quarta-feira, 30 de maio de 2012

Digno


Imagens da Fórmula 1 nos anos 60.

Destaque para Graham Hill.

Uma lenda.

Mônaco, 500 milhas de Indianápolis, 24 horas de Le Mans.

Dois títulos na categoria máxima do automobilismo.

Vibrante.

Elegante.

A Inglaterra possuia Stirling Moss, Jim Clark...

Mas Hill era "a figura".

Um exemplo.

De fidalguia e cordialidade.

Mesmo quando atacado.

Em 1964, no México, Lorenzo Bandini foi no mínimo inconsequente.

Hill liderava rumo ao seu segundo título.

Até que o piloto da Ferrari o tirou da disputa.

Com isso, John Surtees, também da Scuderia Italiana, chegou ao título Mundial.

Revolta?

Acusações de jogo sujo dos italianos?

Não.

Hill não levantou a voz para brigar.

"Não acredito que Bandini tenha feito de propósito."

 Hoje sempre lembrado com respeito.

O inglês demontrou que estava acima de tudo aquilo.

Feliz apenas porque podia correr nas pistas.


15 comentários:

Luis Vieira disse...

Mito!

Marco Memoria disse...

Meu idolo de infancia, tive a oportunidade de tirar uma foto com ele quando tinha 11 anos de idade e meio timido não me aproximei muito, ele me puxou para perto e pude sentir o quanto o cara era especial, na época ja não tão competitivo, mas respeitado e admirado por todos, minhas homenagens ao grande Graham Hill !!

Anônimo disse...

Os dois acima, Luis e Marco Memória, mandaram bem!

Marco, seguinte, isso foi no torneio de F2 em 71 ou na F1 a posteriori?

Quanto ao Hill, a história dele já é toda diferenciada, lá na base tudo já havia começado diferente para ele, outro dia assisti ao VT de Mônaco/69 no site amigo do Bruno Vicaria (posso citar, Corradi? Se não, delete. . .)e é demais ver o grande Graham (quase rimou!)em algumas das entrevistas do final de semana, explicando o porquê disso ou daquilo. . .tem também no Blog do Saloma (alforria, Corradi) um vídeo da tocada dele em Mônaco/70, com narração do próprio!

É isso, abraços e até. . .

Zé Maria

Anônimo disse...

Eu de novo. . .faltou dizer que os santo-antônios da época eram literalmente apenas "para inglês ver", em caso de capotagemn já viu, né!

Zé Maria

PS: acho que eram de miojo de tão finos. . .sem dizer que não tinham altura suficiente para encobrir de fato a cabeça dos figuras. . .

Anônimo disse...

Eu de novo, hoje tá dose. . .sorry. . .agora totalmente off-post mas dentro do espírito da coisa, que é automobilismo: Corradi e amigos (muitos já devem ter visto), acabei de assistir no "Cockpit- por Márcio Arruda" o vídeo do Sauber cortado ao meio, muito interessante. . .ao Rubem (aquele mesmo! rsrsrs) um adendo, ele que sempre comenta sobre a posição de pilotagem atual, veja só como o coitado do Perez fica posicionado, é de doer (aqui. . .).

Abraços e até, acho que por hoje chega. . .

Zé Maria

fernando disse...

Marco, que legal sua lembrança, é a cara do sujeito, que se destacava por esse tipo de atitude num meio onde quase nunca as pessoas sabiam ser assim, genuinamente cordiais, gente boa.

eu tenho uma foto dele dentro do box 1 em Interlagos-74, se preparando, colocando fita adesiva no alto da viseira do capacete, eu tinha a idade a que o Marco se referiu - quase estragamos a foto, minha tia insistiu para eu entrar na foto, quase encobri a figura dele, que pena que não tive a manha de fazer eu a foto. lembro que pensava: putz, esse cara correu com e até ganhou do Jim Clark, e tá aqui na minha frente!

