quinta-feira, 5 de julho de 2012

Murinho

















1967. A Fórmula 2 no circuito de Pau. França.

Entre outros: Jochen Rindt, Jackie Stewart, Jim Clark, Jack Brabham, Piers Courage,
Denny Hulme, Jacky Ickx e Graham Hill.

Pertinho do muro.

Da janela de casa.

Coisas que só acontecem em pistas de rua.

13 comentários:

politicamente_incorreto disse...

Sem consultar posso afirmar que aí nesse "humilde" grid de uma corrida de F-2 estão alinhados "apenas" 104 vitórias oficiais e 12 títulos mundiais, sem contar a "arruaça" que é a carreira do Ickx fora da F-1.......
Tem gente se espantando com o gridi atual cheio de campeões....tudo bem que realmente tem um bolo de campeões atualmente, mas é tudo campeão fru-fru. Até porque nessse grid de F-2 em oito pilotos citados, três perderam a vida em combate.... tempos duros e heróicos. coisa de macho mesmo!!!

Rubem Rodriguez GOnzalez

Anônimo disse...

Outros tempos. Comparando com o que nós temos hoje em dia dá até raiva. Onde foi que esse automobilismo se perdeu?

Rafael Tenório

Anônimo disse...

Fiquei muito intrigado com a distribuição e disposição dos fardos de feno pelas calçadas...

Em primeiro plano, parece que estão empilhados em 'dois andares', mas na cerca branca ao lado, não há um fardo sequer... o que está aparecendo ali, está do lado de dentro da cerca!!!

Do outro lado da rua, só há fardos à frente daquele murinho baixo, lá no alto da foto...

Quem colocava os fardos de feno? A 'organização' da prova ou os moradores?

Agora, uma coisa parece certa: se um charutinho desses 'resolvesse' acertar um dos vários múros daquelas ruas, não creio que haveria tanta diferença haver ou não fardos de feno à frente do muro...

Divagações à parte, que foto legal... esses charutinhos são bem simpáticos...

um abraço,
Renato Breder

Rodrigo Keke disse...

Quem se 'afrescalhou' primeiro, os pilotos os carros? Acho um bom tema para debate.

O Rubem me fez lembrar do episódio em que o Niki Lauda, então chefe de equipe da Jaguar, foi dar umas voltas com o carro da equipe. Ele, que vinha descendo a lenha em seus pilotos pelo mau desempenho dos pilotos do time (como se a culpa não fosse do horrível carro), estava a fim de mostrar pra todo mundo que até 'um macaco' andava com os F1 atuais. O detalhe é que quem se comportou tão habilmente quanto um macaco ao volante foi o próprio, que escapou inúmeras vezes do traçado e não conseguiu fazer uma volta minimamente decente. Claro que ele estava com o físico longe do ideal, sem prática com monopostos e tal, mas serviu pra pagar um pouco sua língua ferina.

Eu sou da opinião que os pilotos apenas se adaptam as condições de seu próprio tempo. Como cobrar de um Nico Rosberg que ele pilote com a robustez que seu pai exibia nos idos dos anos 1980, por exemplo? As vivências de cada um são fruto da época onde estão inseridos. Se os carros hoje não quebram, fazem curvas que pareciam absurdas anos atrás e trocam marcha da mesma forma que eu faço no GT5 do PS3, a culpa não é deles, seguramente.
Dito isso, deixo claro que eu gosto mais de como as coisas eram na década de 80 e 70, mas não desgosto de como são os dias de hoje na F1, apesar dos defeitos. Até porque, defeitos e virtudes cada época tem os seus, não?

Rodrigo Keke disse...

Renato Breder

A primeira coisa que reparei na foto foram os fardos de feno, e me fiz a mesma pergunta que tu colocaste no seu comentário. Intrigante que só!

politicamente_incorreto disse...

