quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Enrique Mansilla

























Duas imagens.

Duas figuras.

Ayrton Senna e Enrique Mansilla.

Dois caminhos completamente diferentes.

Companheiros de equipe na Fórmula Ford em 1981.

"Ele era melhor, mas nenhum dos dois entregava a posição..."

Mansilla lembra com carinho de ter vencido o brasileiro em Caldwell Park.

A briga era boa.

Dura.

Mansilla chegou a testar na Fórmula 1.

Pela McLaren.

Mas aí aconteceu algo inesperado.

Veio a Guerra das Malvinas.

E as portas se fecharam para o argentino.

Conseguiu ainda vencer na Fórmula 3.

Mas no pódio a bandeira do seu país não foi hasteada.

Estava em território inimigo.

Foi uma decepção não continuar na Europa por motivos alheios à
sua vontade.

O jeito foi ir para os Estados Unidos.

Cruzou o oceano para tentar salvar sua carreira no asfalto.

Primeiro foi a Can-Am e depois a Indy.

E fim.

Depois da aposentadoria nas pistas, virou uma espécie de caçador de diamantes
na África.

Isso mesmo.

Com muitas aventuras.

Na Libéria, em meio a uma guerra civil, foi sequestrado por 5 meses.

Porém suas melhores lembranças estão em seu tempo de piloto.

Confessa sem hesitar.

Em especial guarda com carinho na memória a temporada de 1985.

Quando alinhou com AJ Foyt, Mario Andretti e Emerson Fittipaldi.

Não há diamante que se compare.

"Foi inesquecível."

10 comentários:

Danilo Candido disse...

Ele e Senna eram "mui amigos":

http://farm4.staticflickr.com/3058/2695435366_8f358b01ce_z.jpg?zz=1

Um abraço,
Danilo Candido.

Anônimo disse...

O velho chavão faz todo o sentido:

"Pessoa certa, no lugar certo, no momento certo", assim funciona... basta um elo desta corrente falhar e já era...

Esse é um ótimo enredo para um livro/filme... por certo, há inúmeras outras histórias como essa por aí...


um abraço,
Renato Breder

Juanh disse...

Mansilla era un gran piloto, desperdiciado por la estúpida guerra de Malvinas y por falta de apoyo. Un caso similar al de Oscar Larrauri.
Abrazos!

G. Geremia disse...

não sei que significado isto tem, mas bem interessante na foto é o macacão recheado de patrocínios do argentino, enquanto o brasileiro apresentava só uma bandeira do Brasil...

marcus disse...

Se não me engano correram juntos na Van Dimmen (acho que esta escrito certo), eram destruidores de carros por causa dessa louca disputa pelas melhores posições.

TW disse...

Foi o primeiro grande rival de Senna. e o primeiro desafeto também, apesar de terem sido companheiros. Uma prévia do que viria anos depois? Quem sabe.

Contei um pouco da rivalidade aqui: http://motorizzados.blogspot.com.br/2012/01/o-inicio-na-formula-ford-1600-e-1.html

E aqui:http://motorizzados.blogspot.com.br/2012/01/titulo-na-formula-ford-1600-e-talento.html

Tohmé disse...

Também temos que lembrar do Benamo. Grande cara.

walter disse...

No Brasil, não enxergamos o impacto da Guerra das Malvinas.

Além da tragédia humana, dos soldados mortos, ela acabou com carreiras consagradas, como a de Reutemann, e com carreiras brilhantes, como as de Mansilla e de Larrauri, como bem disse o Juahn.

Gustavo Siqueira disse...

Essa histórias são espetaculares, Corradi!

Vico disse...

Um ótimo exemplo do que uma besteira ideológica (Argentina x Reino Unido) pode levar. Guerra, e o desperdício de um talento.