e parece ser Clark quem o persegue, na foto 1, com certeza Zandvoort, na subidinha da saída da Hugenholtz rumo ao trecho dito
Hunserug onde lá no alto parece ser a Ferrari de John Surtees. meu palpite é que é no GP holandês de 1964 (ou 65), acho que não é 63, pela largura dos pneus -precisaria ver o mapa de voltas da corrida pra tentar localizar esse momento e daí talvez definir o ano.

a foto do incidente no México é ótima, não conhecia: foi naquele hairpin, de velocidade baixíssima, no fim de uma grande reta; conhecia outra foto que mostra Hill colado, com a traseira, ao guardrail, portanto o Bandini teve que aguardar antes de conseguir passar por trás da BRM, quando Hill faz o retorno à corrida; seu carro está com os escapamentos danificados, dá pra ver na foto, e o causaram ter que ir pro box.

Corradi, há quem conte Hill ter dado um epílogo brilhante a essa história, de um bom humor como só ele poderia, mantendo a educação, claro: na época do natal daquele ano, ele teria mandado um presente a Bandini, um LP (disco de vinil, pros mais novos aqui) com um curso completo de boa condução de automóveis...

PS: vale dizer aqui, segundo um relato dessa corrida por Alan Henry, Hill ainda teve um problema adicional, na mola de retorno do cabo de acelerador, que o fez ir mais uma vez ao box, depois de terem cortado fora os escapes entortados; mas o episódio no hairpin já vinha se desenhando antes, com Hill mostrando um punho no ar para Bandini, que sempre o atacava na freada pra essa curva.
pode mesmo não ter sido intencional, mas o italiano foi para o tudo ou nada, e o embate dos dois permitiu a Surtees ganhar as duas posições - ainda, Bandini alcançou e passou seu companheiro inglês, mas obedeceu ordens de box para deixar Surttes com o segundo lugar e levar para si o título mundial (a corrida quem venceu foi Gurney).

Anônimo disse...

Sempre a Ferrari...
Quando alguém vai colocar uma ferradura no 'Cavalinho Rampante', ou seria no 'Rompante do Cavalinho'?

As histórias de Graham Hill são sempre saborosas... competência, competitividade, respeito, ética, esportividade, elegância, versatilidade, bom humor, tudo em uma só pessoa...

Damon Hill carrega(va) muito de seu pai, um exemplo de dentro de casa...


um abraço,
Renato Breder

Marco Memoria disse...

Então Zé Maria, foi na F2 em 1971, pena que perdi a foto, mas tenho uma com o Emerson da mesma ocasião, vou escanear e num momento oportuno posto aki o link da foto (só não sei se alguem vai querer ver...rs)
Abçs !!

fernando disse...

Breder, esse trocadilho foi hilário, mesmo, os caras merecem.

mas tem um detalhe: era a última prova do campeonato, e Surtees tinha a possibilidade de ser campeão - muito diverso de ordenar posições na 4ª(ou 5ª ou 6ª,sei lá) corrida de um calendário de muitas; aquilo na Áustria foi de uma estupidez colossal.

Marques disse...

Hum, quer dizer que a Scuderia fazia dessas desde da década de 60?
Hahaha, triste.

Anônimo disse...

Fernando (e demais 'viciados'),

1) A "FOTO 1" é de 1965...

Em primeiro plano, levantando poeira, não é Jim Clark, e sim, Dan Gurney em sua Brabham BT11 Climax.
À sua frente vai Graham Hill, numa BRM P261.
Lá no alto da ladeira, pelo aspecto da traseira do carro e pelo capacete do piloto, parece mesmo ser John Surtees com sua Ferrari 512F1 (também conhecida como '1512').
No entanto, nas voltas da corrida em que Gurney estava logo atrás de Hill (entre as voltas 6 e 24), Surtees estava pelo menos 3 carros atrás dos dois... O único piloto à frente de ambos era Jim Clark, mas seu capacete era azul [bem] escuro,

Aqui uma foto, do GP do México de 1965, com a BRM P261, de Hill e a Brabham BT11, de Gurney, vistas por trás...
http://f1-photo.com/Ressources/Gallery/1965/Mexico/Hill-Gurney_1965_Mexico_01_BC.jpg

Nesta foto, do GP da Italia de 1965, em primeiro plano Gurney, à frente dele Hill e Stewart....
http://3.bp.blogspot.com/_zK2GYsQ8HgM/SMWizXbaA9I/AAAAAAAAB_c/I8sfpDipbb4/s400/1965+italian+gp+-+dan+gurney+(brabham)+follows+graham+hill+and+jackie+stewart+(brm).jpg

As 'cornetas de admissão' da Brabham de Gurney estão com uma 'grade de cobertura', que não foi utilizada no GP do México.