Rodrigo, a diferença básica entre uma e a outra forma é que uma se consegue com adestramento e aoutra só com talento mesmo.
Explico: o Lauda nunca pilotou PS3 sobre rodas, meu filho de 15 anos que nem sabe dirigir me dá pau em qualquer joguinho virtual. Quando defendo o modo "antigo" é porque acho que algo que quer ser chamado de esporte deveria preconizar a parte fisica e mental como diferencial e "plus" entre os esportistas, ou seja: maximizando a margem de erro podemos saber quem na realidade consegue melhor que seus pares sobressair, quando minimizamos o erro , diminuimos a diferença entre os pilotos.
O que eu quero dizer com isso não é que o Rosberguinho é pior que o pai, muito pelo contrário: pode até ser bem melhor,mas recebe um equipamento aonde a diferença que um piloto possa fazer é minimizada por aparatos e parafernálias eletronicas, tais como as "babás" eletronicas que são os engenheiros pautadores de desempenho.
Também não tenho duvidas que se colocar algum piloto contemporaneo para pilotar uma carroça da década de 70 pelas ruas de monaco, pisando na embreageme cambiando manualmente no trambulador a cada 03 segundos , esterçando uma caixa de direção totalmente mecanica ( a do fitti copersucar era a do chevette, sabiam? ) e aqueles freios de fenêmê que perdiam a eficiencia lá pela trigésima volta que se o cara não iria "pedir para sair"...

O Hamilton andou na Mclaren do Senna ( que já era um prodigio em relação aos carros da decada de 70) e ficou abismado como é que os caras aguentavam pilotar aquelas "carroças"? - não falou isso,mas deu a entender - só afirmo uma coisa com toda a certeza , Rodrigo: não era tarefa para fracos não....

Rubem Rodriguez Gonzalez

Humberto Corradi disse...

Rodrigo Keke e Renato Breder

Acho que funcionava assim:

Só tinha feno em frente de casa o morador que estivesse com o IPTU em dia...rs

Valeu

Anônimo disse...

KKKKKKKKK

I.P.T.U. = Imposto Para Ter Um
Seria isso?


Pegando carona nos comentários do Rubem e concordando com o Rodrigo Keke também, o que mais incomoda é a falta de... hummm... seria autonomia o termo certo?... enfim, falta de decisão por parte do piloto para fazer isto ou aquilo... quase sempre, ou precisa receber ordens do seu engenheiro, ou então precisa pedir permissão para fazer algo - e essa última situação acontece bem menos vezes...

Por exemplo, quando o piloto 'informa' ao engenheiro que tem um problema num pneu, o engenheiro responde "já sabemos, ele está furado" ou "perdendo pressão" ou então "está com 'blisters', 'flat spot' ou 'grainings'"... Ao piloto cabe (quase que apanas) confirmar as informações que o pessoal técnico, lá no muro, JÁ SABE do carro...

Com telemetria e simulação em tempo real, o pessoal da 'cozinha' das equipes, com alguns computadores fortíssimos, testa em segundos alguma 'solução' para a estratégia da corrida e passa para o piloto: "faça assim e assim e na volta tal você tem que vir para os boxes para colocar o pneu tal e aí você gira o botão X nessa opção assim e assado..."

Fica parecendo mais uma corrida de equipe técnica contra equipe técnica, o melhor conjunto 'engenheiros/hackers' vence o GP... e o piloto tem uma parte menor da vitória, menor a cada ano... não deveria ser assim, é verdade...


um abraço,
Renato Breder

Rodrigo Keke disse...

Rubem, compreendi melhor seu ponto de vista, e concordo com praticamente tudo. E acho que o fato de você ter vivido aquela época in loco, enquanto eu tive que recorrer a pesquisa (tenho 25), faz com que você tenha mais dificuldade em aceitar as coisas do jeito que são hoje, o que é normal.

Eu vi o Hamilton andando na MP4/4, e senti uma certa reverência dele ao falar do carro, enfatizando a 'mão-de-obra' que o piloto tem pra domá-lo.

Rubem e Breder, vocês não acham que o pacote técnico da Nascar hoje vai de encontro ao que parece em falta na F1? Carros muito potentes, nada de ajudas eletrônicas, telemetria carro/boxe off, cambio manual...

Abraço!

Rodrigo Keke disse...

P.S: Corradi, faz sentido viu? rsrs

Anônimo disse...

Rodrigo,

não sou contrário à evolução tecnológica embarcar no automobilismo... o que mais me causa estranheza é a 'dependência' do piloto para com os técnicos/engenheiros em tempo real... na hora da corrida... Num teste - coisa que acontece às sextas-feiras, por exemplo - acho que é totalmente aceitável, afinal é um teste, certo? É a preparação para a corrida.

