quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ascari























Uma lenda para o automobilismo italiano.

Antonio Ascari foi companheiro de equipe de Enzo Ferrari na Alfa Romeo durante
os anos 20.

Juntos correram na lendária Targa Florio.

Ascari era seu amigo.

E foi ouvindo seus conselhos que o jovem Enzo começou a ter sucesso nos negócios.

A semente que montaria o império que todos nós conhecemos.

Uma pena que Ascari não tenha visto nada disso.

Mas o favor não foi esquecido.

Nem o amigo.

Antonio era um ótimo piloto.

Obteve vitórias em Monza e na corrida inaugural do circuito belga de Spa-Francorchamps.

Porém em 1925 perderia a vida num acidente no circuito francês de Montlhery, já bem
conhecido do pessoal que visita o Blog.

Antonio tinha 36 anos.

Quinze anos depois seu filho Alberto Ascari vai para Mille Miglia a bordo de um carro
construído pelo ex-companheiro de equipe e amigo de seu pai.

Em 1953 Alberto já era bicampeão mundial de Fórmula 1.

Pela Ferrari.

Um piloto tão surpreendente que trazia dúvidas aos seu pares na pergunta de quem
era o melhor.

Ele ou Fangio?

No entanto apenas dois anos depois o destino lhe pregaria uma peça.

Mas não sem aviso.

Tudo aconteceu após ter sobrevivido ao espetacular acidente em Mônaco em que
seu carro mergulhou no Mar Mediterrâneo .

Era a temporada de 1955.

Ele foi até Monza ajudar seu jovem colega Castellotti a regular a Ferrari para a
prova dos 1000 km daquele ano.

Ascari nem levou seu capacete.

Foi de terno e gravata.

Não pensava em pilotar.

Porém ele não resistiu.

Arrumou um capacete emprestado e partiu para a pista.

Duas vezes ele passou pelo box com sua gravata dançando com vento.

E foi só.

Alberto tinha 36 anos.

A mesma idade de seu pai quando perdeu a vida 30 anos antes.

4 comentários:

Anônimo disse...

Alberto Ascari era supersticioso e, por isso mesmo, usava sempre seu capacete da sorte. Era um capacete azul-claro, como aquele da primeira foto do post.

Algumas pessoas sugerem que, uma das causas do acidente de Alberto em Monza, teria sido o fato dele não estar usando seu 'capacete da sorte'... tá bom, viu?

Antonio teria dito: "Sou rígido com meus filhos. Não quero que se apeguem a mim, já que posso não voltar para casa algum dia"

Mais algumas imagens de Antonio e Alberto:

* 1925 Antonio Ascari, Alfa Romeo P2, Spa-Francorchamps:
http://i29.tinypic.com/30wmbsw.jpg
http://gptotal.com.br/wp-content/uploads/2011/08/Ascari_Interna-e1314361912484.jpg

* 1925 Antonio Ascari, Alfa Romeo P2, Montlhéry:
http://www.uniquecarsandparts.com.au/images/history/drivers/Ascari/ascari6.jpg
http://i2.8000vueltas.com/2010/04/ascari19-1.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_501KYmW5HIc/S7oibeS_sGI/AAAAAAAABOw/8S5Whw9k1eo/s1600/Fr+25+antonio+ascari+fatal.jpg
http://i28.tinypic.com/10qkm6s.jpg
http://i26.tinypic.com/2mydu6h.jpg

* 1955 Alberto Ascari, Ferrari 750 Monza, Monza:
http://i29.tinypic.com/286zcqt.jpg
http://en.espnf1.com/PICTURES/CMS/5300/5309.jpg

E ainda:
http://www.uniquecarsandparts.com.au/race_drivers_antonio_ascari.htm


um abraço,
Renato Breder

PS: a segunda foto do post é do GP da França de 1952?

Ron Groo disse...

Dois dos melhores que passaram pela terra.
Belo texto.

Rui Amaral Jr disse...

Ciccio e a bela D50, logo depois cairia no mar...

Joel Gayeski disse...

Morrer com a idade do pai, isso não foi coincidência...