2) A 'FOTO 2' já é mais fácil...

GP da Alemanha 1965, em Nürburgring.
Graham Hill (BRM P261, #9), Jackie Stewart (BRM P261, #10) e Dan Gurney (Brabham BT11, #5).


3) E a 'FOTO 3', mais fácil ainda...

GP do México, 1964.
Essa 'pintura protesto' da Scuderia Ferrari é única (protesto contra as autoridades italianas, referentes à não-homologação de uma carro da Ferrari)...
Aliás, Scuderia não!
As inscrições de John Surtees e de seu companheiro, Lorenzo Bandini, foram feitas em nome da N.A.R.T. (North American Racing Team), de Luigi Chinetti.
E as Ferraris forma pintadas nas 'cores automobilísticas oficiais' estadunidenses: azul imperial com uma faixa branca ou o inverso...
Na foto, Bandini pilota uma Ferrari 512F1 e Graham Hill pilota uma BRM P261.


Aqui, galerias de fotos atuais dos carros (os 'santantonios' estão atualizados!):

* Brabham BT11 Climax
http://www.ultimatecarpage.com/car/66/Brabham-BT11-Climax.html

* BRM P261
http://www.ultimatecarpage.com/car/74/BRM-P261.html

* Ferrari 512F1 (ou 1512)
http://www.ultimatecarpage.com/car/139/Ferrari-1512.html


outro abraço,
Renato Breder

fernando disse...

yeah Breder. excelente, foi justo a cobertura de proteção das cornetas que me fizeram pensar na lotus - tinha achado estranho aquele pequeno trambolho junto da transmissão no lado esquerdo, parece meio improvisado e não lembrava de jamais ter notado isso numa lotus dessa época.
como também nunca tinha visto uma brabham com a tela de proteção sobre o motor.
e, pensando melhor agora, talvez a lotus, em 65, não mais utilizasse a tal proteção dass cornetas, eu só lembro de carros de Chapman com isso em fotos de 62 e 63; mas é só um palpite.

grato por você ter ido conferir os dados da corrida, e pela foto de méxico-65, valeu.
grande abraço
Fernando

politicamente_incorreto disse...

Zé Maria, o que ocorre é que os projetistas fazem o carro e depois arrumam um lugar para enfiar o piloto, o cara vai socado dentro do espaço que sobra. Mas só eu acho isso, nunca vi ninguém comentar nada sobre isso. se ainda existisse embreagem de verdade e cambio de verdade para o piloto lembrar mais um atleta e menos um jogador de simulador essa configuração seria impossível.

Quanto ao Damon Hill não sobrou nada para falar, só completando que a conduta da Ferrari sempre lembrou outra organização italiana que não paga impostos e que virou sinônimo de crime no mundo inteiro...... tutti cosanostra.....


Rubem Rodriguez Gonzalez

PS. Tomara que não apareça por aqui algum "imperador" italiano me esculhambando por uma citação em lingua macarronica....

Marco Memoria disse...

Falando dos Santo-Antonios daquela época descobri a função deles, era pra proteger o motor em caso de capotamento !!!!

politicamente_incorreto disse...

Marco, reparei bem e acho que também não protegia não.....sugiro que era uma alça ( tipo o puta-que-pqriu dos fusquinhas) para o chefe dos mecânicos se debruçar sobre o monoposto para falar com o piloto e não queimar a mão.... poderiamos abrir um concurso para descobrirmos a utilidade desse negócio aí......


Rubem Rodriguez Gonzalez