O piloto italiano que largou 208 vezes na Fórmula 1.
Nunca venceu.
Nunca pilotou pela Ferrari.
Andrea de Cesaris é lembrado por coisas assim.
Era conhecido pelo apelido: Crasheris.
Vinha da fama adquirida em seus primeiros anos da Fórmula 1.
Já tinha nome.
Ron Dennis o conhecia da Fórmula 2.
No seu começo no Kart alcançou o título mundial.
Mas sua passagem pela McLaren foi um desastre.
Um não, vários...
14 Carros quebrados.
Os mecânicos, irritados, chegaram a recusar fazer os reparos.
Um piloto jovem que desabou sob pressão.
Mas sua trajetória na categoria estava garantida.
Sua família possuía contatos interessantíssimos.
E o homem que respondia pela Marlboro era o melhor amigo de seu pai.
Assim se passaram 14 anos.
10 equipes.
Andrea era um italiano nevoso.
Certa vez em Mônaco por pouco não desceu do carro para enfiar a mão na
cara de Piquet após um acidente.
Quando colocou a cabeça no lugar já era tarde.
Seu tempo havia terminado.
Em Spa-Francorchamps um jovem Michael Schumacher conseguiu provar isso.
A equipe Jordan questionou o piloto romano.
Sua situação havia ficado desconfortável.
Parecia o final de um casamento.
Onde a paixão apenas não era mais suficiente.
Paixão mostrada em desenhos que apresentava aos engenheiros.
Buscando soluções.
Eram como cartões para a amada.
Porém todos sabemos que é preciso atitudes e postura para se manter
uma relação.
Resultados.
Ninguém vive de promessas.
O amadurecimento veio.
Mas a Fórmula 1 já não o queria em sua casa.
A história havia chegado ao fim.
Aposentado das pistas, Andrea de Cesaris foi para a praia.
E abraçou as ondas e o Windsurf.
Sem compromisso, claro!
Seu verdadeiro amor estava perdido no passado.
13 comentários:
Também conhecido como Adrea de Crasheris...
Um dos momentos bacanas dele, foi ter subido ao pódio no GP da África do Sul de 1983, junto com o Piquet e o Patrese.
http://www.youtube.com/watch?v=TcjignQyw3M
Mauro Santana
Curitiba-PR
se corresse hoje tava banido do esporte já...rsrsrsrs
Suya definição foi perfeita, quando se aquietou e andou bem, mas era tarde demais.
Lembro de um porrão monstro que ele escalou um barranco e saiu capotando. Não lembro a pista!
Ah Andrea... rápido, as vezes muito rápido, mas incapaz de sustentar alguma regularidade. Como René Arnoux, só que ao quadrado, acumulou acidentes, chassis destruídos, mais acidentes... em uma época onde a morte rondava a espreita, foi sortudo de nunca ter se quebrado com tantas pancadas no currículo.
E não sabia dessa do Windsurf. Legal :D
Ninguém devia dar porrada, pois este naum é o esporte. Mas esse é o de Cesaris: http://www.youtube.com/watch?v=ssAFmG81oqo
o capotäo no barranco enlameado foi no österreichring - zeltweg por afeicäo.
o terreno encharcado salvou-o de qualquer ferimento, saiu andando.
fernando
um piloto rápido mas sem ser regular... e proporcionou acidentes de todos os tipos... mas era gente boa...
abs...
E mais números do italiano...
Era 'mestre' em abandonar os GPs, quer seja por acidentes, quer seja por 'forçar' demais a máquina...
Andrea de Cesaris, em 1986 e 1987 atingiu o auge:
* 1986: dos 16 GPs da temporada, não se qualificou em 1 (Mônaco). Dos outros 15, em que largou, abandonou em 14 deles.
* 1987: desempenho semelhante. 16 GPs na temporada, abandonou 14. Na Austrália terminou em 8o, mas a 4 voltas do vencedor porque deu uma rodada... E seu grande momento foi o 3o lugar no GP da Bélgica.
Ao todo, em sua carreira na F1 foram 208 GPs com 134 abandonos (acima de 64%), destes pelo menos 51 entre acidentes (com o muro, com outros pilotos, etc) e rodadas...
Lenda...
um abraço,
Renato Breder
Piquet, no documentário... "um
Dia você ta lá na frente, equipe grande, largando na pole... No outro, vc cai numa equipe pequena e larga do lado do De Cesaris... Puta que pariu..." dai pra ter uma idéia do risco....
Rodrigo - Porto Alegre
Dechasheris, irônia (ou não) morrer num acidente (de moto).
Domingo esquisito no motorsport...
Schumacher assumiu o lugar do belga Bertrand Gachot na Jordan e não o de De Cesaris.
Sem nunca ter andado na fantástica pista de Spa, fez logo um oitavo lugar no grid. Na outra corrida, em Monza, já estava na Benetton no lugar de Moreno.
O resto é história.
Rodrigo Medeiros
De Cesaris um talento bruto que podia ser mais lapidado. A entrda na F1 pela Mclaren foi equívocada, entrou de cara como piloto pagante. Se tivesse iniciado em uma equipe menor competitiva (Alfa Romeo , Tyrrel, Arrows) poderia ter desenvolvido uma carreira mais interessante.
O amadurecimento veio somente em 1988/1989 com rial e Dallara e 1991 (talvez a temporada onde pilotou com muita serenidade) mas já era tarde depois de 10 anos....
Mas fica as lembranças, essa batida com o Piquet eu me lembro. Acho que o Piquet com a língua ferina dele deve ter mandado ele mesmo para um determinado lugar
Abs
Luciano
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