso o dinheiro não fosse depositado.
Funcionou.
Interessante.
A Lotus deverá continuar com o apoio da petrolífera francesa Total.
Apesar da mudança para o motor Mercedes (e do uso do combustível da Petronas).
O lance pode facilitar a permanência de Romain Grosjean para 2015.
Neste caso é legal lembrar de um post de agosto sobre os contratos da Fórmula 1.
Clique aqui.
A notícia que Marcus Ericsson negocia com quatro escuderias não deve surpreender
os frequentadores do Blog.
Há 15 milhões (Euros) de razões para isso estar acontecendo.
Outro dia escrevi que a parceria (ou dependência) com as equipes maiores pode
ser a única solução para a sobrevivência dos times menores.
Quando olho o custo anual médio de 100 milhões de euros / ano para uma
escuderia se manter na categoria máxima do automobilismo, aumento minhas
certezas.
Isso sem falar nos salários do pilotos (que não está na conta).
Veja o exemplo da Williams.
Patrocinada pela Martini (12 milhões de euros / ano), a seguradora Genworth,
Petrobras (10 milhões euros / ano) e o Banco do Brasil, mais o acordo com a
PDVSA (15 milhões / euros).
Aparecem as perguntas.
Como Frank Williams conseguiria fechar a temporada sem a complacência da
Mercedes?
Neste cenário, Valtteri Bottas possui o direito de ultrapassar as flechas de prata
na pista?
Postado por
Humberto Corradi
às
08:38
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Assinar:
Postar comentários (Atom)
10 comentários:
Sobre o piloto americano Corradi, qual "herói" arriscaria a fama em uma equipe nova?
Talvez um herói em fim de carreira com um sonho antigo. Bela sacada Corradi, eu bem que achava estranho o 'ba-bo-ttas' não conseguir passar, mesmo tendo carro mais veloz em algumas retas, mas nunca me atentei para essa possibilidade. O Massinha talvez ultrapassaria se tivesse chance, mas não consegue mesmo. É o pior piloto do grid nesse quesito! Efeito Perez?
Wille e Tat escreveram a história da nossa marca.
Tradicao e qualidade sao a base da nossa reputacao.
Um nome certo de piloto herói por lá é o #88 Dale Earnhardt Jr...mas a idade pesa né....e quem se arriscaria né?
"Neste cenário, Valtteri Bottas possui o direito de ultrapassar as flechas de prata na pista?"
É nesse ponto que tudo ameaça não fazer mais sentido...
Abs
O mercado dos E.U. sempre foi cobiçado pelo Bernie, e sempre se manteve inacessível, e aquela triste "corrida" de 2005 não contribuiu em nada para aumentar a popularidade da categoria por lá.
Claro que o Ecclestone sonha com os bilhões do mercado estadunidense, e seria importante ele conseguir um piloto apreciado pelo público de lá. Isso não é simples; poucos pilotos estadunidenses tiveram êxito na F1; alguns tiveram fracassos retumbantes e atuações vexatórias. E mesmo que achem um bom piloto, apreciado pelos seus conterrâneos, e que além de tudo, se adapte e tenha sucesso na categoria europeia, é duvidoso que a F1 realmente se torne um sucesso por lá. Eles tem sua própria cultura, adoram circuitos ovais, principalmente a Nascar - Vejam que nem mesmo a categoria de monopostos de lá, a Indy, é a mais popular - e são refratários a mudanças e novos conceitos nessa área.
Tudo é possível, mas particularmente, não acredito que a F1 finalmente emplaque por lá.
Muito bonita a ilustração da Mercedes, acima.
A F1 tem ainda um fator complicado para ser vencido nos EUA.
Chama-se fuso horário.
Quando morei por lá (Costa Oeste), algumas corridas da fase Europeia/ Asiática acontecia na madrugada (entre 3 e 7h da madruga).
É diferente quando acontece as 9h da manhã no Domingo, ou 2h da tarde.
Isto o Bernie não consegue resolver (eu acho!?).
Quando ao piloto Americano, tenho alguns palpites...
- Dale Jr.
- Jeff Gordon
Mas com estes a idade e o sucesso na NASCAR pesam a mudança
- Marco Andretti
O Vô é idolo em todos os lugares, o pai é idolo por lá e fez feio na F1.
É relativamente novo e não tem tanto sucesso na Indy, pode ser uma saída.
E, sempre tem, a Danica que não anda muito, mas faz um marketing enorme.
Como o carro deve começar lá pelo fim, o piloto não pode ter muitas aspirações, pode ser uma boa sacada nos primeiros anos.
A conferir.
Corradi, seria o Ryan Hunter Reay ???
Abraço
David
Por isso que acho que para esse "projeto" de reestruturação da Williams dar certo e ter resultados de vitórias nas pistas a equipe tem que mudar o tipo de parceria que tem com a Mercedes. Tem que virar equipe oficial deles, estilo Mclaren/Honda. Se não, não adianta, sempre vai estar atrás, de um jeito ou de outro.
Esse herói só pode ser o Rossi! Um cara que começa o ano ligado à F1 ns equipe que no meio do ano é vendida e depois fica sem dono, acaba demitido, arruma vaga em outra e, quando finalmente tem a chance de andar, essa equipe também vai pro vinagre, certamente merece ser considerado um HERÓI, não?
Postar um comentário