terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mudanças


























Parece que a Fórmula 1 escolheu uma direção.

Vai pro oeste.

Outro dia escrevi que para conquistar o coração dos americanos a categoria
deveria falar a mesma língua deles.

As novas regras demonstram que atrair esse novo público faz parte do plano
estratégico.

Uma última corrida valendo o dobro dos pontos.

Na maioria dos casos não deverá mudar a escolha do campeão.

Na maioria dos casos.

Pode o destino pregar uma peça e o líder de 2014 com 49 pontos de vantagem
chegar em Abu Dhabi, se envolver num acidente na largada e o segundo colocado
vencer e se sagrar campeão.

Pode.

Premiando a sorte e não a regularidade.

É a decisão.

A final.

O Playoff tão querido pelas TVs do mundo inteiro.

Onde tudo pode acontecer.

Os americanos adoram.

Os  brasileiros, que atacam os campeonatos pontos corridos no futebol, também.

É a Fórmula 1 tomando ideias da Nascar.

Faz sentido.

A família France, que controla a categoria ianque, anda estreitando laços com os
nossos conhecidos monopostos.

Sebastian Vettel já faz zerinhos, na comunicação via rádio entre pilotos e equipes
ouvimos gracinhas e brigas e os microfones são entregues aos vencedores ainda
no pódio.

Nascar...

E essa história de numeração personalizada?

Acho estranho.

Um pouco artificial.

Pode funcionar pro Daniil Kvyat que está chegando agora e poderá ter uma marca
permanente associada ao seu nome.

Mas e Fernando Alonso?

E Jenson Button?

Claro, acho que vai ajudar a vender camisetas no futuro.

Estrelas como Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton deverão ser os maiores beneficiados
e com certeza irão faturar uns Euros a mais no mercado.

Nisso tudo o que realmente me chamou atenção foi a proposta do teto orçamentário
para 2015.

Ferrari e Red Bull são contra.

Lembrando que a primeira poderia até vetar.

Só que nada se falou a respeito dos salários dos pilotos.

Acho que o tempo dirá como será essa disputa pelos melhores motoristas.

A Fórmula 1 está num período de mudanças de tudo.

Pilotos, equipes, regras e motores.

É isso.

Confuso pra todo mundo.

Duro vai ser aguentar um ano o narrador oficial explicando as mesmas coisas no
início de cada GP.

Paciência irmãos.

10 comentários:

Rodrigo Felix disse...

melhores motoristas?

Pelé, entende?

kkkkkk

Ron Groo disse...

Concordaria com o lance do go west, se a última corrida fosse lá. Mas como não é. Tanto faz para os red necks se a última vale o dobro ou nada.

Anônimo disse...

Acho ABSURDA essa pontuação dobrada no último GP da temporada...

É uma tremanda falta de respeito para com o pessoal que trabalha nas equipes... tudo pode mudar - ´por pura sorte, ou puro azar - numa única etapa e toda a 'história' desenvolvida ao longo do campeonato pode ser jogada no lixo, desprezada... absurdo!!

E para os que assistem a F1 - acredito eu que, pelo menos, a maioria - é uma aberração!

Se mudarem a duração do último GP, passando de 300 para 600 quilômetros, o aumento na pontuação seria justificável, mas ainda assim inaceitável!

Não sou tão "alérgico" a mudanças... desde que sejam inteligentes. Essa mudança na pontuação demonstra insanidade... me admira que as equipes ainda não tenham dado um grito e tentado vetar essa regra estúpida...

Espero muito que isso NÃO aconteça!

E olha que a intenção inicial era ainda pior!!! Segundo Helmut Marko, a proposta era de mudança na pontuação dos 4 últimos GPs!!!

Do jeito que a coisa está, deve estar por vir:
1) pinturas diferentes para carros da mesma equipe ou pinturas iguais para carros de equipe diferentes;
2) pontuação para pole position, volta mais rápida (já houve na F1) e mais voltas lideradas;
3) 22 ou mais GPs com os últimos 4 ou 5 disputados em um playoff;
4) etc;
E a cereja do bolo...
5) GPs em circuito ovais com aquelas curvas inclinadas... talvez até ressuscitem os 'bankings' de Monza...

Quer uma NASCAR?
Quer uma FIndy?

Ambas JÁ existem!!!!!!!


um abraço,
Renato Breder

Jefferson disse...

Caro amigo, você disse tudo!!! Juro que tenho deixado de assistir o treino oficial para ver em horário alternativo com nossos engraçados narradores e comentaristas do sportv, que tem sim um déficit técnico, é verdade, mas são bem mais legais. Felizmente em ano de copa, seremos privilegiados por mais ausências nas provas do meio do ano. Animem-se!

RenatoS. disse...

Eu particularmente preferiria um campeonato em que os pontos distribuidos entre os três primeiros de cada corrida tivesse uma diferença pequena, de forma a tornar a disputa pelo campeonato mais acirrada, mantendo até o fim as esperanças de uns e outros.
Do jeito que fizeram, não achei legal.

Alexandre Senges disse...

Corradi, nao entendi a regra dos numeros. As equipes terão números seguidos como sempre foi ou na mesma equipe poderemos ter um piloto com número 5 e o outro com 44 por exemplo. Antigamente era característicos determinados números por certas equipes , 3 e 4 tyrrel 27 28 Ferrari e etc.

Juanh disse...

No me gusta el puntaje doble, todas las carreras deben valer lo mismo.
Tampoco me gusta lo de los números por pilotos; yo haría una escala tomando en cuenta los antecedentes de los equipos, y les daría el 3y 4, 5 y 6, 7 y 8, etc, a cada equipo, dejando el 1 y 2 para el último campeón. Por ejemplo, 3 y 4 Ferrari, 5 y 6 McLaren, 7 y 8 Lotus, 9 y 10 Williams, 11 y 12 Red Bull, 13 y 14 Mercedes, etc, etc, etc.
Abrazos!

Carlos Gil disse...

A F1 morreu algures no final do século passado, o que agora vemos é um show produzido ao pormenor pelo "Tio Bernie & Associates", para gerar o maior lucro possível durante tanto tempo quanto possível.

Como continua a haver muitos que confundem mudança com progresso, e que vão apoiar tudo isto em nome da "evolução", o flautista Bernie de Hamelin e sua banda "Os Filhos da FIA" vão continar a encantar as massas.

Mas não se iludam, não pensem que isto é o fim, pois não há situação tão má que não possa piorar ainda mais.

CG

Tuta Santos disse...

Foi tu quem fez aquela ilustração? Na próxima, pede pra mim que eu faço na faixa!

Anônimo disse...

É, realmente esta F1 que esta hoje aí, não é aquela que eu me apaixonei à 40 anos atrás.

Hoje, esta F1, a do presente, esta toda deformada!

Mauro Santana
Curitiba-Pr