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quinta-feira, 1 de março de 2012

Dan Gurney























O autódromo de Riverside, aquele que virou shopping center, possuía um título.

"A casa que Dan Gurney construiu."

Ele era um piloto local.

Ali mesmo, em 1957, ele foi convidado a participar de uma prova.

Para competir entregaram-lhe uma Ferrari.

Não era um presente.

Ninguém queria o troço.

E não havia bobos.

Entre os que recusaram a dádiva estava Carroll Shelby.

O motor estava em seus últimos dias de vida e dava sinais claros disso.

Porém Gurney mesmo assim foi bem na corrida.

E chamou atenção de Luigi Chinetti.

O ex-piloto italiano que era o braço comercial de Enzo Ferrari na América.

A carreira de Dan Gurney acelerou.

No ano seguinte esse americano defendeu a Scuderia Italiana em Le Mans.

E chegou à Fórmula 1.

Talento puro.

E reconhecido.

Tinha ganho a admiração de Jim Clark.

Não era pouca coisa.

Jack Brabham falou pra quem quisesse ouvir.

"Se Dan tivesse permanecido reinaria absoluto."

Gurney deixou a equipe em 1965.

Brabham e Hulme foram campeões nos dois anos seguintes.

Gurney era muito melhor que os dois.

Mas havia esse defeito.

Acabou tomando decisões erradas.

Fez o mesmo ao deixar a Ferrari em 1959 e a BRM em 1960.

Ambas conquistando o título após sua saída.

Mas a história desse piloto não se resume a isso.

É preciso contar as alegrias.

Foram quatros vitórias na Fórmula 1.

Uma em especial.

Em 1967 ele venceu em Spa-Francorchamps.

Um americano pilotando por um time americano.

A única vitória da Eagle, sua equipe, na categoria.

Uma semana antes ele venceu as 24 horas de Le Mans com o Ford GT 40.

E de forma inédita jogou champagne em todos.

Nascia assim uma tradição entre os vencedores...

Mas os prejuízos da Eagle acabaram bicando todo seu dinheiro.

Emerson repetiria a aventura alguns anos depois.

Mas isso não diminui o seu brilho.

Fora da Europa, Gurney sempre fazia bonito nas categorias americanas.

Nascar, Trans-Am, Can-Am e na Indy.

Em todas colecionou vitórias.
  
Suas escolhas e a busca do "Sonho Americano" na Fórmula 1 talvez o tenham
atrapalhado demais.

Vou repetir: era talento puro.

Mas isso, ao que parece, não é o bastante para se alcançar o título na categoria máxima
do automobilismo.