Mas, já que a competição é entre os conjuntos piloto+máquina, e devia ser resolvida NA PISTA, acho que a interferência do 'pit wall' deveria desaparecer no momento da corrida...

o aporte de tecnologia no automobilismo é natural... deter o 'embarque' dessa tecnologia é forçar a barra, como faz a NASCAR. Não estou dizendo que é melhor ou pior. É questão de gosto pessoal, cada um prefere de um jeito. Eu não gosto tanto assim do 'xiitismo tradicionalista' da NASCAR e nem gosto tanto assim da 'dependência' dos pilotos na F1...

Entre os anos 50 e 70, houve evolução tecnológica na F1. Entre os anos 80 e hoje em dia, também. O que ocorre é que a evolução vai (ou foi) ficando cada vez mais rápida em cada vez menores espaços de tempo... curva exponencial (lembra da matemática?)... Alguém, que tenha acompanhado corridas nos anos 40 ou 50 pode ter estranhado muito os carros dos anos 70, por exemplo...

Cada época com suas características. É possível continuar gostando da F1 e seguir os GPs... sempre haverá uma ou outra observação, ou consideração, a se fazer, mas, "CARRERAS SON CARRERAS"...


um abraço,
Renato Breder

politicamente_incorreto disse...

Caros amigos, deixa eu confidenciar uma coisa: Eu não sou nenhum nendertálico que sofre de tecnofobia e não sabe ao menos programar o seu DVD.
Uso computadores no meu ambiente de trabalho desde 1992 e participei de forma ativa fornecendo e confeccionando matrizes para instalação do sistema ECOS em unidades marítimas da Petrobrás, em especial a unidade P-34 (antigo PP DE MORAES, ATUAL JUSCELINO KUBITCHECK) Aonde foi intalado o sistema mais avançado de PLC's (controladores lógicos programáveis) disponíveis até aquela data e que ainda dão banho em 90% das industrias nacionais.

O que quero dizer com isso? simples!!! Entendo mais de informática e eletronica aplicada que 99% das pessoas que comentam aqui neste espaço, o fato de não gostar de consoles de jogos é só isso mesmo: Gosto.
Não gosto de consoles e simuladores e sei da capacidade de sistemas interativos, principalmente em processos industriais de alto risco e exposição, além daqueles que precisam de muitos inputs para o processo com segurança, nada vai suplantar a eletronica nesses quesitos.

O que eu acho ótimo para a industria acho péssimo para o esporte, porque esporte é esporte. é aonde o melhor suplanta o mais limitado e pronto acabado. não gostaria de ver uma maratona aonde o corredor pudesse escolher - ou pagar - alguém para carrega-lo por pelo menos 20 km dos 42,195 que ele deve correr.
É isso que acontece hoje em dia, quem tem mais dinheiro contrata um carregador veloz e confiável para o seu maratonista andar pelo menos 20 km no cangote de alguém.
Não sou contra a eletronica e os avanços da informática, inclusive sou usuário diário dessas benesses com as quais me dou muito bem. não tenho problema algum em falar ou discutir com a minha prole sobre informatica e seus meandros. Não é uma conversa entre eruditos - meus filhos no caso- e um troglodita - eu no caso- muitas vezes a solução dos problemas vêm do velhinho aqui, mas como já informei antes não suporto telefones que fazem 10.000 coisas e normalmente são péssimos para fazer ligações, não suporto consoles de jogos, acho eles chatos e repetitivos e não suporto automobilismo para pilotos afrescalhados que só faltam levar um chauffeur junto porque dirigir não é para nobres e bem nascidos....

Não estou ficando velho, sempre fui chato mesmo. Não vou mudar mais, podem ter certeza. Se bem que essa ultima afirmativa é bem típica de velhos rabujentos.....

Um abraço a todos do boteco. talvez , é bem provável e quem sabe não estarei presente no final de semana. Então essa deve ser a última rabujice que vocês vão lêr até a semana que vem....

Rubem Rodriguez Gonzalez

Rodrigo Keke disse...

Eu citei a Nascar mais para constituir um binômio entre o xiitismo arcaico da Nascar e a 'F1 like videogame'. Acho que as duas categorias exageraram em seus caminhos, e que o ideal seria um meio termo entre as inovações tecnológicas e a preservação da pilotagem como um ato analógico. Mas como o automobilismo não seguiu esse caminho, continuo acompanhando as categorias que gosto aproveitando as coisas legais que existem e reclamando do que não me agrada - e lembrando das coisas boas do passado!