sábado, 1 de outubro de 2022

Extras






























Imagens de outros tempos da Fórmula 1.

Época em que havia espaço para certas ousadias.

Experimentos.

Quando as corridas extras faziam parte da tradição.

A categoria máxima do automobilismo visitava lugares que não eram inscritas
como parte do campeonato oficial.

Uma oportunidade de ver os melhores pilotos do planeta disputando posições
em outras praças.

Pequenos circuitos.

Pistas de rua.

Veja o exemplo de Roskilde na Dinamarca.

A primeira foto que ilustra esse post.

Curtinha.

Pouco menos de 1.500 metros.

Curvas inclinadas.

Sem retas!

Recebeu a Fórmula 1 em duas oportunidades no início dos anos 60.

Stirling Moss (que classificava a pista como pitoresca) e Jack Brabham
venceram ali.

Lendas.

O tempo de volta era de 40 segundos.

Na segunda imagem podemos ver John Surtees em Solitudering.

Circuito localizado nos arredores de Stuttgart.

Que cansou de ver rugir os poderosos motores da F1.

Chris Amon, Jim Clark, Dan Gurney e todas as estrelas da época iam
com tudo tentar marcar seus nomes por lá.

E por último destacamos o Grand Prix de Bruxelles.

Que obrigava os bólidos a passear pelas ruas da capital belga.

Disputada em três baterias com tempos agregados.

(repare que no informativo aparece Lucien - tio de Jules Bianchi)

Essas aventuras duraram até 1983.

Quando a última edição da Race of Champions foi realizada em Brands 
Hatch no formato ainda de evento extra-campeonato.

Vencida por Keke Rosberg e sua Williams.

Interessante como o passado mostra que a Fórmula 1 é o produto que, além
de muito valioso, pode ser trabalhado de diversas formas.

Correr nestas pistas citadas e em outras como Pau, Aspern, Syracuse, Posillipo,
Karlskoga e Vallelunga deveria ser uma festa.

(cada uma valeria um post)

Eventos mais leves, sem a tensão da obrigação de vencer a qualquer preço.

Poderia acontecer novamente?

Talvez.

Veja a curiosidade que a viagem de Fernando Alonso para Indianápolis
despertou.

O inusitado causa isso.

Ainda mais se criar a oportunidade para que pessoas que não possuem acesso
possam ver de perto seus heróis em ação.

Que tal uma etapa extra com uma premiação especial para os pilotos?

Seria interessante, não?

Grid invertido de acordo com a classificação do mundial?

Carros com motores iguais?

Quem sabe valendo uma taça que imprimisse o nome dos vencedores ao longo
dos anos...

São somente algumas ideias.

E tenho certeza, você deve ter outras.




6 comentários:

Charles disse...

Agora que o caquético velho esclerosado finalmente saiu de cena, tudo volta a ser possível, sem Ecclestone e suas taxas extorsivas e imposições bizarras para se sediar um GP e para agradar algumas equipes grandes, alguém vai ver a F1 não mais como dinheiro dinheiro dinheiro, e sim um negócio, um show, em que todas as partes tem de ser beneficiadas, e não só o dono da F1 e duas ou três equipes.

Unknown disse...

se não me engano havia um evento em Bolonha ate os anos 90, acho que já li alguma coisa ao respeito

Vinicius disse...

Há tantos circuitos que a F1 poderia incorporar (ou reincorporar) ao seu calendário: Enna Pergusa, Laguna Seca, o misto de Daytona, Algarve, Truxton, Zolder, Zandvoort... e dava bem pra dispensar pistas que não ajudam o espetáculo como Sochi, Abu Dhabi, Cingapura e até mesmo Hungaroring.

E que tal um GP em circuito oval (Indianápolis seria demais, mas não precisa ir tão longe, um trioval como Phoenix já seria interessante)...?

Anônimo disse...

Creio que não, Corradi...

As provas Extras no mundinho da F1 não voltam mais... infelizmente!
Além dos carros e pilotos que disputavam o Mundial da FIA, outros construtores se aventuravam nessas provas, com pilotos que não disputavam nenhuma prova do Mundial.

O que inviabiliza a reedição de tais provas é o dinheiro envolvido (herança Ecclestoniana?).
Hoje em dia "Formula 1" é o conjunto "construtores + pilotos + eventos" todos faznedo parte de um pacotão fechado e hermético, embalado à vácuo... tudo acertado financeiramente.

Na época das provas extras, os pilotos e equipes recebiam por prova (participação e resultados), dinheiro vindo dos organizadores de cada uma das provas individualmente.
E os valores eram "razoavelmente" próximos entre provas oficiais e extras.
Não havia um contrato fechado com uma entidade "Formula 1".
E pilotos e equipes precisavam pagar as contas...

Hoje em dia os organizadores de cada GP negociam com o "dono da F1" e este repassa o dinheiro às equipes/pilotos.
Imagine quanto seria aumentado no orçamento da categoria para que o "pacotão" fizesse algumas provas extras... em meio à uma "busca por contenção de custos"...
Quem bancaria tudo isso? Por uma prova extra?

Não. Não voltam"


um abraço,
Renato Breder

CHAGAS disse...

Acredito que é muito difícil de voltar a acontecer, principalmente hoje já que os contratos com os pilotos "inibem/proíbem" tantas coisas que não dá pra imaginar correrem valendo um troféu.
Em uma análise bem fria é na linha de que se for pra correr e se arriscar que seja no mundial que dá retorno financeiro compatível com o risco.
Mas seria fantástico ver essas maquinas por exemplo na França, em Magny-Cours que não deveria sair da F1 jamais. Já pensou a F1 de hoje naquelas curvas? Com certeza varias emoções e ultrapassagens.

LGD disse...

Que belo texto